O plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio decretou nesta segunda-feira a prisão preventiva do cabo da Polícia Militar Frank Cimar Barbosa de Oliveira Souza, 39, suspeito de sequestrar e estuprar uma estudante de 21 anos na madrugada de domingo (15) em Campo Grande, zona oeste do Rio. Na ocasião, o PM foi detido, mas conseguiu fugir pela porta da frente da delegacia.
Policiais civis da 35ª DP (Campo Grande) afirmam que os dois PMs que conduziram o cabo até a unidade vão responder pelos crimes de favorecimento pessoal e facilitação de fuga. A polícia afirma que os PMs deveriam ter feito a escolta do colega detido, que sequer foi algemado.
Segundo policiais da delegacia de Campo Grande, a vítima voltava da casa do namorado, acompanhada dele, quando foi abordada pelo PM. Como ela estava sem documentos, o cabo afirmou que a levaria em seu carro para uma delegacia.
O namorado da jovem suspeitou da abordagem e, junto com o irmão dela, percorreu as imediações. A estudante foi encontrada pela polícia no carro do acusado, em uma rua próxima.
Ainda durante a madrugada, ela foi levada para o Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande. Ela também foi encaminhada para o IML (Instituto Médico Legal), onde exames confirmaram o estupro.
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, pediu empenho ao comandante geral da Polícia Militar, coronel Erir Costa Filho, para prender o PM. Em nota oficial, Beltrame diz que considerou o episódio gravíssimo e determinou à Corregedoria Geral Unificada que acompanhe as investigações sobre o caso.
A Polícia Militar afirmou que abriu procedimento para investigar o envolvimento do cabo Oliveira na denúncia de estupro registrada na 35ª DP (Campo Grande). Policiais militares do serviço reservado do 17º Batalhão (Ilha do Governador), onde o PM trabalha, e também da 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar estão nas ruas à procura dele.
O cabo estava no carro particular dele, um Siena preto, que foi apreendido pela Polícia Civil. Na abordagem, ele teria mostrado a carteira da PM para o casal. Até as 17h, ele permanecia foragido.
A reportagem não conseguiu localizar advogados ou familiares do policial na tarde desta segunda-feira.
Fonte:folha
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