A polícia prendeu na madrugada desta terça-feira o garçom Leandro Rodrigues de Moraes, 30, suspeito de matar sua companheira de quarto e esconder o corpo dentro de uma mala, no bairro da Bela Vista, no centro de São Paulo.
Moraes estava desaparecido havia cerca de cinco dias, mesmo tempo que, calcula a polícia, ocorreu a morte de Gisele Garcia Barbosa de Farias, 28, garçonete.
O corpo de Gisele foi encontrado no domingo (18), após vizinhos notarem o cheiro do cadáver em decomposição. Policiais foram ao local e acharam o imóvel todo revirado.
No chão, encontrava-se uma mala grande de rodinhas, com uma sacola sobre ela. Dentro, havia um corpo embrulhado em roupas e panos. O banheiro tinha uma poça de sangue. Na despensa, mais sangue em um lençol jogado num balde.
Segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal), Gisele morreu por esganadura. A decomposição do corpo estava tão avançada que os policiais não conseguiram de imediato identificar o sexo do cadáver. Apesar disso, o filho dela conseguiu reconhecer um anel que era usado pela vítima.
A prisão de Moraes aconteceu após ele entrar em contato com seu chefe, dono do bar onde trabalha. Moraes disse a ele que tinha sido sequestrado e que estava em São Vicente, litoral de São Paulo. Para os criminosos o soltarem, ele precisaria pagar a quantia de R$ 10 mil, segundo a polícia.
Em contato com policiais, seu chefe marcou um encontro para a entrega do valor, na Ponte Pênsil de São Vicente, às 0h de hoje. No local, a polícia o prendeu.
Durante os depoimentos, o garçom afirmou que foi sequestrado e levado para São Vicente pelos mesmos homens que, segundo ele, mataram a jovem.
Para a polícia, no entanto, a história foi inventada e ele é o responsável pela morte de Gisele. Apesar de morarem juntos no apartamento da Bela Vista onde o corpo foi achado, a polícia disse não acreditar que eles mantinham relacionamento amoroso.
A polícia ainda não informou qual teria sido a motivação do crime, mas conclui que ele não foi premeditado. "Ele usou a mala porque não sabia o que fazer com o corpo", disse o delegado Maurício Guimarães, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Fonte: Folha
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