domingo, 30 de maio de 2010

O PIG NÃO REPORTA, GRITA DESESPERADAMENTE!

José Serra
ALGUMA SEMELHANÇA COM O ETERNO CANDIDATO É MERA COINCIDÊNCIA

Deu na Folha.com

Queda de Serra expõe atritos DEM-PSDB

SERRA NÃO TEM DISCURSO

O PIG VÊ A FALTA DE DISCURSO EM SERRA

serra_blog

Até que o PIG tem se esforçado muito no intuito de dar a José Serra a ajuda necessária à sua ânsia de poder (diga-se: ser presidente). No entanto, com o passar dos dias, nota-se uma completa falta de discurso daquele que almeja ser o mandatário do país. Pior, em suas falas, Serra ataca a tudo e a todos sem um compasso que lhe garanta o ritmo correto em tais falidas incursões. Recentemente, ao atacar o presidente da Bolívia, Serra demonstrou sua total incapacidade de dizer algo realmente importante, necessário, conveniente. Serra, dito como preparado, parece que entende tanto de política externa quanto da H1N1. Em sua coluna deste domingo, Kennedy Alencar não suportou e abriu as vísceras da falta de coordenação política e, quem sabe, mental do candidato do PSDB.


Cadê o discurso?


Kennedy Alencar - Folha.com

Claro que a vaga de vice é um problema para a campanha do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Mas encontrar o discurso parece ser um problema ainda maior.

Até agora não existe um mote, uma ideia que sintetize a candidatura e que faça o grosso do eleitorado entender a razão de optar por ela.

Serra oscila entre maior e menor agressividade direta contra Dilma Rousseff e o PT, quase sempre poupando Lula. Há ataques a Lula, mas são cifrados demais para o grosso do eleitorado.

Alguns exemplos para não cansar. Insinuar que não teria boa relação com ditadores, porque Lula tem. Não lotear os cargos, porque com ele seria diferente, não teria essa coisa de ceder à fisiologia. Neste exemplo, o próprio Serra se esquece das boas relações que manteve e mantém com José Roberto Arruda e democratas, tucanos e peemedebistas que não ficam nada a dever à turma da pesada que apoia Lula.

Mas o que importa é que ele tenta ferir Lula. Discretamente, repita-se. Motivo: boa parte dos que hoje optam pelo tucano avalia bem o governo do presidente. Seria suicídio político brigar de frente com o petista.

Resta, portanto, bater no PT e em Dilma. Mais à frente, virá a chamada tentativa de desconstrução. Em outras palavras, ataques mais duros à pré-candidata do PT. Simultaneamente, fará um discurso algo doce para tentar mostrar a suposta superioridade no quesito preparo para governar. Mas, de novo, a pergunta: qual é o mote?

Dilma tem o seu: continuar a obra de Lula, de fácil compreensão para a maioria dos eleitores.

Sem discurso, começam a bater o desespero e o destempero no próprio candidato. E, aí, ocorrem ataques como o desferido contra a Bolívia. Ninguém entendeu a razão.

Especulação: pode ser uma tentativa de construir um discurso mais linha dura em relação à segurança pública, um dos temas de maior preocupação do eleitorado. O risco é soar meio malufista. Existe indício nesse sentido: o violento comportamento da Polícia Militar de São Paulo hoje em dia.

A PM paulista está matando mais, de acordo com dados do primeiro trimestre deste ano comparados com a mesma época do ano passado. Nesse período, em que Serra governava o Estado, cresceram 40% as chamadas ocorrências em que há resistência seguida de morte.

Falar mais duro em relação ao combate às drogas pode atrair uma fatia do eleitorado. No entanto, numa primeira avaliação, parece estreito para virar um discurso de campanha eficiente a fim de derrotar a candidata de um presidente com popularidade recorde.