quinta-feira, 11 de agosto de 2011

PRESIDENTA DILMA AFIRMA QUE O PAÍS ENFRENTARÁ A CRISE DEFENDENDO O MERCADO INTERNO

A presidente Dilma Rousseff voltou a afirmar nesta quinta-feira que o Brasil não enfrentará a crise econômica global com recessão, e que a defesa do mercado interno será uma das armas para amenizar os efeitos das turbulências no país.

"Nós não vamos enfrentar a crise com recessão... Nós vamos enfrentar a crise gerando emprego e assegurando renda e defendendo o mercado interno", disse a presidente durante inauguração de terminal do Porto de Pecém (CE).

A fala de Dilma foi semelhante à adotada na véspera, quando garantiu que o governo não adotará posicionamento "recessivo" diante da atual crise mundial.

A presidente reiterou que o Brasil tem melhores condições atualmente de enfrentar as turbulências do que durante a crise financeira de 2008.

Em seus mais recentes discursos, Dilma tem destacado as reservas internacionais brasileiras e os depósitos compulsórios dos bancos como armas que o governo tem para amenizar os efeitos da crise no país.

Nos últimos dias, Dilma e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, têm repetidamente afirmado atenção com a crise, e que o país está preparado para enfrentá-la.

Mais cedo, em entrevista a rádios do Ceará, a presidente afirmou estar "preocupada e atenta" com as turbulências.

Fonte: Reuters

AS RESERVAS BRASILEIRAS SUPERAM A MARCA DOS 350 BILHÕES DE DÓLARES

As reservas internacionais brasileiras superaram pela primeira vez na história a marca de 350 bilhões de dólares, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quinta-feira.

Com base no conceito liquidez internacional, as reservas alcançaram 350,881 bilhões de dólares na véspera, valor recorde.

O número representa um crescimento de quase 70 por cento frente aos 206,486 bilhões de dólares registrados no final de setembro de 2008, mês em que a crise global se agravou.

Na época, o BC utilizou os recursos para prover liquidez ao sistema financeiro, abalado pela crise de confiança. Em maio de 2009, o BC retomou as compras de moeda estrangeira no segmento à vista --para tentar conter a queda do dólar--, reimpulsionando as reservas.

Desde então, houve um salto de 145,305 bilhões de dólares no colchão. Apenas em 2011, o BC já adquiriu mais de 45 bilhões de dólares via as compras à vista, segundo dados relativos até sexta-feira passada.

Autoridades do governo têm feito coro sobre a importância das reservas internacionais como um dos anteparos do Brasil para enfrentar a recente turbulência nos mercados financeiros.

A presidente da República, Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda Guido Mantega, e o presidente do BC, Alexandre Tombini, vêm reiterando que as reservas são um dos instrumentos que permitirão ao Brasil manter-se firme caso haja uma deterioração no cenário internacional, lembrando que o país atualmente está mais bem preparado para absorver choques externos do que em 2008.

Fonte: Reuters

UM TERÇO DAS MENINAS NA TANZÂNIA JÁ SOFRERAM ABUSO SEXUAL



Cerca de um terço das meninas da Tanzânia passam por alguma experiência de violência sexual antes de completar 18 anos, segundo uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Sala de aula na Tanzânia (BBC/arquivo)A pesquisa afirma ainda que entre meninos, 13,4% sofreram violência sexual.

A forma mais comum de abuso é o toque de forma sexual (no qual a criança é agarrada, tocada ou acariciada de forma inapropriada ou beliscada) seguido de tentativa de manter relação sexual.

Andy Brooks, do Unicef, disse à BBC que a pesquisa, realizada em uma parceria entre o fundo da ONU e o governo da Tanzânia, é uma das mais amplas a respeito do assunto e mostrou que o governo do país está pronto para enfrentar o problema.

"A Tanzânia é o primeiro país que teve a coragem de expor o alcance real do abuso de meninos e meninas", afirmou.

Denúncia

A pesquisa também descobriu que entre aqueles que tiveram relações sexuais antes dos 18 anos, 29,1% das mulheres e 17,5% dos homens relataram que foram obrigados a ter a primeira relação.

Segundo o Unicef, isto significa que eles foram forçados ou coagidos a manter a relação sexual.

O ministro da Educação da Tanzânia, Shukuru Kawambawa, disse que o governo está decidido a acabar com o abuso sexual no país.

O ministro afirma que serão estabelecidos mecanismos de denúncia para as vítimas de abuso e o governo vai pedir que professores cuidem de crianças mais vulneráveis.

Segundo Andy Brooks, pesquisas parecidas serão feitas no Quênia, Ruanda, Malauí, Zimbábue e África do Sul.

Fonte: BBC Brasil

BOVESPA E BOLSA DE NOVA YORK REGISTRAM ALTA

As bolsas de São Paulo e Nova York registram altas nesta quinta-feira, após dias de incertezas no mercado quanto à saúde das economias da Europa e dos Estados Unidos.

Bolsa de Nova York (AFP)
Às 13h24, o índice Ibovespa registrava alta de 2,97%. Na quarta-feira, o principal índice da bolsa paulistana já havia ignorado as fortes quedas em Nova York e registrado alta de 0,48%.

O índice Dow Jones da bolsa de Nova York abriu em alta de 1,2% e registrava ganhos de 2,4% no início da tarde desta quinta-feira.

O otimismo se deve em parte às boas notícias sobre o mercado de trabalho americano. Dados divulgados nesta quinta-feira apontam que os novos pedidos de seguro desemprego na semana passada tiveram uma forte queda nos EUA.

Europa

Na Europa, os principais índices fecharam em alta, depois de muita volatilidade registrada durante o dia.

Em Londres, o índice FTSE fechou com alta de 3,1%. O índice Dax, da Alemanha, registrou um aumento de 3,28%, enquanto que o Cac, da França, teve ganhos de 2,89%.

Analistas afirmam que investidores estão tentando tirar algum proveito da notícia de que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, vão se reunir na próxima terça-feira para discutir a governança na zona do euro.

Uma declaração do gabinete de Sarkozy afirma que os dois também vão discutir "outras questões internacionais".

A Itália, por sua vez, tentou diminuir nesta quinta-feira o temor gerado por suas dívidas e adiantou cortes de gastos e aumentos de impostos.

O ministro da Economia italiano, Giulio Tremonti, disse ao Parlamento que os custos do governo serão reduzidos, empresas estatais privatizadas e os impostos sofrerão aumentos.

Fonte: BBC Brasil

AMÉRICA DO SUL PRECISA DOBRAR CAPACIDADE ENERGÉTICA ATÉ 2030


A América do Sul só ficará livre da ameaça de um apagão se dobrar sua capacidade energética até 2030, segundo estimativas da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal).

"São necessários aproximadamente mais 200 gigawatts de capacidade de geração de energia. No total, incluindo as linhas de transmissão, este pacote custaria mais de US$ 500 bilhões", disse à BBC Brasil o engenheiro e economista uruguaio Beno Ruchansky, responsável pela Divisão de Recursos Naturais e Infraestrutura da Cepal.

Segundo ele, essa expansão na oferta de energia poderá evitar um problema de abastecimento na região, em um momento de forte expansão das economias da América do Sul.

"A energia pode chegar a ser um obstáculo para o desenvolvimento da região se a produção energética não acompanhar o aumento da demanda gerada pelo crescimento econômico", disse Ruchansky. Pelos cálculos da Cepal, em função deste crescimento econômico, o consumo de energia elétrica na América do Sul aumentou 40% entre 2001 e 2010.

Para o especialista, neste período de expansão econômica, a oferta ficou "apertada" somente nas etapas de seca (na região onde estão as hidrelétricas).

"Sabemos que não existe varinha mágica, mas também sabemos que este debate é importante para que os avanços necessários sejam realizados", disse o especialista.

Sem luz

Para a Cepal, a ampliação deste potencial energético deve atender "a toda a dimensão" da cadeia energética–social, com a ampliação da distribuição de energia para os que ainda vivem sem luz, além das preocupações com meio ambiente, e que as iniciativas sejam política e economicamente "viáveis", para que o consumidor "possa pagar" pelo serviço.

Na opinião do engenheiro, não basta apenas se discutir a questão financeira: "É preciso se debater e se chegar a um consenso para que os projetos avancem. Em muitos casos, eles estão geram polêmicas por questões ambientais, por exemplo", disse.

É o caso das usinas de Belo Monte, no norte do Brasil, e de HydroAysen, no sul do Chile. "A América do Sul baseia sua energia elétrica principalmente em hidrelétricas. Ou seja, energia limpa. Mas em alguns casos, o problema não é só a velocidade do crescimento econômico, mas a falta de redes de distribuição", disse.

Para ele, é preciso aumentar a oferta para evitar apagões como os que ameaçam países vizinhos do Brasil.

Na semana passada, o governo peruano do presidente Ollanta Humala anunciou que deverá ter de importar energia elétrica do Equador para atender à demanda do norte do país.

O ministro de Minas e Energia do país, Carlos Herra Descalz, anunciou o racionamento de energia no norte do Peru, que inclui a cidade de Piura, e disse ainda que o problema não é a escassez de energia, mas como distribuí-la do centro para o norte do país.

Racionamento

Ao mesmo tempo, também na semana passada, o presidente da Bolívia, Evo Morales, fez um apelo para que os bolivianos racionem o consumo de energia elétrica. "Devemos ter mais cuidado com o uso da nossa eletricidade", disse Evo. Ele reconheceu que a principal hidrelétrica do país, Guaracachi, está "sobrecarregada", e que ficou difícil atender à demanda de eletricidade principalmente pelas indústrias do país.

No Chile, o diretor do Centro de Economia dos Recursos Naturais e Meio Ambiente da Universidade do Chile, o economista Eugenio Figueroa, disse que a economia local cresce a um ritmo de cerca de 5% anual nos últimos 20 anos.

"Precisamos tirar projetos, como o HidroAysen, do papel para evitar que a energia seja problema para nossa expansão”, disse. Mas reconheceu que o projeto gera críticas dos ambientalistas. Para ele, “de forma exagerada".

Na visão do especialista da Cepal, superar impasses será uma forma de realizar obras necessárias e afastar o horizonte do corte de luz elétrica.

Fonte: BBC Brasil

CIENTISTAS ALEGAM TER CRIADO ANIMAL COM INFORMAÇÃO ARTIFICIAL NO CÓDIGO GENÉTICO

Pesquisadores da Universidade de Cambridge (Grã-Bretanha) criaram o que alegam ser o primeiro animal com informação artificial em seu código genético.

Verme nematóide modificado (Foto: Jason Chin/Sebastian Greiss/JACS)
A técnica, segundo os cientistas, pode dar aos biólogos "controle átomo por átomo" das moléculas em organismos vivos.

O trabalho da equipe de pesquisadores usou vermes nematoides e foi publicado na revista especializada Journal of the American Chemical Society.

Os vermes, da espécie Caenorhabditis elegans, têm um milímetro de comprimento, com apenas mil células formando seu corpo transparente.

Segundo o estudo, o que torna o animal único é que seu código genético foi estendido para criar moléculas biológicas que não são conhecidas no mundo natural.

Genes são as unidades hereditárias dos organismos vivos que os permitem construir o seu mecanismo biológico – as moléculas de proteína – a partir de “blocos de construção” mais simples, os aminoácidos.

Nos organismos naturais vivos, são encontrados apenas 20 aminoácidos, unidos em diferentes combinações para formar as dezenas de milhares de proteínas diferentes necessárias para manter a vida.

Mas os pesquisadores Jason Chin e Sebastian Greiss fizeram um trabalho de reengenharia da máquina biológica do verme para incluir um 21º aminoácido, não encontrado na natureza.

Proteína

Jason Chin, do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de Cambridge, afirma que a técnica tem um potencial transformador, pois proteínas poderão ser criadas sob controle total dos pesquisadores.

Mario de Bono, especialista em vermes Caenorhabditis elegans e que também trabalha no Laboratório de Biologia Molecular, afirma que este novo método poderá ser aplicado em uma ampla variedade de animais.

No entanto, até o momento, esta é apenas uma prova de um princípio. A proteína artificial que é produzida em cada célula do minúsculo corpo do verme contém um corante fluorescente que brilha em uma cor de cereja quando colocada sob a luz ultravioleta. Se o truque genético tivesse fracassado, não haveria o brilho.

Chin afirma que qualquer aminoácido artificial poderia ser escolhido para produzir novas propriedades específicas, e De Bono sugere que esta abordagem agora pode ser usada para introduzir em organismos proteínas criadas que podem ser controladas pela luz.

Os dois pesquisadores agora planejam colaborar em um estudo detalhado de células neurais no cérebro do nematoide, com o objetivo de ativar ou desativar neurônios isolados de forma precisa e com minúsculos flashes de laser.

Fonte: BBC Brasil

GLOBO ANUNCIA "NOVO" CÓDIGO DE ÉTICA E, NA MESMA SEMANA, INVENTA A PRISÃO DE EX-DIRETORA DA CAIXA

A falsa prisão da ex-diretora da Caixa na Globo

Do Sul 21

“Foi mais que um erro”, diz ex-diretora da Caixa que teve falsa prisão anunciada na Globo

Felipe Prestes

Às 18h10min desta terça-feira (9), Clarice Coppetti estava chegando em casa, após passar a tarde preparando uma palestra, quando recebeu a ligação de um parente desesperado. Ficou sem entender nada quando o familiar quis saber sobre sua prisão, uma vez que se encontrava em plena liberdade. Minutos mais tarde se inteirou de tudo. Por volta das 17h, uma chamada para o Jornal Nacional, da Rede Globo, anunciara a prisão da ex-vice-presidente de TI da Caixa pela Polícia Federal, que investigava irregularidades no Ministério do Turismo. A esta altura, jornalistas já telefonavam freneticamente, querendo saber sobre seu suposto envolvimento no caso de corrupção.

“Um veículo de comunicação me colocou como ré, me julgou, fazendo o papel do Judiciário, e me prendeu, fazendo o papel do Executivo. Ou seja, assumiu as funções do Estado brasileiro sem sequer procurar se informar sobre quem eu era, se eu tinha algo a ver com o Ministério do Turismo”, desabafa Coppetti, gaúcha de Ijuí, em entrevista ao Sul21.

Após assistir uma gravação da chamada, a ex-diretora da Caixa – que ainda está de quarentena e que não trabalha para o governo federal desde março – ligou para diversas instituições do governo e para a Rede Globo, tentando saber de onde partia a informação. Conversou com editores do Jornal Nacional e, segundo conta, nem eles souberam explicar como haviam anunciado a falsa prisão. “Disseram que foi um erro gravíssimo e que não sabiam a origem. Disse a eles que não queria apenas o esclarecimento do fato no jornal, mas uma retratação”, afirma.

O pedido foi atendido. Durante o JN, a Rede Globo pediu desculpas a Coppetti. Entretanto, ninguém explicou ainda como a informação errada chegou até os editores do jornal. “Até agora não tem nenhum explicação sobre como meu nome apareceu lá”, diz Clarice, que ainda analisa uma eventual medida judicial contra a emissora.

A ex-diretora da Caixa lembra que a Rede Globo anunciou nesta semana um código de ética. “Foi muito mais do que um erro, uma coisa gravíssima para uma instituição que acaba de lançar seu código de ética e de conduta de seus profissionais. A primeira coisa que qualquer veículo de comunicação tem que fazer é contatar o outro lado. Eu fui avisada por meus familiares”, reclama Clarice. “A gravidade é um veículo que tem à sua disposição tecnologia, pessoas, não ter feito esta checagem. A sensação que eu fiquei foi que eles queriam dar essa notícia”. Ela afirma que ainda não sabe se vai tomar alguma medida judicial contra a emissora, porque ainda está analisando o que, de fato, ocorreu.

Fonte: Conversa Afiada