domingo, 24 de outubro de 2010

SERRA É PIADA NO "LE MONDE" DA FRANÇA

21 octobre 2010

Comment une boullette de papier a fait de José Serra la risée du Brésil

TRADUÇÃO: COMO UMA BOLINHA DE PAPEL FEZ DE JOSÉ SERRA PIADA NO BRASIL

Hier soir déjà, une dépêche AFP m’avait exaspérée: titrée “José Serra agressé par des militants du PT de Lula à Rio”, elle citait abondamment les partisans du candidat à l’élection présidentielle José Serra le décrivant comme ayant reçu “un objet lourd” sur la tête lors d’une confrontation avec des militants de gauche, “agression” qui l’aurait conduit à suspendre sa campagne pendant 24 heures sur ordre d’un médecin. Au passage, les militants du PT étaient comparés… à des SS.

Pourtant, sur les images qui commençaient déjà à circuler, Serra n’avait pas l’air blessé et on disait que le projectile en question était un simple rouleau de scotch.

Vingt-quatre heures plus tard et cette “agression” est maintenant devenue la risée d’une très grande partie du Brésil. En effet, des vidéos plus complètes sont apparues et il semble bien que le projectile était… une simple boule de papier! Je vous laisse constater par vous-mêmes:

Evidemment, la tentative éhontée d’exploitation de cet incident mineur par le camp Serra a suscité de très nombreuses moqueries; si nombreuses qu’elles ont atteint les Trending Topics mondiaux de Twitter. Vous avez peut-être remarqué les hashtags satiriques correspondants:#boladepapelfacts mais aussi #serrarojas, une référence footballistique. Rojas, c’est ce gardien de but chilien qui s’est rendu célèbre par sa tentative de tricherie contre le Brésil durant un match éliminatoire pour la Coupe du Monde 1990: il avait fait semblant d’avoir été blessé par un fumigène lancé depuis les tribunes, mais s’était en fait auto-mutilé pour que son équipe remporte le match. C’est la vidéo qui avait permis de démonter cette supercherie préméditée. L’analogie Serra-Rojas devrait donc finir d’enfoncer la campagne du second tour du candidat du PSDB, déjà donné perdant. Et ce d’autant plus que Lula a maintenant fait sienne cette comparaison née sur les réseaux sociaux, en déclarant que “le mensonge de Serra est pire que celui de Rojas“.

Les jeux semblent donc faits et l’étaient sûrement déjà, mais cet épisode nous aura surtout permis de rire un bon coup aux dépends du candidat. Le magazine Carta Capital a recensé iciles meilleurs tweets sur le sujet.

Si vous voulez participer, un jeu en Flash est déjà disponible vous propose de marquer des points en lançant des boulettes sur Serra: http://mypix.com.br/fun/joguinho-acerte-o-serra/

Fonte: http://abracarioca.blog.lemonde.fr/2010/10/21/comment-une-boulette-de-papier-a-fait-de-jose-serra-la-risee-du-bresil/

DILMA CONDENA A FARSA DA REVISTA VEJA

SERRA VIRA PIADA INTERNACIONAL

La picardía que a Serra le salió mal

22/10/10 Fingió un golpe en la cabeza. Pero la TV mostró que sólo le pegó un bollito de papel. Lula, furioso.

San Pablo. Corresponsal


El presidente Lula da Silva se disponía a levantar el teléfono y hablar con el candidato opositor José Serra. Le iba a ofrecer su solidaridad frente a la supuesta agresión de la que habría sido objeto el ex gobernador de San Pablo. Pero las imágenes televisadas de los tumultos detuvieron el gesto presidencial y lo convirtieron en una encendida crítica. “Fue una farsa, una mentira descarada”, declaró ayer el jefe de Estado brasileño.

No le faltaban razones para sentirse defraudado. Filmaciones de TV Record y del canal SBT confirmaron que en medio de una batahola entre militantes de la campaña de Dilma y de la de Serra, el postulante fue impactado por un pequeño bollito de papel en la coronilla . El tucano sintió apenas el roce y siguió su caminata por las calles de Río de Janeiro.

Minutos después y ante el enfrentamiento de los seguidores de ambos bandos, el hombre decidió ingresar en una van, para instantes después continuar su contacto con los pobladores. Estaba bien protegido por sus custodios.

A los 20 minutos, el candidato recibió una llamada en su celular. Y ahí vino la sorpresa. Inmediatamente el ex gobernador puso cara de intenso dolor y alguien le alcanzó hielo para el supuesto hematoma. El show continuó con una ida al hospital Samaritano donde las primeras declaraciones de los médicos fue que el candidato no presentaba lesiones externas. Y menos aún internas, según demostró una tomografía .

No podía ser de otro modo, ya que no se conocen casos de rollitos de papel que hayan provocado daños similares al del impacto de una piedra.

Lula no ocultó su enojo. “Fue el equipo de publicidad del candidato Serra quien produjo la mentira. El día de ayer (por anteayer) debe ser declarado el día de la farsa”. El presidente hizo estas declaraciones al inaugurar un astillero en Río Grande del Sur (RS). En una comparación futbolística, Lula dijo que el opositor Serra actuó como el arquero de Chile, Rojas, en 1990. En un partido en el Maracaná, el jugador fingió que le habían disparado un petardo y que éste le había dado en el cuerpo. Fue durante las eliminatorias de la Copa del Mundo de ese año.

Para Lula, el tucano hizo exactamente lo mismo: “Primero pegó en su cabeza un bollito de papel y él ni percibió. Luego recibe un llamado telefónico que seguramente era de su productor publicitario, quien le avisa que debe mostrarse dolorido por el supuesto proyectil”. Esto, dijo el presidente brasileño “es vergonzoso”. Sostuvo que sería bueno que el candidato tenga “un minuto de sentido común y pida disculpas al pueblo brasileño”.

El médico oncólogo Jacob Kligerman, que lo atendió, dijo que el candidato no tenía heridas de ningún tipo, ni superficiales ni profundas. Serra agradeció ayer en Twitter “la preocupación de los brasileños” por su estado de salud.

“Por recomendación médica tuve que parar 24 horas” , agregó.

Fonte: Clarin.com

REVISTA ISTOÉ REVELA OS BASTIDORES DA SUJEIRA TUCANA

Os santinhos de uma guerra suja

A poucos dias da eleição, a campanha de José Serra se aproxima de grupos ultraconservadores e reforça a tática do ódio religioso. O oportunismo político divide a Igreja e vira caso de polícia.

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A CENTRAL DOS BOATOS

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A BOATARIA

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OS INTERESSADOS

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A HIPOCRISIA


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CERCADA POR REPÓRTERES DILMA CONDENA O USO DA RELIGIÃO NAS ELEIÇÕES

Fonte: Istoé e Youtube

PARTIDO VERDE NA FRANÇA APÓIA DILMA ROUSSEFF

Apesar do Partido Verde brasileiro ter optado pela neutralidade em relação ao segundo turno da eleição presidencial, membros do Partido Verde da França emitiram nesta sexta-feira uma carta de apoio à candidata do PT, Dilma Rousseff.

Na carta assinada também por membros do PV de outros países europeus como Alemanha, Itália e Bélgica, os verdes lembram o esforço de Marina Silva em lutar pelas causas ambientais no Brasil e da grande participação dela nas eleições, mas pedem que os brasileiros não permitam que “o voto libertário em Marina Silva paradoxalmente se transforme em uma catástrofe para as mulheres, para os direitos humanos e para os direitos da natureza!”, diz a carta divulgada pelos verdes europeus.

Os líderes europeus afirmam também que a batalha do segundo no Brasil será bastante dura e diz que a Europa não pode fechar os olhos para o “avanço da direita no maior País da América Latina”. “ José Serra não é um social democrata de centro. Por trás dele, a direita brasileira vem mobilizando tudo o que há de pior em nossas sociedades: preconceitos sexistas, machistas e homofóbicos, junto com interesses econômicos os mais escusos e míopes. A direita sai do porão”, avaliam os verdes franceses.

Na visão dos verdes franceses, a eleição de Dilma é a única forma de garantir que os projetos ambientalistas mundial sejam postos em prática e que o Brasil continue avanço nas políticas de inclusão social. “É impossível acreditar que a esperança suscitada pelos dois mandatos presidenciais de Lula acabe terminando no segundo turno com a eleição do candidato da direita”, aponta a carta.

Na mensagem, os parlamentares e ativistas ambientais europeus também lembram do debate sobre o aborto no Brasil e criticam a declaração de Mônica Serra, que acusou Dilma Rousseff de querer “matar criancinhas”. “Contra as mulheres, as facções mais reacionárias das igrejas cristãs – incluindo aquela da mulher do candidato da direita que declarou publicamente que Dilma quer assassinar criancinhas – acusam a candidata de ser favorável ao aborto, mesmo que esta questão não faça parte de seu programa de governo, tampouco do programa do Partido dos Trabalhadores. (...) A esta panóplia, bem conhecida em toda parte, vem se juntar uma criminilização particularmente ignóbil por parte da direita das lutas de resistência contra a ditadura. Dilma tem sido alvo de campanhas anônimas na internet que acusam de terrorismo e de bandidagem por ter participado na luta contra o regime militar, ela que foi por este motivo presa e barbaramente torturada", afirma a carta.

O manifesto dos militantes ambientais europeus é assinada pelo presidente do grupo de deputados do Partido Verde no Parlamento europeu, Dany Cohn Bendit (Alemanha), pelo francês Jérôme Gleizes (dirigente da comissão internacional dos Verdes), a italiana Monica Frassoni (co-presidente do Partido Verde europeu) , Dominique Voynet (senadora francesa e refeita da Cidade de Montreuil , ex-Ministra do Meio Ambiente), Philippe Lamberts (belga co-presidente do Partido Verde europeu), Alain Lipietz (dirigente do PV francês e ex-deputado europeu) e pelo também francês Jérôme Gleizes (dirigente da comissão internacional dos Verdes).

Fonte: Último Segundo

A FARSA TUCANA: A FÁBRICA DE DOSSIÊS DO TUCANATO

TUCANOS ATIRAM NO TIRO NO PRÓPRIO PÉ

A mídia rebola para esconder o fato: a quebra do sigilo da turma de Serra é fruto de uma guerra tucana

Apesar do esforço em atribuir a culpa à campanha de Dilma Rousseff, o escândalo da quebra dos sigilos fiscais de políticos do PSDB e de parentes do candidato José Serra que dominou boa parte do debate no primeiro turno teve mesmo a origem relatada por CartaCapital em junho: uma disputa fratricida no tucanato.

Obrigada a abrir os resultados do inquérito após uma reportagem da Folha de S.Paulo com conclusões distorcidas, a Polícia Federal revelou ter sido o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, então a serviço do jornal O Estado de Minas, que encomendou a despachantes de São Paulo a quebra dos sigilos. O serviço ilegal foi pago. E há, como se verá adiante, divergências nos valores desembolsados (o pagamento teria variado, segundo as inúmeras versões, de 8 mil a 13 mil reais).

Ribeiro Júnior prestou três depoimentos à PF. No primeiro, afirmou que todos os documentos em seu poder haviam sido obtidos de forma legal, em processos públicos. Confrontado com as apurações policiais, que indicavam o contrário, foi obrigado nos demais a revelar a verdade. Segundo contou o próprio repórter, a encomenda aos despachantes fazia parte de uma investigação jornalística iniciada a pedido do então governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que buscava uma forma de neutralizar a arapongagem contra ele conduzida pelo deputado federal e ex-delegado Marcelo Itagiba, do PSDB. Itagiba, diz Ribeiro Júnior, agiria a mando de Serra. À época, Aécio disputava com o colega paulista a indicação como candidato à Presidência pelo partido.

Ribeiro Júnior disse à PF ter sido escalado para o serviço diretamente pelo diretor de redação do jornal mineiro, Josemar Gimenez, próximo à irmã de Aécio, Andréa Neves. A apuração, que visava levantar escândalos a envolver Serra e seus aliados durante o processo de privatização do governo Fernando Henrique Cardoso, foi apelidada de Operação Caribe. O nome sugestivo teria a ver com supostas remessas ilegais a paraísos fiscais.

Acuado por uma investigação tocada por Itagiba, chefe da arapongagem de Serra desde os tempos do Ministério da Saúde, Aécio temia ter a reputação assassinada nos moldes do sucedido com Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, em 2002. Naquele período, a dupla Itagiba-Serra articulou com a Polícia Federal a Operação Lunus, em São Luís (MA), que flagrou uma montanha de dinheiro sujo na empresa de Jorge Murad, marido de Roseana, então no PFL. Líder nas pesquisas, Roseana acabou fora do páreo após a imagem do dinheiro ter sido exibida diuturnamente nos telejornais. Serra acabou ungido a candidato da aliança à Presidência, mas foi derrotado por Lula. A família Sarney jamais perdoou o tucano pelo golpe.

Influente nos dois mandatos do irmão, Andréa Neves foi, por sete anos, presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) de Minas Gerais, cargo tradicional das primeiras-damas mineiras, ocupado por ela por conta da solteirice de Aécio. Mas nunca foi sopa quente ou agasalho para os pobres a vocação de Andréa. Desde os primeiros dias do primeiro mandato do irmão, ela foi escalada para intermediar as conversas entre o Palácio da Liberdade e a mídia local. Virou coordenadora do Grupo Técnico de Comunicação do governo, formalmente criado para estabelecer as diretrizes e a execução das políticas de prestação de contas à população. Suas relações com Gimenez se estreitaram.

Convenientemente apontado agora como “jornalista ligado ao PT”, Ribeiro Júnior sempre foi um franco-atirador da imprensa brasileira. E reconhecido. Aos 47 anos, ganhou três prêmios Esso e quatro vezes o Prêmio Vladimir Herzog, duas das mais prestigiadas premiações do jornalismo nativo. O repórter integra ainda o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos e é um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Entre outros veículos, trabalhou no Jornal do Brasil, O Globo e IstoÉ. Sempre se destacou como um farejador de notícia, sem vínculo com políticos e partidos. Também é reconhecido pela coragem pessoal. Nunca, portanto, se enquadrou no figurino de militante.

Fonte: Carta Capital

POLÍCIA FEDERAL DESCOBRE QUE JORNAL ESTADO DE MINAS PAGOU PASSAGENS PARA JORNALISTA DO DOSSIÊ TUCANO


O Jornal Estado de Minas pagou as passagens aéreas do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que encomendou a violação dos sigilos fiscais dos tucanos. Em depoimento à Polícia Federal, Amaury afirmou que deixou oficialmente o jornal em 16 de outubro, tendo gozado férias de 30 dias antes disso. A quebra dos sigilos fiscais dos tucanos ocorreu entre 29 de setembro e 8 de outubro. As passagens foram faturadas pela agência de viagens Primus, que presta serviços ao jornal.

De acordo com o inquérito da Polícia Federal, uma declaração da agência de turismo confirma que o Estado de Minas só pagou, em nome da empresa, viagens para Amaury até julho do ano passado. A partir de setembro, os bilhetes, inclusive os adquiridos no período da quebra do sigilo fiscal, foram faturados em nome de Marcelo Augusto de Oliveira, funcionário do jornal até hoje. Dezoito passagens emitidas em favor de Amaury, a última delas datada de 22 de dezembro de 2009, foram pagas em dinheiro ou faturada em nome do funcionário.


A direção do jornal negou, em nota divulgada nesta quinta-feira (21), que tenha pago viagens de Amaury durante as férias. "Amaury Ribeiro Júnior trabalhou como repórter do Estado de Minas de 25 de setembro de 2006 a 15 de outubro de 2009. No dia 25 de setembro de 2009, o jornalista entrou em férias e as gozou até o dia 14 de outubro do mesmo ano. No dia 15 de outubro, o repórter pediu demissão. Nenhuma viagem do jornalista no período em questão foi custeada pelo jornal", diz a nota.

Em depoimento à PF, o despachante paulista Dirceu Garcia admitiu que recebeu R$ 12 mil em dinheiro de Amaury para comprar as declarações de renda das pessoas próximas a Serra. Por sua vez, o jornalista confirmou que conhecia o despachante e que encomendou buscas em juntas comerciais, mas negou a compra de documentos sigilosos e desconversou sobre a forma de pagamento. Ele afirmou que levantou informações do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outros tucanos e familiares de Serra, entre eles a filha Verônica, como parte de uma investigação de “mais de dez anos”, que foi concluída antes de ele pedir demissão do jornal “Estado de Minas”, em 15 de outubro de 2009.

A PF informou que Amaury Ribeiro Jr. disse que estava levantando as informações contra José Serra porque havia indícios de que um grupo de arapongagem ligado ao ex-governador de São Paulo estaria investigando Aécio Neves, à época cotado para ser o candidato tucano à Presidência. No entanto, no depoimento prestado à PF em 15 de outubro, Amaury diz que existe um grupo de inteligência tucano, comandado pelo deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-SP), mas não cita o nome nem faz menção ao ex-governador de Minas Gerais. Afirma que ouviu relatos de que o grupo tucano “estaria adiantado” em relação aos petistas e que, por isso, seria importante que a campanha de Dilma também tivesse seu próprio núcleo de inteligência.


Fonte: hojeemdia

REVISTA VEJA É DESMENTIDA MAIS UMA VEZ. ABRAMOVAY NEGA PRESSÃO SOBRE DOSSIÊS

O secretário nacional de Justiça, órgão ligado ao Ministério da Justiça, Pedro Abramovay, negou neste sábado ter sido alvo de pressões de integrantes do governo para a elaboração de dossiês. Em nota oficial, divulgada nesta tarde, ele desmentiu as informações de que reclamou de pedidos para a confecção de documentos. A denúncia foi publicada na revista “Veja” desta semana.

O secretário lembra que nos oito anos em que se dedica ao ministério ocupou vários cargos e conquistou o respeito de todos. “Nego peremptoriamente ter recebido, de qualquer autoridade da República, em qualquer circunstância, pedido para confeccionar, elaborar ou auxiliar na confecção de supostos dossiês partidários. Não participei de supostos grupos de inteligência em nenhuma campanha eleitoral. Nunca, em minha vida, tive que me esconder”, diz a nota.

Abramovay reclama que não teve acesso às informações publicadas na revista. “Infelizmente, a revista se recusou a fornecer o conteúdo da suposta conversa ou mesmo a íntegra de sua transcrição”, disse. “Dediquei os últimos oito de meus 30 anos a contribuir para a construção de um Brasil mais livre, justo e solidário, e tenho muito orgulho de tudo o que faço e de tudo o que fiz. Trabalhei no Ministério da Justiça como assessor especial, secretário de Assuntos Legislativos e secretário nacional de Justiça, conseguindo de meus pares respeito decorrente de meu trabalho.”

Acusações

A revista “Veja” desta semana publica reportagem sobre supostas gravações feitas no gabinete do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior, de conversas com funcionários do ministério. Nos diálogos, Tuma Júnior cita o desconforto de Abramovay – que o sucedeu no cargo – por receber eventuais pedidos para elaboração de dossiês.

Nos diálogos reproduzidos na revista, Abramovay cita a candidata Dilma Rousseff e o chefe de gabinete do presidente da República, Gilberto Carvalho. Em uma das conversas, Abramovay afirma “não aguentar mais” receber pedidos para a confecção de dossiês. Na revista não há informações se as gravações foram feitas com autorização legal. Na manhã deste sábado, Dilma rebateu as acusações e negou envolvimento com dossiês.

Na nota oficial, o secretário disse ainda que apesar das informações publicadas na “Veja”, ele mantém a confiança na imprensa. “Apesar de ver meu nome exposto desta forma, não foi abalada minha fé na capacidade de transformação de nosso país e tampouco na crença da importância fundamental de uma imprensa livre para o fortalecimento de nossa democracia”, afirmou.

Fonte: Band
CÓLERA JÁ MATOU MAIS DE 3 MIL PESSOAS NO HAITI

A epidemia de cólera que assola o Haiti já matou mais de 200 pessoas, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde neste sábado. "Mais de 208 pessoas já morreram", disse o diretor geral do ministério, Gabriel Thimote. Ele disse que a maior parte das vítimas são de Artibonite, área rural da região central do Haiti.

Mais de 3 mil pessoas estão sendo tratadas em hospitais e centros médicos ao redor do país. Além disso, 50 detentos de uma prisão da região afetada estão infectados com a cólera, e três presos já morreram.

De acordo com a médica Jocelyne Pierre-Louis, a situação está sob controle. A população não deverá entrar em pânico, mas as pessoas precisam adotar medidas higiênicas. De acordo com informação da CNN, uma equipe de apoio do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos será enviada ao Haiti para ajudar nos esforços de combate à cólera.

Fonte: Estadão

NUNCA HOUVE VIRADA NO SEGUNDO TURNO NO BRASIL

Embora não seja impossível, as chances de virada no segundo turno da eleição presidencial são muito pequenas, segundo indica a análise de pesquisas de intenção de voto e dos resultados das eleições anteriores. Desde quando o segundo turno foi instaurado no país, em 1988, o Brasil ainda não viu a vitória de um candidato que começou atrás do adversário nesta etapa da disputa.

Entre 1989 e 2006, quando ocorreu a eleição presidencial anterior à deste ano, apenas duas das cinco disputas foram para o segundo turno. Nos outros três pleitos em que a eleição chegou à etapa seguinte – em 1989, 2002 e 2006 –, não ocorreu virada.

Nos três casos, o candidato derrotado começou a campanha no segundo turno já em desvantagem em relação ao vencedor. Foi o que ocorreu com o atual presidente e à época candidato Luiz Inácio Lula da Silva em 1989, quando disputou o segundo turno com o então rival Fernando Collor. Na ocasião, a última pesquisa do instituto Datafolha mostrou o petista com 44% das intenções de voto, contra 47% do rival, que acabou vencendo a disputa.

Já em 2002 e 2006, quando Lula disputou a eleição com os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, respectivamente, o petista – que acabou saindo vitorioso das duas eleições – ganhou no primeiro turno à frente dos rivais. Na disputa com Serra, pesquisa Datafolha feita na véspera do segundo turno mostrou que Lula teria 64% dos votos válidos (excluindo brancos e nulos), contra 36% de Serra.

Na eleição seguinte, o mesmo instituto mostrava Lula com 61% da preferência do eleitorado a um dia da votação, enquanto Alckmin atingia 39% das intenções de voto.

De acordo com o cientista político Cláudio Couto, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a análise das pesquisas e dos resultados das eleições aponta que a ocorrência de viradas é inferior a 10%, embora o percentual exato seja incerto.

- Pela apuração, é realmente um evento raro a virada do primeiro para o segundo turno. Por exemplo, o Mário Covas virou sobre o Paulo Maluf em São Paulo [na eleição de 1998, quando os dois disputavam o governo estadual], mas o habitual é não haver virada. E eu diria que a tendência desse ano é a mesma.

No primeiro turno da eleição de 2010, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, terminou à frente, após receber 46,91% dos votos válidos, contra 32,61% de José Serra (PSDB), e 19,33% de Marina Silva (PV).

Uma semana depois da votação, pesquisa Datafolha mostrou que a petista se manteve na liderança, com 54% das intenções de voto (votos válidos), contra 46% de Serra. Já na última sexta-feira (22), a candidata ampliou a vantagem na sondagem e obteve 56% da preferência do eleitorado, também considerando apenas os votos válidos, enquanto o adversário obteve 44% (a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos).

Segundo o especialista, casos de viradas estaduais são mais comuns que no cenário nacional, devido ao número de Estados, ou seja, a quantidade de cenários aumenta as chances de mudança no rumo da disputa.

Já na disputa nacional, embora Serra tenha ganhado certo “fôlego” com os votos da concorrente do PV - que decidiu ficar neutra no segundo turno –, o especialista avalia que são poucas as chances de virada, especialmente a uma semana da eleição.

- Quando se olham os números com mais atenção, é possível notar que ele subiu o que se previa que ele subiria com os eleitores da Marina. Ou seja, não era nenhuma subida anormal. O que houve de novidade no primeiro momento do segundo turno, mais que a subida do Serra, foi a queda da Dilma, que conseguiu se recuperar na reta final.

Peso dos indecisos

Ainda segundo a pesquisa mais recente da disputa pelo governo federal, 6% dos eleitores responderam que ainda não sabem em quem votar. Apesar do número relativamente alto – representa cerca de oito milhões de eleitores –, Couto diz acreditar que esse percentual do eleitorado não será capaz de reverter o resultado previsto pelos institutos.

- Os indecisos tendem a se distribuir de forma mais ou menos proporcional entre os candidatos. [...] Se nada de anormal acontecer até o dia da eleição, honestamente, não há razão nenhuma para a gente imaginar que os eleitores iriam 100% para o Serra. E mesmo que fossem [votar em Serra], o que não é muito realista, mesmo assim o Serra não reverteria o quadro.

O segundo turno das eleições presidenciais acontece no próximo domingo (31), quando mais de 135 milhões de eleitores voltam às urnas em todo o país. A votação acontece das 8h às 17h (horário de Brasília), porém, os primeiros resultados da disputa presidencial só devem começar a ser divulgados pela Justiça Federal a partir das 19h, devido à diferença de fuso no território nacional.

Fonte: R7