quarta-feira, 21 de março de 2012

BRASILEIRA É ACUSADA DE MATAR O PRÓPRIO FILHO NA ARGENTINA

Uma brasileira é a principal suspeita da morte de seu filho de seis anos, que foi encontrado afogado na banheira de sua casa em um exclusivo bairro dos arredores de Buenos Aires.

A situação de Adriana Cruz, de 41 anos, é "muito complicada", considerou o promotor Leandro Heredia, que investiga a morte de Martín, o filho da mulher, um fato que causou grande comoção no bairro de San Vicente.

Heredia, que nas próximas horas interrogará a mulher, comentou que "tudo faz pensar" que Adriana é a autora do crime cometido na terça-feira.

O caso foi denunciado à polícia por uma empregada doméstica, que ao chegar à casa de Adriana encontrou a mulher desmaiada ao lado da banheira e o pequeno Martín afogado, com uma gravata que o estrangulava no pescoço.

O corpo da criança apresenta sinais de asfixia por imersão e marcas de estrangulamento manual, mas os investigadores aguardam os resultados da autópsia para confirmar a mecânica da morte.

"Presumimos que a criança tentou resistir porque ela tem lesões nas mãos e no pescoço. Foi uma luta entre Davi e Golias na qual, neste caso, Golias ganhou indubitavelmente", resumiu o promotor em declarações aos jornalistas.

Heredia disse que a mulher atravessava "um divórcio conflituoso" com seu ex-marido e detalhou que em fevereiro este a denunciou perante a justiça por "tentar atentar contra a vida de seu filho".

"Sabemos também que entre novembro e dezembro do ano passado a mulher esteve internada durante 40 dias em uma clínica psiquiátrica", acrescentou.

Adriana Cruz está em um hospital de Buenos Aires, no qual deu entrada ontem para ser submetida a uma lavagem estomacal após uma forte ingestão de sedativos.

No entanto, o promotor esclareceu que "já está em condições de ser interrogada".

Fonte: Folha

JUSTIÇA MANTEM DECISÃO DE LEVAR MIZAEL SOUZA A JURI POPULAR

O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a decisão de levar Mizael Bispo de Souza e Evandro Bezerra Silva a júri popular nesta quarta-feira. Eles são acusados de matar a ex-namorada de Mizael, Mércia Nakashima, em 2010. A decisão cabe recurso.

A defesa havia entrado com um recurso contra a decisão do juiz Leandro Bittencourt Cano, em dezembro de 2011. A magistrada da 12ª Câmara de Direito Criminal e relatora do processo, Angélica de Maria Mello de Almeida, no entanto, negou o pedido e foi seguida pelos desembargadores Carlos Vico Mañas e Breno de Freitas Guimarães Júnior.
Robson Ventura - 19.out.10/Folhapress
A reportagem procurou a defesa de Mizael e Evandro, mas não obteve retorno.

O CASO

Mizael Souza era considerado foragido desde dezembro de 2010, quando o juiz decretou sua prisão.

Mizael e o vigia Evandro Bezerra Silva, tido como seu cúmplice no crime, foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, cruel e sem possibilidade de defesa da vítima). Eles negam participação.

Mércia desapareceu em 23 de maio de 2010. Seu carro foi encontrado em uma represa de Nazaré Paulista no dia 10 de junho daquele ano. O corpo da advogada foi localizado no dia seguinte.

Mizael é acusado de homicídio triplamente qualificado, mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime. O vigia Evandro, acusado de ajudar Mizael, foi denunciado sob acusação de homicídio duplamente qualificado.

Ele chegou a falar, em depoimento à polícia, que combinou de ir buscar Mizael na represa no dia do desaparecimento de Mércia, mas depois mudou a versão e negou envolvimento com o crime.

HABEAS CORPUS

Mizael teve diversos pedidos de habeas corpus negados pela Justiça no período em que esteve foragido.

Em dezembro do ano passado o STJ negou dois pedidos apresentados pela defesa do ex-PM. Segundo o STJ, em um dos habeas corpus a defesa alegava incompetência dos juízes de Guarulhos (Grande São Paulo) para julgar o caso, já que o crime ocorreu em Nazaré Paulista (64 km de São Paulo). O segundo pedia a revogação da prisão preventiva.

Em maio, o STJ já havia negado um pedido de habeas corpus protocolado pela defesa do acusado, que pedia a revogação da prisão preventiva do ex-policial decretada em dezembro do ano passado pela Vara do Júri de Guarulhos.

Antes, a Justiça de São Paulo tinha negado o pedido de liberdade aos acusados em fevereiro.

Em janeiro, o Tribunal de Justiça também já tinha negado a devolução de bens de Mizael. Ele havia pedido a devolução de celulares, armas, roupas e sapatos que estão sob a guarda do juiz da Vara do Júri de Guarulhos desde o início da investigação sobre o crime.

Fonte: Folha