domingo, 25 de março de 2012

SEGUEM OS PROTESTOS E DEBATES RACIAIS NOS ESTADOS UNIDOS UM MÊS APÓS A MORTE DE TRAYVON

A morte do adolescente negro, Trayvon Martin, pelo disparo de um vigilante de origem latina em uma comunidade da Flórida completa um mês nesta segunda-feira e a data será marcada por uma nova manifestação, em meio aos extensos debates sobre racismo, armas e justiça, pelo qual passa os Estados Unidos.
 
No dia 26 de fevereiro, Martin, de 17 anos, foi morto por um vigilante voluntário, George Zimmerman, de 28 anos e de origem hispânica, quando caminhava encapuzado em direção à casa de uma amiga de seu pai depois de comprar alguns doces.

O jovem levantou as suspeitas de Zimmerman, vigilante voluntário de um condomínio fechado em Sanford, centro da Flórida, por razões confusas.

A polícia deteve o guarda para interrogatório, mas o deixou em liberdade, sem acusações, após alegar que havia atuado em defesa própria.

Martin, no entanto, estava desarmado e as gravações da polícia divulgadas na semana passada não registraram ameaça alguma, algo que despertou a ira da comunidade afro-americana no país e que abriu um sensível debate ao qual se pronunciou inclusive o presidente Barack Obama.

"Esperamos uma participação inumerável para exigir justiça, para exigir a prisão de George Zimmerman, para recordar que este tipo de situação não pode ficar impune", disse à AFP Rashad Robinson, diretor executivo da organização defensora dos direitos civis ColorOfChange.org, que organiza o protesto.

O grupo separatista Partido Novas Panteras Negras, dos Estados Unidos, ofereceu no sábado 10.000 dólares de recompensa pela captura de George Zimmerman, que matou o adolescente negro Trayvon Martin.
©AFP/GettyImages / Mario Tama
Dezenas de seguidores da organização, conhecida por suas siglas NBPP, protestaram pela terceira vez em uma semana diante da delegacia de polícia de Sanford, centro da Flórida, no sábado, e publicaram em seu site uma foto de Zimmerman com os dizeres: "procurado vivo" e em letras brancas se destaca: "nem morto, nem ferido".

"Olho por olho, dente por dente", disse Mikhail Muhammad, líder do grupo afro-americano, que não tem relação com o antigo partido Panteras Negras e é definido como um grupo separatista negro pela Southern Poverty Law Center, uma instituição que luta contra o racismo e a intolerância nos Estados Unidos.

Segundo o jornal Orlando Sentinel, os ativistas pretendem mobilizar 5.000 seguidores para contribuir com a captura de Zimmerman.

A polícia de Sanford disse à AFP no sábado que estava a par do protesto do grupo NBPP, mas que desconhecia o pedido de captura para Zimmerman.

O crime ocorreu há quase um mês, em 26 de fevereiro passado, e o autor do homicídio não foi preso nem acusado enquanto revelações de testemunhas e de uma ligação de emergência deram elementos à opinião pública para considerar que se deve realizar uma investigação mais exaustiva e que o crime pode ter sido motivado por preconceito racial.

"Nós não odiamos ninguém, odiamos a injustiça", disse Muhammad, que completou que a sede da organização em Washington (leste) está recebendo doações de empresários negros do entretenimento e atletas devido ao caso. O líder se negou a revelar os nomes dos doadores.

O presidente Barack Obama qualificou o ocorrido de "tragédia", enquanto ocorreram protestos em diversas partes do país.

Após a reação do presidente Obama, o advogado de Zimmerman, descrito como um latino branco cuja mãe seria peruana, fez pela primeira vez declarações à imprensa e afirmou que seu cliente não é racista.

"Perguntei a ele, 'você é racista?', 'tem algo contra os negros?'", e ele respondeu que não, disse o advogado Craig Sonner à rede CNN, explicando que se trata de um caso de legítima defesa, o que está amparado na legislação da Flórida.

Fonte: AFP

PARTIDO DE MERKEL GANHA NA ALEMANHA

Os parceiros da coalizão do Partido Democrata Livre (FDP), de Angela Merkel, fracassaram na eleição no estado de Sarre, no domingo, ficando com apenas 1,5 por cento dos votos, de acordo com as pesquisas de urna, dando continuidade a uma campanha deplorável que enfraqueceu governo de centro-direita da Alemanha.

O CDU (Partido Cristão Democrata) da chanceler parecia destinado a vencer as eleições estaduais e estavam propensos a buscar uma coalizão com o segundo colocado, o SPD (Social Democratas), uma tendência que deve ser repetida nas eleições nacionais no ano que vem.

"O povo de Sarre ganhou um governo estável. Eles mostraram que queriam uma... coalizão e que queriam a mim como ministra do estado," disse a vitoriosa ministra-presidente de Sarre, Annegret Kramp-Karrenbauer, do CDU.

Os conservadores de Merkel ficaram com 34,5 por cento dos votos no estado ocidental, com 1 milhão de habitantes, mesma quantidade de votos das últimas eleições no estado, em 2009. Eles ficaram na frente do partido de centro-direita SPD, que estava disputando voto a voto com o CDU, de acordo com pesquisas feitas antes da votação, mas conseguiram apenas 31 por cento dos votos, de acordo com pesquisas de boca de urna.

Mas seu aliado de coalizão no cenário nacional, o FDP, teve um resultado pior ainda do que as previsões mais pessimistas. Com 1,5 por cento dos votos, bem abaixo do patamar de cinco por cento para conseguir assentos na assembleia estadual - eles despencaram dos 9,2 por cento que tinham anteriormente.

Os principais assessores de Merkel começaram imediatamente um trabalho de contenção de danos. O líder do partido em Berlim, Peter Altmaier, negou que os resultados representassem qualquer ameaça, dizendo: "Temos uma coalizão estável em Berlim. Essa foi uma situação diferente."

Mas o resultado em um dos menores estados da Alemanha torna mais provável que os conservadores tenham que escolher um novo parceiro se eles conseguirem ganhar as próximas eleições federais em 2013, como sugerem todas as pesquisas de opinião recentes.

O FDP saiu do parlamento em assembleias estaduais em todo o país e corre o risco de ser mais humilhado ainda, em mais duas eleições estaduais em maio, em Schleswig-Holstein e no estado mais populoso da Alemanha, North Rhine-Westphalia (NRW)

"Aconteceu uma situação difícil em Sarre. Mas estamos olhando para Kiel (em Schelswig-Holstein) e Düsseldorf (NRW) com coragem e empenho," disse o secretário geral do FDP, Patrick Doering, culpando os fracos candidatos de Sarre.

Seu partido tem visto o seu apoio desaparecer, depois de não conseguir cumprir as promessas feitas durante a campanha para as eleições de 2009, tais como cortes de juros. Um movimento para substituir o impopular líder Guido Westerwelle pelo jovem Philipp Roesler, nascido no Vietnã, não conseguiu parar o declínio.

Fonte: Reuters

ENTEADA DE GILMAR MENDES É ASSESSORA DE DEMÓSTENES TORRES


Sob risco de virar alvo do STF (Supremo Tribunal Federal), o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) emprega em seu gabinete uma enteada de Gilmar Mendes, um dos 11 ministros da corte.


Ketlin Feitosa Ramos, que é tratada na família como filha do ministro, ocupa desde setembro o cargo de assessora parlamentar de Demóstenes, posto de confiança e livre nomeação.


O senador passa hoje por uma crise política por ter seu nome envolvido na Operação Monte Carlo, que desmontou no mês passado um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na exploração de jogos caça-níquel e prendeu o empresário Carlinhos Cachoeira, que é amigo de Demóstenes e teve 300 telefonemas com ele gravados pela polícia.

OUTRO LADO

Demóstenes e Mendes negaram haver conflito de interesse e afirmaram, por meio das assessorias, que a nomeação de Ketlin Feitosa foi feita por critérios técnicos.

Por escrito, Ketlin disse que procurou por conta própria emprego no Senado. "Demóstenes me fez uma proposta de trabalho para que eu atuasse em sua assessoria jurídica e que estava precisando de um servidor com o meu perfil pois tinha muito interesse na área ambiental."
Editoria de Arte/Folhapress

Fonte: Folha

REVELAÇÕES COMPLICAM A SITUAÇÃO DE DEMÓSTENES TORRES

As novas revelações sobre as ligações do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira , devem acelerar as investigações sobre o suposto esquema de contravenção do jogo do bicho apurado desde 2009 pela Procuradoria Geral da República.
Foto:José Cruz/ABr 
Diante dos novos índicos, o órgão estuda pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar o senador – que só pode responder ao STF.

Para terça-feira 27 está prevista uma reunião da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Segundo a Agência Brasil, deputados e senadores querem saber os motivos da lentidão do processo que investiga desde 2009 o bicheiro e vários políticos sob suspeita. O grupo de parlamentares quer ainda saber quais outros nomes aparecem nas interceptações telefônicas.

Capitaneado pelos deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Protógenes Queiróz (PCdoB-SP), o grupo pedirá urgência nas apurações.

Na sexta 23, CartaCapital revelou que Demóstenes tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino comandado pelo bicheiro – e que movimentou, em seis anos, 170 milhões de reais. A reportagem, assinada por Leandro Fortes, mostrou que a Polícia Federal tem conhecimento, desde 2006, das ligações do bicheiro com o senador e que o esquema jamais foi encerrado porque os policiais responsáveis pela investigação foram cooptados pelo esquema.

Horas após a reportagem, Demóstenes foi a público, por meio do Twitter, se defender das acusações. “De todos os absurdos publicados contra mim, os mais danosos estão no site da Carta Capital. Os informantes da revista estão enganados”, escreveu o senador.

“O sofrimento provocado pelos seguidos ataques a minha honra são difíceis de suportar, mas me amparo em Deus e na certeza de minha inocência”, completou.

Apesar da manifestada fé na inocência, a situação é cada vez mais delicada para o senador flagrado em telefonemas pedindo favores de Cachoeira, de quem já recebeu até presente de casamento. Antes mesmo das últimas revelações, os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) protocolaram, na terça-feira 20, uma representação cobrando que sejam investigadas as suspeitas sobre Demóstenes.

O PSOL protocolou também na Mesa da Câmara pedido para que a Corregedoria da Casa investigue as relações de outros parlamentares com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Ao longo da semana, o deputado Protógenes conseguiu 181 assinaturas de deputados em um requerimento para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com a finalidade de investigar, em 180 dias, as práticas criminosas desvendadas pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal. A ação, baseada em Goiás (estado do senador), levou à prisão integrantes de uma suposta quadrilha que operava com a contravenção do jogo do bicho, de caça-níqueis, corrupção em larga escala de autoridades civis, policiais e políticos.

Fonte: Carta Capital