sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MULHER AGRIDE CÃO ATÉ À MORTE NA FRENTE DO FILHO

A POLÍCIA JÁ INVESTIGA O CASO



Um vídeo postado na internet nessa quarta-feira, que mostra imagens fortes de uma mulher chutando e espancando um cachorro da raça Yorkshire, fez com que a Polícia Civil de Formosa, em Goiás, investigasse o crime. Nas imagens, a agressora aparece jogando o cão no chão e batendo no bicho na frente do filho, de apenas três anos.

Segundo a polícia, ela se apresentou na delegacia no município, mas não prestou depoimento. A reportagem da Band de Brasília foi até a casa da mulher, mas não havia ninguém no local. 

Segundo descrição do vídeo, a mulher é uma enfermeira, casada com um médico, e mora na cidade de Formosa. A polícia confirmou a morte do animal após os maus tratos. 

Fonte: Band

BOLÍVIA LANÇA PANETONE COM FOLHAS DE COCA



Com intenção de surpreender neste natal, os cocaleiros bolivianos colocaram à venda panetones feitos com farinha de folhas de coca, um novo produto da industrialização da planta que os traficantes usam para fabricar cocaína.

Un 'panetón' (pan dulce) hecho con harina de hojas de coca. |Efe

O gerente da Empresa Boliviana Comunitária da Coca (Ebococa), José Ugarte, declarou que a companhia, que pertence a seis federações de cocaleiros da província de Chapare, fabricou aproximadamente 5.000 panetones para este natal.

"O panetone de coca possui ingredientes habituais, como passas, frutas cristalizadas, açúcar e outras farinhas, mas se destaca por acrescentar "o ingrediente da energia", que é proporcionado pelas fibras das folhas de coca, uma característica comum dos alcaloides, explicou Ugarte.

Ugarte assegurou que a coca, em quantidades controladas e em seu estado natural, não é prejudicial à saúde e não causa dependência. A farinha desta folha tem cálcio, ferro e vários tipos de vitaminas, além de facilitar a digestão.

A Ebococa é um dos projetos impulsionados pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, para industrializar a coca e descriminalizar seu uso tradicional, como a mastigação da folha ("acullico"), na Junta de Fiscalização de Entorpecentes da ONU (Jife).

Na última quinta-feira, Morales pediu novamente aos inspetores da Jife que apoiem seu pedido de descriminalização do "acullico". No entanto, o líder boliviano reconheceu que não conseguiu convencer todos integrantes da organização, que é presidida pelo iraniano Hamid Ghodse.

Cada panetone de coca custa US$ 4 e, por ser um produto novo, será vendido somente no departamento central de Cochabamba. Mas, em 2012, o produto deverá ser comercializado também em outras regiões bolivianas.

INDÚSTRIA

Segundo Ugarte, a Ebococa é a primeira empresa do país que começou a produzir de forma industrial derivados de coca. Neste mês de dezembro, primeiro mês de operações, a fábrica também produziu chás de coca e, posteriormente, deverá lançar uma nova linha, que inclui refrescos, energéticos, licores, analgésicos, bloqueadores solares, balas e extratos.

"Nossa principal intenção é demonstrar que a coca também pode ser utilizada para produtos benéficos", apontou Ugarte, que lamentou que "o mau uso da folha sagrada acaba restringindo sua utilização ao tráfico".

O investimento feito para construir e equipar a fábrica de panetones de coca, a maior deste setor na Bolívia, foi de US$ 1,7 milhões.

Há dezenas de pequenas companhias que fabricam artesanalmente outros derivados da folha, cujo cultivo passou de 25,4 mil para 31 mil hectares desde que Morales chegou à Presidência.

Nos últimos anos, com apoio do governo Morales, os cocaleiros da Bolívia lançaram vários produtos com base no extrato da folha da coca, assim como a famosa Coca Cola.

A Bolívia é o terceiro produtor mundial de coca e cocaína, ficando atrás da Colômbia e do Peru, e o principal fornecedor da droga para os países vizinhos do Cone Sul, segundo a ONU.

A Constituição promulgada por Morales em 2009 diz que "o Estado protege a coca originária e ancestral como um patrimônio cultural, um recurso natural renovável da biodiversidade da Bolívia", ressaltando que "em seu estado natural não se trata de um entorpecente".

Fonte: Folha

RIO DE JANEIRO COMEMORA A REDUÇÃO NO NÚMERO DE CRIANÇAS NA CRACOLÂNDIA

A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) do Rio realizou na manhã desta sexta-feira, mais uma operação para retirada de população em situação de rua e de combate ao crack na cidade.

Na cracolândia do Parque União, em Bonsucesso – Zona Norte da cidade – e em outro ponto de consumo de drogas, na entrada da Ilha do Governador, também na Zona Norte, foram acolhidas 20 adultos.

Ao longo de todo o trajeto percorrido pelos profissionais do município, nenhuma criança ou adolescente foi localizada.

A ação conjunta contou com o apoio de agentes do 22º BPM e da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O acolhimento foi realizado por 20 funcionários da SMAS.

Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, a ausência de crianças ou adolescentes consumindo crack nestas localidades é fruto do trabalho de insistência da Prefeitura do Rio.

– Desde o início de agosto que a SMAS realiza o monitoramento quase que diário dessa região. Após o primeiro mês de trabalho os jovens que permaneciam no Parque União foram acolhidos ou deixaram de frequentar a cracolândia. Mas, não é só na Ilha do Governador. A diminuição do número de crianças nos outros pontos de venda de drogas da cidade é notório desde a implantação do abrigamento compulsório, há 6 meses, afirmou Bethlem.

Durante a ação foram apreendidas facas, cartões de crédito e material para consumo de crack. Após o processo de identificação na polícia, todos os acolhidos serão encaminhados para as unidades de abrigamento da Rede de Proteção Especial do município.

Fonte: Correio do Brasil

LIVRO "A PRIVATARIA TUCANA" APRESENTA DOCUMENTOS INÉDITOS, SEGUNDO O ESTADO DE SÃO PAULO

Com 15 mil exemplares vendidos em menos de uma semana, segundo a editora Geração Editoria, o livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., revela documentos inéditos da antiga CPI do Banestado que apontam supostas movimentações irregulares de recursos por pessoas próximas ao ex-governador José Serra (PSDB).

Segundo os papéis da CPI – que investigou, entre 2003 e 2004, um esquema de evasão de divisas do Brasil –, o empresário Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, utilizou-se de uma conta operada por doleiros em Nova York para enviar US$ 1,2 milhão para a empresa Franton Interprises, que seria ligada ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira.

Indicado por Serra para o Banco do Brasil no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio é apontado na obra como suposto articulador da formação de consórcios que participaram do processo de privatização, graças a sua influência na Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco estatal.

O autor do livro foi indiciado no ano passado pela Polícia Federal por supostamente participar da violação do sigilo bancário de parentes e pessoas próximas a Serra, então candidato à Presidência. O objetivo seria a montagem de um dossiê contra tucanos. Ribeiro Jr. nega e acusa o deputado Rui Falcão (PT), então coordenador da campanha de Dilma Rousseff, de ter furtado dados sobre Serra de seu computador.

O jornalista diz, no livro, que Ricardo Sérgio controlava empresas em paraísos fiscais que teriam recebido supostas propinas de beneficiados pelo processo de privatização, entre eles o próprio Preciado, representante da espanhola Iberdrola na época em que a empresa comprou três estatais de energia no Brasil.

O elo entre a Franton Interprises e Ricardo Sérgio, segundo o autor, é uma “doação” de R$ 131 mil feita à empresa pelo ex-diretor do BB, em 1998. A operação é citada em documento da CPI do Banestado reproduzido no livro.

A mesma empresa Franton recebeu US$ 410 mil de uma empresa pertencente ao grupo La Fonte, de Carlos Jereissati, que adquiriu o controle da Telemar (atual Oi) durante a privatização da antiga Telebrás.

A CPI mista terminou em dezembro de 2004 sem que o relatório final fosse votado. Relator da comissão na época, o deputado José Mentor (PT-SP) afirmou que os dados que constam do livro fazem parte de um relatório parcial sobre Ricardo Sérgio, feito a pedido da Justiça Federal. “O repórter obteve os papéis na Justiça”, disse Mentor. “Jamais vazei documentos.” O presidente da CPI era o tucano Antero Paes de Barros, que se desentendeu com Mentor ao longo das investigações. Todos os documentos obtidos pela CPI, na época, foram enviados ao Ministério Público Federal.

Dívidas 

Ao descrever laços entre personagens do processo de privatizações ocorrido nos anos 90, Ribeiro Jr. também recupera episódios já publicados pela imprensa, como a redução de dívidas de empresas de Marin Preciado no Banco do Brasil quando Ricardo Sérgio era diretor.

Entre 1995 e 1998, segundo o Ministério Público Federal, duas empresas de Preciado obtiveram desconto de cerca de R$ 73 milhões em um empréstimo que, originalmente, era de US$ 2,5 milhões. O valor final da dívida, segundo o livro, chegou a pouco mais de R$ 4 milhões.

“O autor não tem idoneidade nem qualificação para escrever o que foi apresentado”, disse o advogado Wagner Alberto, que defende Preciado. “Esses dois casos (remessas de recursos e desconto nas dívidas) já foram amplamente debatidos e analisados pela Justiça, que os considerou improcedentes. Recomendo que a imprensa analise os autos dos processos do Banco do Brasil e as decisões das instâncias em Brasília, Bahia, São Paulo e São Bernardo do Campo, algo que o autor não fez.” O Estado procurou ouvir a versão de Ricardo Sérgio e deixou recados em sua empresa, mas não houve resposta.

A Privataria Tucana também aborda a sociedade entre Verônica Serra, filha do ex-governador, e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, na empresa Decidir.com, sediada em Miami. De acordo com o autor, a empresa foi transformada em uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas e, de lá, injetou recursos em uma empresa brasileira que tinha Verônica Serra como vice-presidente, a Decidir do Brasil.

Ribeiro Jr. afirma na obra que começou a pesquisar o entorno do ex-governador no final de 2007, quando recebeu do jornal onde trabalhava, O Estado de Minas, a incumbência de descobrir quem eram “os arapongas que estavam no encalço do governador de Minas, Aécio Neves”, que então disputava com Serra a indicação para concorrer à Presidência pelo PSDB. Segundo o repórter, os passos de Aécio eram seguidos por um grupo de inteligência a serviço de seu adversário paulista.

Procurado para comentar o conteúdo do livro, José Serra não se manifestou. Na terça-feira, em Brasília, ele qualificou a obra como “lixo”. O Estado também procurou o deputado Rui Falcão, sem obter resposta.

A Geração Editorial informou que 30 mil exemplares do livro devem chegar hoje às lojas.

Fonte: Estadão

PARA CNI/IBOPE, AVALIAÇÃO POSITIVA DO GOVERNO DILMA VOLTA A SUBIR

A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff voltou a subir entre setembro e dezembro, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada na manhã desta sexta-feira (16). O índice de pessoas que consideram a gestão como ótima/boa passou de 51% para 56%.

A aprovação pessoal da presidente ficou praticamente estável --passou de 71% para 72%. Essa é a quarta pesquisa CNI divulgada neste ano. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Foram entrevistados 2.002 pessoas em 142 municípios, entre os dia 2 e 5 de dezembro.

De acordo com a pesquisa, denúncias de corrupção são os assuntos mais lembrados da gestão petista. No total, 28% dos entrevistados citaram alguma notícia ligada a irregularidades.

Questionados sobre as notícias do governo, 23% dos entrevistados apontaram o escândalo envolvendo o ex-ministro Carlos Lupi (Trabalho), envolvido em suspeitas de irregularidades nos convênios da pasta e que deixou o governo após a Folha revelar que ele ocupou dois cargos públicos irregularmente.

Outros 10 % também lembraram a saída de ministros, sendo que seis deixaram o governo por denúncias de irregularidades.

A política de juros do governo é aprovada por 33% dos entrevistados. O combate à inflação é desaprovado por 52%.

Para 57%, o governo Dilma é igual ao governo do ex-presidente Lula, enquanto 12% afirmam que é melhor.

Entre os pesquisados, 30% aprovam a política de saúde, 67% desaprovam e 3% não souberam responder.

DADOS

De acordo com a sondagem, a desaprovação do desempenho pessoal de Dilma ficou estável, registrada com 21% dos entrevistados. Outros 7% não souberam responder.

A avaliação regular do governo teve uma leve queda, passando de 34% para 32%. O índice dos que consideram a gestão ruim ou péssima passou de 11% para 9%.

Na comparação entre os governos Dilma, Lula e Fernando Henrique Cardoso, a avaliação de "ótimo" ou "bom" da presidente é a melhor da série histórica do final do primeiro ano de mandato.

Dilma registrou 56% (mesmo índice alcançado em março), enquanto Lula tinha 51% e Fernando Henrique, 43%.

Fonte: Folha

MAIS DE 100 PESSOAS SÃO PRESAS NA EUROPA ACUSADAS DE PEDOFILIA



Cento e doze pessoas foram detidas em 22 países europeus em uma ampla operação policial contra a pornografia infantil na internet, anunciou nesta sexta-feira a Europol, a organização de cooperação policial europeia.

"Identificamos até agora 269 suspeitos em 22 países e prendemos 112 pessoas", declarou o diretor da Europol, Rob Wainwright, em uma coletiva de imprensa em Haia, na sede da organização.

A "Operação Ícaro" foi lançada contra "pessoas que trocavam as formas mais extremas de material de vídeo, mostrando fundamentalmente bebês e crianças pequenas submetidas a abusos sexuais", indicou a Europol em um comunicado.

"As investigações continuam e outras prisões são esperadas", destacou.

O material apreendido durante as revistas nos domicílios dos suspeitos será examinado para permitir que as investigações prossigam, assim como as ações legais", segundo a mesma fonte.

Durante uma operação policial anterior, coordenada pela Europol, cerca de 200 pessoas foram detidas em março dentro do desmantelamento de uma rede internacional de pornografia infantil na internet, constituída a partir de um fórum que chegou a ter até 70.000 membros.

Fonte: AFP

FILHO DE MAFIOSO ENTREGA O PAI PARA PODER MUDAR DE VIDA


Frank Calabrese Jr

Quando Frank Calabrese Jr era criança, em Chicago, nos Estados Unidos, não sabia o que o pai fazia para viver. Se perguntava, o pai dizia, "Diga que sou engenheiro".
Na verdade, Frank Calabrese, o pai, era um dos mais famosos mafiosos do país e viria a ser condenado por 13 assassinatos.

Aos poucos, Calabrese Jr foi sendo envolvido nas atividades do pai. Até decidir, já casado e pai de dois filhos, que não queria mais ser um criminoso.

Ele se tornou informante do FBI e, secretamente, gravou depoimentos do pai confessando seus crimes.

Hoje, Calabrese, o pai, cumpre pena de prisão perpétua em uma cadeia americana. E o filho tenta reconstruir sua vida, consciente de que viverá para sempre com as consequências de sua difícil decisão: entregar às autoridades o pai que diz ainda amar.

Em entrevista ao programa Outlook, da BBC, Calabrese Jr falou sobre sua jornada, descrevendo como foi aos poucos, ainda criança, envolvido nas atividades do pai.
Lições de crime

"Ele começou a fazer pequenos testes comigo", disse Calabrese Jr.

Um dos testes foi pedir ao menino que lavasse seu carro. Júnior encontrou dinheiro escondido sob o tapete no carro e contou ao pai, que respondeu: "Você pegou algum dinheiro?". "Não", foi a resposta. Júnior calcula que passou naquele teste.

Outros testes se seguiram. O pai lhe pedia que fizesse pequenas tarefas para ele. "Eu pensava: Meu pai não me pediria para fazer algo que fosse errado". Gradualmente, Júnior disse, começou a gostar daquilo.

Um dia, o pai lhe pediu que matasse uma pessoa. O homem era um outro mafioso que trabalhava para o pai. O relacionamento não ia bem e Calabrese pai decidiu que o comparsa tinha de morrer.

Júnior disse que não questionou a posição do pai e estava pronto para cumprir a ordem. Mas seu tio, também mafioso, tentou dissuadi-lo.

"Meu tio estava tentando me dizer, olha, uma vez que você cruza essa linha, você está dentro e não vai sair nunca mais", contou. "Aquele dia foi o começo da virada para mim. Me dei conta de que meu tio estava tentando salvar minha vida."

O tio acabou convencendo Calabrese pai a deixar que ele próprio matasse o comparsa. O percurso de Júnior para longe do crime, no entanto, seria longo.

Sem saída

"Quando eu era jovem, meu pai era um ótimo pai. Mas quando ele entrou no radar da máfia, começou a mudar. Ficou violento e cada vez mais paranoico. Isso começou a afetar o relacionamento da família".

O nascimento do segundo filho de Júnior foi outro marco importante. Ele decidiu em seu íntimo que não queria a vida de criminoso. "Eu não queria ganhar a vida enganando e ferindo as pessoas". Mas ele não sabia como sair das garras do pai.

Tentou conversar com o pai, disse a ele que queria arrumar um emprego e mudar de vida. "Mas meu pai nunca aceitava um não".

Viciado em drogas, Júnior decidiu formar sua própria operação criminosa. Com dinheiro que roubou do pai, decidiu abrir dois restaurantes e, com os lucros, financiar suas operações de tráfico.

Ele explicou que tinha a intenção de devolver o dinheiro. O pai, no entanto, descobriu o furto e passou a controlar seus movimentos, dizendo: "Agora eu sou seu dono".

O relacionamento entre pai e filho foi ficando cada vez mais difícil. Um dia, o pai o convidou para um café. "Pensei, ôba, esse é o pai legal. É que a essa altura, eu já tinha percebido que meu pai tinha duas ou três personalidades e eu nunca sabia com quem eu estava falando".

Mas o convite era uma armadilha. Em uma garagem escura, Calabrese pai colocou uma arma no rosto de Júnior. "Prefiro você morto do que me desobedecendo".

Convencido de que ia morrer, Júnior disse ter pensado em seus próprios filhos, que ficariam órfãos. Começou a chorar e suplicar: Calabrese não matou o filho, mas de volta ao caminhão, esmurrava seu rosto continuamente. "Eu estava dirigindo, meu rosto estava todo inchado mas eu nem sentia a dor. Não sabia o que fazer".

Prisão

Calabrese Jr disse que, naquele momento, não era uma vítima. "Eu fiz coisas más, naquele ponto eu era igual a ele, andando por toda parte com uma arma no bolso. Então, decidi que queria ir para a prisão. Precisava da prisão porque precisava de uma mudança".

Para Júnior, a prisão oferecia a chance de um recomeço. Filho e pai foram condenados por chantagem. Antes de irem para a cadeia, no escritório do advogado, fizeram um pacto. Calabrese pai pediu que o filho abandonasse as drogas. Júnior declarou sua intenção de deixar o crime, pediu que o pai saísse da máfia ou que ao menos autorizasse sua própria saída.

"Na prisão, refleti profundamente sobre todas as coisas más que havia feito. E fiz um plano: eu ia mudar". Júnior também decidiu que em vez de fugir do pai, iria encará-lo de frente e tentar trabalhar no relacionamento dos dois.

Júnior passou entre quatro e cinco anos na prisão. Mas durante um período de oito meses, ele e o pai ficaram presos na mesma penitenciária. Pai e filho passavam horas juntos e conversavam longamente. Júnior decidiu colocar seu plano em ação.

"Resolvi usar o que ele tinha me ensinado. Quando você conversa com alguém, tente pensar como a pessoa está pensando, saber o que ela sabe. Pergunte a ela coisas para as quais você já sabe a resposta. Dessa forma, você saberá se a pessoa está mentindo".

"Durante aqueles oito meses, ele mentiu continuamente", contou Júnior. Sem esperanças de que o pai jamais mudasse de comportamento, Júnior teve de fazer sua escolha. "Muitas vezes, você tem de tomar uma decisão e todas as alternativas são ruins".

"E as minhas alternativas eram: cooperar com o FBI, um pecado capital na minha vizinhança, ou esperar até nós dois estarmos soltos e enfrentar meu pai. Um dos dois sairia morto. Provavelmente eu, porque meu pai era muito bom nisso".

Informante do FBI

"Isso não tinha nada a ver com o FBI. Tinha a ver com a minha família. Eu queria fazer a coisa certa, mas precisava da ajuda do FBI porque não tinha como fazer isso sozinho".

O FBI instalou equipamentos de escuta no corpo de Júnior para gravar as conversas entre ele e seu pai. A operação era perigosa, disse Frank. "Eu não tinha dúvida. Se meu pai desconfiasse do que estava acontecendo, eu seria um homem morto".

O objetivo de Júnior era incentivar o pai a falar de seus crimes. "Ele só se abriu comigo porque tinha esperanças de que eu assumisse o controle da operação quando saísse da prisão - eu ia sair antes dele".

Aos poucos, Júnior foi gravando depoimentos onde o pai narrava, em detalhes, cada um dos 13 assassinatos que cometera. O método preferido de Calabrese pai - um homem não muito alto, de corpo troncudo, violento e muito inteligente - era estrangular a vítima e, depois, cortar sua garganta para garantir que estava realmente morta.

Hoje, Calabrese pai está preso em uma prisão-hospital de segurança máxima nos Estados Unidos. "Há 12 presos lá. Dez são terroristas, os outros dois são meu pai e um mafioso da costa leste".

Júnior, por sua vez, vive no Estado do Arizona. Usando seu nome verdadeiro, ele acaba de publicar um livro contando a história de sua vida.

Ele não tem medo de que alguém venha acertar as contas com ele.

"Não sou de fugir ou de ficar me escondendo. Eu trago meu pai em mim e vivo todos os dias com as consequências da minha decisão. Amo meu pai, mas não gosto do jeito dele. Sei que fiz a coisa certa, mas todo dia penso que gostaria que as coisas tivessem sido diferentes".

O livro de Frank Calabrese Jr, Operation Family Secrets (em tradução livre, Operação Segredos de Família) é lançamento da editora americana Broadway Books.

Fonte: BBC Brasil

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO PUBLICA REGRAS PARA A CONCESSÃO DE AEROPORTOS

O Diário Oficial da União publicou ontem (15) à noite, em edição extra, o edital com as regras para a concessão dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos; Viracopos, em Campinas; e Juscelino Kubitschek, em Brasília. Também foi publicada resolução do Conselho Nacional de Desestatização que aprova a concessão para a exploração dos aeroportos. O leilão será no dia 6 de fevereiro de 2012, na Bolsa de Valores de São Paulo, de forma simultânea, em que as empresas poderão concorrer pelos três aeroportos, mas só poderão ganhar o direito de exploração de um deles.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o modelo foi escolhido para estimular a concorrência entre os participantes. Os prazos das concessões foram diferenciados por aeroporto: 30 anos para Campinas, 25 anos para Brasília e 20 anos para Guarulhos.

Os três aeroportos foram incluídos no Plano Nacional de Desestatização em 21 de julho de 2011, por meio de decreto. Os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental foram encaminhados ao Tribunal Contas da União (TCU), para avaliação, em outubro, e na semana passada os estudos foram aprovados, com recomendações. O edital e o contrato de concessão deverão ser encaminhados para apreciação do TCU até cinco dias úteis após a publicação dos documentos pela Anac.

O edital exige, ainda, que a licitante ou um dos integrantes do grupo licitante tenha experiência de cinco anos na administração de aeroportos. Para habilitação técnica, o operador aeroportuário deverá ter experiência na administração de aeroportos com processamento de pelo menos 5 milhões de passageiros ao ano. Poderão participar do leilão empresas brasileiras ou estrangeiras, consorciadas ou isoladamente.

Os valores de contribuição ofertados pelas vencedoras do leilão serão recolhidos anualmente. O montante será destinado, por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil, a projetos de desenvolvimento e fomento da aviação civil e das infraestruturas aeroportuária e aeronáutica civil. Dessa forma, o governo federal busca garantir que os demais aeroportos do sistema aeroportuário nacional também se beneficiem dos recursos advindos da iniciativa privada, especialmente, o sistema de aviação regional.

Fonte: Agência Brasil

MINAS TEM 52 MUNICÍPIOS ATINGIDOS PELAS CHUVAS

Boletim divulgado hoje (16) pela Defesa Civil de Minas Gerais indica que 52 municípios já foram atingidos pelas fortes chuvas registradas no estado – 14 deles decretaram situação de emergência.

Na capital, Belo Horizonte, foram identificados diversos pontos de alagamento e inundações. Os bairros mais atingidos são 1º de Maio, Prado, Guarani e Gutierrez, com interdição das avenidas Cristiano Machado e Francisco Sá.

Na cidade de Contagem, as principais ocorrências foram registradas nos bairros Centro, Nacional, Ressaca e Nova Contagem – a maioria relacionada a deslizamentos, desabamentos de muros e desabamentos parciais de residências. Seis famílias estão desalojadas.

Em Ouro Preto, foi registrada a queda parcial de uma residência na área urbana, que soterrou parcialmente uma criança de 2 anos. A vítima foi socorrida por familiares e não sofreu ferimentos. Três famílias estão desabrigadas e oito desalojadas.

Na última terça-feira (13), o corpo de uma mulher de 27 anos foi localizado no leito do Rio Doce, em Governador Valadares. Ela estava desaparecida desde o dia 19 de novembro, depois que uma forte chuva atingiu o município.

A Defesa Civil de MG alertou que a frente fria que chegou ontem (15) à região pode provocar chuvas de até 140mm, aumentando os riscos de deslizamentos de terra e alagamentos.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, o tempo segue chuvoso na maior parte do estado. A previsão, para os próximos cinco dias, é de volume acentuado de chuva no centro, sul, oeste e leste de Minas e também na região da Zona da Mata.

Fonte: Agência Brasil

CARLOS, O CHACAL, É CONDENADO À PRISÃO PERPÉTUA



A Justiça francesa condenou nesta quinta-feira o venezuelano Carlos, o Chacal, à prisão perpétua, pela organização de quatro atentados cometidos há quase 30 anos.

Desenho do Chacal na corte, nesta quinta (AFP)O Chacal, de 62 anos, cujo nome real é Ilich Ramirez Sanchez, chegou a ser um dos acusados de extremismo mais procurados do mundo.

Ele fora capturado no Sudão, em 1994, e desde 1997 está cumprindo pena perpétua na França, por conta de um triplo homicídio cometido em 1975.

Mas, segundo a agência Reuters, a sentença desta quinta-feira deve impedi-lo de requisitar liberdade condicional, pedido que poderia fazer a partir de 2012.

Chacal nega ter participado dos ataques a bomba realizados em 1982 e 1983 em Paris e Marselha, que deixaram um saldo de 11 mortos e cerca de 150 feridos. A descoberta de novas provas permitiu que ele fosse julgado pelo crime, três décadas depois.

'Homem de combate'

Durante o julgamento, o Chacal se descreveu como um "homem de combate" e um "revolucionário profissional". Em seu depoimento, disse ser "um arquivo vivo". "A maioria das pessoas do meu nível estão mortas."

Também leu um texto em memória ao ex-líder líbio Muamar Khadafi, que em vida foi acusado de ter financiado ataques extremistas contra o Ocidente.

Desde 1997, Chacal, um autodenominado "revolucionário internacional", cumpre pena de prisão perpétua pelo assassinato de dois policiais e um informante realizados em Paris, em 1975, quando operava na clandestinidade como parte da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).

Ele é um dos últimos exemplares de uma linha de revolucionários de extrema-esquerda que marcou o imaginário romântico-comunista no século 20 e a defesa da causa palestina, nas décadas de 1970 e 80.

Durante anos, ele foi o nome mais famoso do chamado terrorismo internacional, embora poucos conhecessem seu rosto. Virou personagem de livros, documentários e filmes.

Nome de guerra

O nome de guerra "Carlos" surgiu quando o venezuelano passou a integrar as operações exteriores da FPLP e a realizar atentados contra alvos ligados a Israel.

Ganhou fama na Europa ao ser apontado como autor da tentativa de assassinato do irmão de um rico empresário judeu em Londres, em dezembro de 1973. Um mês depois, teria sido o responsável pela explosão de uma bomba em uma agência bancária também na capital inglesa. Em 1975, se converteu ao islã.

O apelido de Chacal foi dado pela polícia britânica, que ao revistar um de seus esconderijos, encontrou um exemplar do livro O Dia do Chacal, do inglês Frederick Forsyth.

Sua carreira terminou em 1994, quando vivia no Sudão. O governo sudanês permitiu que forças especiais francesas o capturassem em seu território e o levassem para Paris, sem a abertura de um processo de extradição.

Nesta quinta-feira, ele foi considerado culpado por atentados contra um trem que viajava de Paris a Toulouse, contra a sede de um jornal na capital francesa, contra uma estação ferroviária em Marselha e contra um trem de alta velocidade.

Fonte: BBC Brasil

MILHARES DE CRIANÇAS SOFRERAM ABUSO SEXUAL EM INSTITUIÇÕES CATÓLICAS NA HOLANDA



Dezenas de milhares de crianças sofreram abuso sexual em instituições católicas holandesas desde 1945, segundo um relatório preparado por uma comissão independente no país.

Crucifixo (Reuters)O documento diz ainda que líderes da Igreja Católica sabiam dos abusos, mas não tomaram medidas para acabar com os frequentes episódios que aconteciam em escolas, seminários e orfanatos.

Após realizar uma pesquisa com mais de 34 mil pessoas, o relatório estima que uma em cada cinco crianças em instituições católicas sofreram algum tipo de abuso.

Denúncias

A investigação foi realizada após uma série de denúncias no leste da Holanda. Em agosto de 2010, a comissão independente começou a analisar 1,8 mil relatos e acabou identificando 800 supostos responsáveis pelos abusos, 100 dos quais ainda estão vivos.

A comissão buscou ainda descobrir detalhes do que aconteceu e sugerir que tipo de indenização deveria ser oferecida às vítimas.

No mês passado, a Igreja Católica na Holanda criou um sistema de indenizações entre 5 mil e 100 mil euros (R$ 12 mil – R$ 240 mil), dependendo da gravidade do abuso sofrido.

Segundo analistas, a população holandesa, 29% católica, aguardava ansiosamente os resultados da pesquisa realizada pela comissão.

Fonte: BBC Brasil