terça-feira, 12 de abril de 2011

EMBRAER FECHA NOVAS PARCERIAS

A Embraer fechou dois acordos que devem ajudar a empresa a se posicionar na disputa para o fornecimento do Sisfron, sistema de monitoramento das fronteiras brasileiras pelo Exército, e que consolidam a entrada da companhia no setor de controles e sistemas.

Uma das parcerias inclui a compra de 50 por cento do capital da Atech Negócios em Tecnologias por 36 milhões de reais, enquanto a segunda prevê a criação de uma joint-venture entre Embraer e AEL Sistemas, subsidiária no Brasil da israelense Elbit Systems, com controle acionário da Embraer para a venda de veículos aéreos não-tripulados.

No final de março, o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, havia antecipado em entrevista à Reuters que a empresa anunciaria "em semanas" uma aquisição na área de defesa.

No mesmo mês, a Embraer havia anunciado a aquisição de posição majoritária na divisão de radares da Orbisat, que já tem acordos em vigência com o Exército brasileiro, por 28,5 milhões de reais. A Orbisat desenvolveu, em parceria com o Exército, o radar SABER M60, que será a base do Sisfron.

De acordo com o presidente-executivo da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, as últimas movimentações da companhia têm "total relação" com o Sisfront. Além de parcerias e aquisições, a Embraer também deve buscar relacionamentos com fornecedores para satisfazer todos as exigências do programa, que inclui veículos blindados, afirmou Aguiar.

No caso da Atech, disse o executivo em entrevista coletiva na LAAD, principal feira de defesa da América Latina, a gestão da Atech permanecerá "totalmente independente" e a Embraer terá assento no Conselho de Administração da companhia com o objetivo de "discutir sinergias comerciais e, por que não, tecnológicas, para acelerarmos o crescimento da companhia."

Segundo Aguiar, o faturamento da Atech deve dobrar em 2011 após os 50 milhões de reais em vendas no ano passado. Para os próximos anos, o executivo disse esperar que a empresa registre crescimento de dois dígitos na receita.

VANT

Outro movimento anunciado pela Embraer também nesta terça-feira que deve ajudar a empresa na disputa pelo contrato do Sisfron, estimado em alguns bilhões de dólares, foi a parceria com a AEL Sistemas, subsidiária da israelense Elbit Systems, para a entrada no mercado de veículos aéreos não tripulados (Vant).

Segundo Aguiar, os Vants também farão parte da proposta que a Embraer deve apresentar para o Sisfron. O executivo disse esperar que o Exército brasileiro envie ainda em 2011 a requisição de propostas (RFP, na sigla em inglês) para o Sisfron.

O acordo com a AEL prevê a possibilidade, segundo Aguiar, bastante alta, de a Embraer adquirir participação acionária na AEL. Ele acrescentou, no entanto, que isso depende ainda de estudos que estão sendo realizados.

Aguiar afirmou que, no momento, o acordo com a AEL ainda não envolve "valores monetários" e avaliou ser "prematuro" falar em tamanho de mercados de Vants no Brasil.

O anúncio acontece depois que a AEL Sistemas obteve um contrato de 85 milhões de dólares da Embraer para atualização de 11 aeronaves F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Embraer anunciou também a assinatura de um memorando de cooperação com a empresa Santos Lab, focada na fabricação de mini veículos não-tripulados. De acordo com Aguiar, a Santos Lab é uma empresa ainda em fase de estruturação e, no momento, o acordo entre as duas empresas é apenas de cooperação técnica.

Os acordos da Embraer no segmento de defesa acontecem em um momento de consolidação dessa indústria no Brasil. A Odebrecht lançou no início de abril uma empresa no segmento após a compra da brasileira Mectron Engenharia, fabricante de mísseis e de produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial, como radares, sistemas de aviação e de comunicação, controle e comando.

Aguiar reconheceu que a Embraer Defesa e Segurança vem analisando oportunidades de aquisições e parcerias, mas adiantou que, por ora, não espera que a empresa vá novamente às compras.

"Estamos com uma pequena equipe de fusões e aquisições dentro da empresa, mas não espero que tenhamos algo no curto prazo a respeito disso," declarou.

Fonte: Reuters

CHINA INVESTIRÁ R$ 18,9 BILHÕES NO BRASIL NA PRODUÇÃO DE TELAS PARA iPAD

A presidente Dilma Rousseff anunciou na China um projeto de investimento na área de tecnologia da informação no Brasil pela Foxconn de US$ 12 bilhões (cerca de R$18,9 bilhões) em seis anos.

O investimento seria para a produção de telas usadas em equipamentos como celulares de terceira geração e iPads. A Foxconn é o maior fornecedor de produtos da Apple na China.

A presidente Dilma Rousseff
Se o investimento for concretizado, a fábrica será primeira do tipo do Hemisfério Ocidental.

Dando mais detalhes sobre o projeto, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, disse que o investimento vai gerar 100 mil empregos, entre eles para 20 mil engenheiros. Além disso, a Foxconn, que ainda não escolheu local para o investimento no Brasil, construiria uma " cidade do futuro" para 400 mil pessoas, onde seria instalada a fábrica.

"Precisa de fibra ótica, infraestrutura, banda larga. É algo extremamente sofisticado", disse Mercadante, listando parte do que o governo ainda precisaria fazer.

Investimento

O governo destacou agora uma comissão que vai se dedicar a negociar os detalhes com a gigante de alta tecnologia.

Ele destacou ainda que o acordo para o investimento inclui pontos fundamentais para o governo como transferência de tecnologia e sócio brasileiro (o que ainda não foi definido). Este sócio entraria com parte dos recursos, mas, segundo o ministro, a Foxconn está disposta a investir "pesado".

O volume de investimento prometido pela Foxconn, que seria distribuído ao longo de um período, equivale a quase o total de investimentos da China no Brasil em todo o ano de 2010, quando o país, segundo levantamento da entidade americana Heritage Foundation, que acompanha o destino final dos investimentos chineses, recebeu cerca de US$ 13 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) de investidores diretos vindos da China.

A maior parte desses investimentos, 85%, foram para áreas de recursos naturais, como petróleo e mineração. 

Comemoração

A promessa de investimento da Foxconn foi comemorada pelo governo como mais um êxito na tentativa de atrair para o Brasil investimentos para a geração de maior valor agregado.

A presidente citou ainda os investimentos, também no ramo da tecnologia da informação, da Huawei e da ZTE, entre US$ 300 milhões (R$ 473 milhões) e US$ 400 milhões (R$ 630 milhões) e também um investimento de US$ 300 milhões (R$ 473 milhões) na construção de uma planta de processamento de soja na Bahia.

A presidente comemorou também o documento assinado por ela e pelo presidente chinês, Hu Jintao, que assume o compromisso de tentar atender à principal demanda do Brasil nesta viagem: a diversificação da relação entre Brasil e China.

Em dois discursos, antes de se encontrar com Hu Jintao, Dilma Rousseff destacou a necessidade de se iniciar um novo capítulo na relação com a China com investimentos em áreas que agreguem valor à cadeia produtiva brasileira e mais abertura no mercado chinês a produtos brasileiros que não sejam apenas commodities.

Em um de seus discursos, no seminário empresarial do qual participou, a presidente chegou a dizer que nenhum país pode alcançar a prosperidade à custa de outros.

O comunicado conjunto, assinado pelos dois presidentes, faz várias referências - menos incisivas - à questão. 
"A parte chinesa manifestou disposição de incentivar suas empresas a ampliar a importação de produtos de maior valor agregado do Brasil", diz o documento.

Na área de investimentos, o memorando diz que os dois lados "comprometeram-se a ampliar e a diversificar investimentos recíprocos em particular na indústria de alta tecnologia, automotiva, nos setores de energia, mineração, logística, sob forma de parcerias entre empresas chinesas e brasileiras". Também falaram da importância de "estratégias comuns para agregar valor a produtos alimentares agrícolas".

Se na busca por mais equilíbrio na relação entre os dois países houve avanços, pelo menos nas promessas expressas pelo documento, em outros pontos importantes da relação bilateral, não houve novidades.

Questão pendente

O Brasil não reconheceu o status da China como economia de mercado, uma questão pendente, desde que o governo Lula prometeu o reconhecimento do status em 2004. Entre analistas chineses, havia expectativa de que, com uma solução para o caso da Embraer na China, o Brasil cedesse e pudesse mudar a posição de protelar o reconhecimento oficial.

Um acordo permitiu que a Embraer mantivesse sua fábrica em Harbin, na China, após conseguir licença do governo para produzir no país jatos executivos Legacy, que não competem com o objetivo do governo chinês de desenvolver seu próprio avião comercial de grande porte. O plano inicial da Embraer era produzir jatos comerciais de 100 lugares no país.

O documento dos dois governos, no entanto, diz que " a parte brasileira reafirmou o compromisso de tratar de forma expedita a questão do reconhecimento da China como economia de mercado".

Do lado chinês, não houve apoio explícito à candidatura do Brasil a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU em uma eventual reforma da organização.

A diplomacia brasileira, no entanto, interpretou como um bom sinal palavras presentes no texto como "A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, com maior país em desenvolvimento do Hemisfério Ocidental, tem desempenhando em assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente nas Nações Unidas".

A questão do direitos humanos mereceu uma menção curta no texto ao falar da possibilidade de um diálogo e intercâmbio de experiências. Segundo Dilma, o texto seguiu modelo semelhante ao do último memorando do Brasil com os Estados Unidos.

Respondendo a uma última pergunta na entrevista coletiva de imprensa sobre o assunto, a presidente disse que “todo país tem problema de direitos humanos. Nós temos problemas de direitos humanos”.

O documento prevê ainda a ida de uma missão empresarial chinesa ao Brasil no primeiro semestre de 2011 para, segundo o comunicado, promover a diversificação do comércio bilateral e investimento recíproco.

Dilma Rousseff e a delegação brasileira, que ficam na China até sábado, assinaram mais de 20 acordos de cooperação em diversas áreas.

Fonte: BBC Brasil

BRASIL E CHINA FECHAM IMPORTANTES ACORDOS COMERCIAIS

A presidenta Dilma conseguiu fechar uma série de acordos comerciais no primeiro dia de sua visita à China. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel disse que empresas chinesas fecharam acordos de investimentos para projetos no Brasil que chegam a 1 bilhão de dólares, além do acordo de compra de 35 jatos comerciais médios fabricados pela Embraer, anunciado mais cedo.

China e Brasil fecham acordos mas não falam sobre iuan (Reuters)
A presidenta disse que as relações de comércio bilateral precisam de um salto qualitativo para serem sustentáveis.

'As exportações brasileiras para a China ainda estão excessivamente concentradas em produtos como soja, minério de ferro, petróleo e celulose. Isso é bom, mas não é o bastante', disse Dilma em encerramento de seminário empresarial Brasil-China.

'São todos produtos importantes, cuja exportação queremos incrementar, agregando a eles valor. É necessário, no entanto, diversificá-los para que a expansão do comércio bilateral seja sustentável.'

SOBRE O IUAN

A presidenta Dilma Rousseff não fez reclamações sobre a questão do iuan durante reunião com o presidente da China, Hu Jintao, nesta terça-feira, mas saiu do encontro com um acesso maior ao mercado chinês e promessas de investimento que podem aliviar as tensões comerciais.

As manufatureiras brasileiras têm reclamado que a moeda chinesa está muito depreciada, prejudicando sua competitividade e dando às indústrias da China uma vantagem injusta.

Mas, apesar de ter sinalizado que poderia tocar no assunto, Dilma não discutiu a disputa cambial com Hu durante o encontro em Pequim, segundo Fernando Pimentel.

'Não, não foi (discutido)', disse Pimentel a jornalistas ao ser perguntado se a questão do iuan havia sido mencionada.

A ausência do assunto pode ser considerada uma vitória para a China, que tem resistido à pressão internacional para elevar o valor do iuan.

O comunicado conjunto de Dilma e Hu também não mencionou a questão da moeda, e fez pouco progresso em obter apoio da China a um assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

Sobre esse tema, a China disse apenas apoiar 'as aspirações (do Brasil) por um papel mais proeminente nas Nações Unidas'.

RELACIONAMENTO DESEQUILIBRADO

A visita de cinco dias de Dilma à China, iniciada na terça-feira, tem o objetivo de garantir mais concessões no que muitos brasileiros consideram uma relação desequilibrada de comércio e investimento entre as maiores economias da América Latina e da Ásia.

O Brasil deseja, particularmente, ganhar mais investimento e acesso ao mercado chinês para produtos com valor agregado. No ano passado, 83 por cento das exportações brasileiras à China foram de produtos básicos, enquanto 98 por cento das importações foram de produtos manufaturados.

Uma das conquistas de Dilma foi um pedido de empresas aéreas chinesas, incluindo a China Southern, por jatos Embraer, cujo valor unitário é de cerca de 40 milhões de dólares, disse o CEO da fabricante brasileira, Frederico Curado, durante evento em Pequim.

Separadamente, a joint venture da Embraer na China, a Harbin Aircraft Ltd, obteve uma permissão de autoridades chinesas para montar o jato comercial da empresa, o Legacy 600.

Outros acordos anunciados durante a visita de Dilma incluem centros de pesquisa e desenvolvimento em Goiás e São Paulo, cada um no valor de 300 milhões de dólares.

O frigorífico Marfrig investirá 250 milhões de dólares em seis centros de distribuição na China.

A Petrobrás fechou acordos de transferência de tecnologia com a Sinopec e a Sinochem para desenvolver as reservas de petróleo do pré-sal e aumentar a produção em reservas maduras, respectivamente.

Dilma deve se reunir com outras autoridades chinesas na quarta-feira antes de participar de reunião de cúpula do Brics, grupo que reúne também Rússia e Índia, além do novo membro África do Sul.

Fonte: Estadão

PMs HERÓIS SÃO PROMOVIDOS

Os policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária que atuaram no massacre da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio, foram promovidos nesta terça-feira, 12. Os três agentes foram reconhecidos pelo apoio que deram aos alunos que estavam sendo atacados pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira. Ao todo, 12 crianças morreram e outras 12 ficaram feridas no atentado. Na solenidade de assinatura das Promoções por Ato de Bravura dos Policiais, nesta manhã, o cabo Denilson Francisco de Paula será promovido a terceiro-sargento, o cabo Ednei Feliciano da Silva será promovido a terceiro-sargento e o terceiro-sargento Márcio Alexandre Alves será promovido a segundo-sargento.

PMs que atuaram durante massacre em escola de Realengo são promovidos
O evento contou com a presença do presidente da República em exercício, Michel Temer, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, o secretário de Estado de Segurança José Mariano Beltrame e o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Mário Sergio de Brito Duarte.

Edinei Feliciano da Silva já está na polícia há 12 anos - os últimos três anos e meio como cabo. Já Denilson Francisco de Paula, que era cabo há apenas um ano, já está na Polícia Militar há nove anos.

O sargento Alves lembrou as 12 crianças mortas e as que ficaram feridas no tiroteio. 'Eu preferia que as crianças estivessem vivas e eu não estivesse recebendo essa homenagem. Vou continuar meu trabalho nas ruas, que já venho fazendo há 18 anos. Vou continuar me dedicando 100% a essa profissão', disse.

Em discurso durante a cerimônia, Duarte, disse que os policiais demonstraram coragem, profissionalismo e serenidade durante a ação em Realengo. O comandante citou o livro sagrado do islamismo, o Corão, como uma forma de afastar as ilações de que Wellington de Oliveira tenha cometido os assassinatos supostamente depois de se tornar muçulmano. Segundo o coronel, o Corão traz mensagens de tolerância e de amor às crianças.

Wellington foi alvejado pelo policial e, em seguida, cometeu suicídio. A ação dos policiais evitou que a tragédia tivesse maiores proporções.

Fonte: Estadão

QUASE 1 TONELADA DE MACONHA É APREENDIDA PRÓXIMO À FEIRA DE SANTANA

Quase uma tonelada de maconha prensada foi apreendida na última sexta-feira, 8, na Rodovia BR-116/Sul, próximo à Feira de Santana, na Bahia. A droga estava em um caminhão de São Paulo, em meio a um carregamento de mangueiras industriais.

PF/Divulgação
Humberto Leandro Penachioni, de 35 anos, foi preso em flagrante quando transportava o entorpecente no veículo. Foram encontrados 1.040 tabletes de maconha que totalizaram na pesagem preliminar 898,80 Kg.

Segundo a Polícia Federal (PF), a droga teria vindo do Paraguai e Humberto a recebeu na capital paulista. Este traria o entorpecente para ser distribuído em pontos de drogas de Feira de Santana e Salvador.

Fonte: Estadão

FALTA DE KRILL DIMINUI POPULAÇÃO DE PINGUINS NA ANTÁRTIDA

Duas das mais conhecidas espécies de pinguim da Antártida - o de barbicha e o de Adélia - estão sob pressão por causa dos efeitos do aquecimento na região, que reduziu os cardumes de krill, um crustáceo que é o seu principal alimento.

Arquivo AE
Menos pinguins jovens estão sobrevivendo à fase que cientistas chamam de "transição para a independência" devido à escassez de krill, um pequeno animal parecido com o camarão, segundo um estudo publicado na segunda-feira na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

O estudo concluiu que apenas 10% dos jovens pinguins sobrevivem à primeira viagem voltando do habitat onde passam o inverno para suas colônias de origem.

Quando o estudo começou a ser feito, em meados da década de 1970, um pinguim de 2 a 4 anos de idade tinha cerca de 50% de chance de sobreviver à jornada, disse por telefone Wayne Trivelpiece, principal autor da pesquisa, ligado à Divisão de Pesquisas do Ecossistema da Antártida, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.

Os pinguins jovens "não são mais capazes de fazer nada parecido com o que conseguiam antes, e achamos que isso está diretamente relacionado ao fato de que há 80% menos krill por lá atualmente", afirmou.

Inicialmente, os cientistas imaginaram que pelo menos uma das espécies afetadas poderia se beneficiar da mudança climática, já que os pinguins de Adélia adoram o gelo, enquanto os de barbicha o evitam.

Mas a nova pesquisa sugere que a sobrevivência dos pinguins está menos associada à degradação do seu habitat, que também está em curso, e mais à degradação do habitat do krill.

O krill forma a base da teia alimentar marinha, permitindo a sobrevivência de inúmeras espécies de peixes, pinguins e até baleias. Esse crustáceo se alimenta de fitoplâncton, algas geladas, basicamente, que se proliferam nas laterais de blocos de gelo.

Os camarõezinhos são especialmente adaptados para se alimentarem de pequenas plantas entre os cristais de gelo. Nas últimas décadas, porém, o gelo tem se formado mais tardiamente a cada ano, abrange uma área menor, e derrete mais cedo. Sem gelo, o krill tem problemas para se alimentar, e sua população diminui.

A pesquisa de Trivelpiece focou uma área que registra um dos maiores aquecimentos em todo o mundo: a Península Antártida e as ilhas vizinhas.

A temperatura mediana no inverno nessa área subiu quase 6 graus Celsius desde meados do século 20, enquanto a elevação média mundial foi inferior a 1 grau Celsius.

O estudo foi parcialmente financiado pelo Programa Oceânico Lenfest, que apoia pesquisas no ambiente marinho global. 

Fonte: Estadão

ACOMPANHE A SUA DECLARAÇÃO 2011

A Receita Federal antecipou o processamento das declarações, anteriormente anunciado para maio, segundo informações do supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir. Na prática, significa que o contribuinte que já enviou a declaração pode, por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Cidadão (e-CAC), verificar se a declaração têm pendências ou está correta. O e-CAC foi criado para permitir ao cidadão fazer a autorregulamentação fiscal. É preciso fazer um cadastro para receber uma senha.

De acordo com a Receita Federal, até as 9h40 desta terça-feira, 7,950 milhões de declarações haviam sido entregues - 33,25% do total estimado (24 milhões). Este ano as declarações só podem ser preenchidas por meio de aplicativo próprio disponível no site da Receita Federal na internet.

O programa gerador da declaração pode ser instalado em praticamente todos os computadores. Depois de preenchida, a declaração deve ser enviada à Receita por meio da internet através de outro aplicativo, conhecido como Receitanet, ou entregue em disquete nas agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

O contribuinte que não fez a declaração precisa ficar atento ao prazo, que termina às 23h59 do dia 29 de abril. O horário é sempre o de Brasília. Para quem pretende entregar a declaração em disquete no Banco do Brasil (BB) ou na Caixa Econômica Federal, será respeitado o horário de fechamento de cada agência bancária.

Para saber se está obrigado a declarar, a dica para o contribuinte é responder ao questionário criado pela Receita Federal. Um tutorial também está disponível no site com orientações sobre todas as etapas, desde o download do programa gerador até a restituição do imposto ou eventuais pendências e regularizações.

O primeiro lote regular de restituições, dos sete previstos, será liberado no dia 15 de junho e o último, no dia 15 de dezembro.

Fonte: Terra

GANSO NO CORINTHIANS?

O meia Paulo Henrique Ganso, que segundo o diário Lance acertou sua transferência do Santos para o Corinthians, deixou o CT Rei Pelé nesta terça-feira escoltado por seguranças e em silêncio. O camisa 10 não falou com a imprensa e ainda atrasou o embarque do elenco santista - previsto para as 9h (horário de Brasília) - para o aeroporto de Cumbica, de onde irá seguir para Assunção, no Paraguai.

Se Neymar sonha com o Barcelona, Paulo Henrique Ganso declarou que pensa em jogar no futebol italiano. Foto: Santos F.C./Ricardo Saibun/Divulgação

Os atletas começaram a deixar o local por volta das 8h50 e pararam para conversar com os jornalistas, presentes em grande número para ouvir a posição de Ganso sobre a informação. Paulo Henrique, por sua vez, foi o último a sair do CT e entrou no ônibus apenas por volta das 9h30, 30 minutos após o horário previsto inicialmente.

O clube alega que atrasou a saída do elenco para as 9h30, mas todos os jogadores e membros da comissão técnica já estavam no ônibus quando Ganso entrou no veículo. O atleta foi escoltado por seguranças, que empurraram os fãs e profissionais de imprensa que aguardavam a saída do camisa 10.

"Sempre saem esses boatos, está tendo muito disso, muitas especulações. Não dá para confiar em tudo sobre o Ganso", disse o lateral esquerdo Léo, o único que falou sobre o assunto.

Na quinta-feira, o Santos joga contra o Cerro Porteño para decidir seu futuro na Copa Libertadores. Qualquer tropeço da equipe alvinegra praticamente elimina suas chances de classificação. Segundo o Lance, Ganso já acertou com o Corinthians para quando o clube santista for eliminado do torneio continental

Fonte: Terra

OLLANTA HUMALA SAI NA FRENTE NO PRIMEIRO TURNO NO PERU

Ollanta Humala, candidato nacionalista de esquerda, venceu o primeiro turno das eleições presidenciais no Peru no domingo e a parlamentar de direita Keiko Fujimori ficou em segundo lugar com pequena vantagem sobre o terceiro colocado, mostraram três pesquisas de boca-de-urna após o fim do pleito. A sondagem Datumdeu a Humala 33,8% dos votos, seguido de Fujimori com 21,3%.

Humala deverá concorrer em segundo turno com a representante da direita
O ex-primeiro-ministro Pedro Pablo Kuczynski teve 19,5% e o ex-presidente Alejandro Toledo, 15,2%. Pesquisa do instituto Ipsos mostrou Humala com 31,6%, Fujimori com 21,4%, Kuczynski com 19,2% e Toledo, 16,1%. Sondagem CPI deu Humala com 33%, Fujimori com 22% e Kuczynski em terceiro com 19%.

Se nenhum candidato obtiver 50% dos votos, os dois líderes disputarão o segundo turno em 5 de junho.

Maioria no Parlamento

A coalizão Ganha Peru, do candidato à Presidência que segue na liderança das urnas apuradas no Peru, Ollanta Humala, deverá conquistar a maioria no Congresso peruano com 396.441 votos, segundo um boletim oficial parcial, com 11% dos votos contabilizados. O resultado contraria as pesquisas de opinião. Em segundo lugar está a coalizão Força 2011, com 333.585 votos. Sua candidata à Presidência, Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), assim como a bancada, segue na segunda posição.

Segundo uma pesquisa divulgada na última semana de março, o partido de direita – liderado pelo ex-presidente atualmente preso – deveria obter a maioria no Congresso, com 130 parlamentares. De acordo com a Companhia Peruana de Pesquisa de Mercado (CPI), eles teriam 12,8% de representação no Legislativo, seguido de Peru Possível, com 11,55 % eGanha Peru, com 10,4%. A aliança Peru Possível, do candidato Alejandro Toledo, ex-presidente de 2001 a 2006, está no terceiro lugar, com 231.583 votos.

Colômbia isolada

Para a professora de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Miriam Gomes Saraiva, uma possível vitória do candidato da coalizão Ganha Peru favoreceria uma aproximação com os governos da Bolívia e da Venezuela.

– Provalmente, se o Humala vencer, ele vai buscar aproximação com os países que compõem a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba): Venezuela, Equador e Bolívia, e outros da América Central, e vai isolar a Colômbia – argumenta a especialista, apontando as prováveis mudanças na política exterior peruana.

Isso porque o atual governo peruano, do presidente Alan García, adotou o sentido contrário e tornou-se aliado dos Estados Unidos, tendo até firmado um Tratado de Livre Comércio (TLC), o que levou a Venezuela a anunciar seu desligamento do bloco econômico Comunidade Andina (CAN) em 2006.

– A Venezuela saiu da Comunidade Andina não apenas por causa do Peru, mas também da Colômbia, pois buscaram Tratados de Livre Comércio com os Estados Unidos – destaca Saraiva.

A professora, no entanto, afirma que, caso o pleito tenha o candidato e ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), da coligação Peru Possível, como vencedor, “talvez haja uma sequência no quem vem acontecendo” na gestão de García.

Influência do Brasil

A eleição presidencial no Peru tende a determinar o futuro do processo de integração na América do Sul, também de acordo com especialistas consultados pela agência italiana de notícias Ansa. Sobre os diálogos entre Brasil e Peru, Saraiva acredita que continuará igual, independente do resultado das eleições, pois “o governo brasileiro tem boas relações com governos como Evo Morales e Chávez”.

Para o secretário-geral da embaixada do Brasil no Peru, César Augusto Bonamigo, o diálogo bilateral é “da melhor qualidade”. Segundo ele, isso é decorrente, entre outras coisas, do processo de integração na América do Sul, que se desenvolveu e avançou nos últimos anos, principalmente com a atuação do Mercosul e da Unasul.

– O diálogo é muito fluído. Eu arrisco a dizer que não tem como melhorar – comenta Bonamigo, destacando que os últimos oito anos, referentes ao mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi o período mais intenso na consolidação das relações.

Para ele, como a presidente Dilma Rousseff é vista como a continuidade de Lula, não devem surgir, por parte do governo brasileiro, novos desafios em relação à integração física e econômica com o Brasil.

Fonte: Correio do Brasil

ALASSANE OUATTARA AFIRMA QUE GBAGBO RESPONDERÁ NA JUSTIÇA

O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, disse nesta segunda-feira que determinou ao ministro da Justiça a abertura de processos contra o antecessor, Laurent Gbagbo - que foi capturado horas antes na maior cidade do país, Abidjan -, além de sua mulher e aliados.

Alassane Ouattara
Gbagbo se entregou após uma investida militar na residência presidencial na cidade. Ele vinha se negando a entregar o poder a Ouattara por não aceitar o resultado da eleição presidencial de novembro, e essa recusa gerou uma grave crise no país, com confrontos entre simpatizantes de Ouattara e Gbagbo.

Em um pronunciamento na TV do país, Ouattara afirmou que Gbagbo, sua mulher e seus "colaboradores" serão investigados por autoridades judiciais marfinenses, mas que todas as medidas serão adotadas para garantir a integridade física de Gbagbo.

Ele anunciou também que uma comissão de verdade e reconciliação será formada para documentar os crimes e violações contra os direitos humanos que ocorreram nos últimos meses.

Ouattara disse que o país acabara de virar uma página dolorida de sua história, mas que agora entrava em uma nova era e fez apelo para que os marfinenses "evitem represálias e violência".

Obama e Ban Ki-moon

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a prisão de Gbagbo colocou fim a meses de conflito desnecessário e reiterou o apoio da organização ao novo governo.

Por sua vez, o presidente americano, Barack Obama, deu "as boas-vinda aos acontecimentos decisivos na Costa do Marfim, na medida em que o pleito ilegítimo do presidente Laurent Gbagbo pelo poder finalmente chegou ao fim".

"Hoje, o povo da Costa do Marfim tem a chance de começar a recuperar seu país, solidificar sua democracia e reconstruir uma vibrante economia", disse Obama.

Horas antes, uma mensagem de Gbagbo, pedindo o fim dos confrontos no país, foi veiculada em um canal de TV marfinense leal a Ouattara, depois de Gbagbo ter sido colocado sob a custódia de soldados da ONU.

Na mensagem, Gbagbo disse que espera que os conflitos possam parar e que se possa “passar para a parte civilizada da crise, e que ela chegue ao fim rapidamente para que o país possa voltar ao normal".

Captura

No início da manhã, forças leais a Ouattara e tanques franceses avançaram para ofensiva na residência presidencial, onde Gbagbo estava escondido em um bunker subterrâneo.

Um de seus conselheiros disse que a prisão foi feita por forças especiais francesas, mas o porta-voz da missão da ONU na Costa do Marfim, Amadoune Touré, disse que foram os homens de Ouattara que capturaram Gbagbo e sua esposa, Simone.

O chefe da missão de paz da ONU na Costa do Marfim, Alain Le Roy, disse que Laurent Gbagbo e sua família estão sob a guarda dos soldados da ONU no hotel Golf, onde fica a sede de operações de Alassane Ouattara.

A rendição do líder marfinense acontece após um dia de conflitos entre as forças leais a ele e os partidários de Ouattara na região da residência presidencial em Abidjan, que também era alvo de tanques franceses e helicópteros.

De acordo com o porta-voz de Gbagbo na Costa do Marfim, Ahoua Don Mello, o líder finalmente "saiu de seu bunker e se rendeu aos franceses sem oferecer resistência".

Um conselheiro especial de Gbagbo, Bernard Houdin, disse à TV francesa que seu líder jamais teria sido capturado sem a ajuda da França.

Mas diplomatas franceses negaram que suas forças tenham capturado o ex-presidente, insistindo que ele se rendeu às forças de Ouattara.

Centenas de pessoas se reuniram no centro de Bouake, a segunda maior cidade do país, para celebrar a queda de Laurent Gbagbo, segundo o correspondente da BBC John James.

De acordo com James, jovens buzinavam e mulheres dançavam e cantavam em uma alameda central.

Fonte: BBC Brasil

BRASIL ENDURECE RELAÇÕES COM A CHINA

Apesar das vendas recordes de produtos brasileiros para a China e das declarações em que enaltece sua “parceria estratégica” com o país asiático, o governo brasileiro tem nos últimos anos se posicionado de forma mais crítica em relação a políticas chinesas, afirmam analistas.

A nova postura, expressa em críticas recentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à desvalorização do yuan (a moeda da China) e à atuação de empresas chinesas no exterior, reflete a insatisfação do governo com desequilíbrios no comércio com Pequim e a busca por firmar-se como um concorrente dos chineses em mercados estrangeiros.

Alexandre Ratsuo Uehara, doutor em ciências políticas e coordenador do curso de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco, diz que o governo começou a mudar o tom na relação com a China no segundo mandato de Lula.

Segundo ele, a mudança ocorreu porque o Brasil passou a se sentir prejudicado nas transações comerciais, já que a importação de produtos industrializados chineses cresceu mas o país continuou a vender sobretudo commodities para a China.

Ele também atribui a nova atitude à recusa chinesa em apoiar o pleito brasileiro por uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e a decisões políticas que desagradaram o Brasil – entre elas, a suspensão de importações de soja brasileira em 2004, ordenada dias antes de uma visita do presidente Lula a Pequim. À época, a China disse que a suspensão se deveu à contaminação do produto por fungicidas.

“Percebemos que o Brasil amadureceu um pouco na relação e vem a colocando num patamar mais consciente”, diz Uehara, para quem a postura atual contrasta com a “euforia” no início do governo Lula.

Economia de mercado

O professor afirma ainda que o Planalto se decepcionou com a não realização de promessas de investimento no Brasil feitas pela China e cita como último indicador da nova posição a declaração do ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, de que a concessão do status de economia de mercado à China não seria discutido na viagem da presidente Dilma Rousseff ao país, neste mês.

Antiga demanda de Pequim, o reconhecimento dificultaria a imposição, pelo Brasil, de medidas antidumping contra produtos chineses – previstas quando os bens importados são vendidos a preço abaixo do custo ou do preço no mercado de origem.

Nos últimos meses, porém, segundo jornais brasileiros, Dilma indicou que pretende agilizar a concessão de medidas antidumping, conceder salvaguardas a setores sob risco e impor barreiras técnicas à entrada de produtos chineses.

Para Sérgio Amaral, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, “até algum tempo, havia receio de ministérios e do Itamaraty de que essas medidas pudessem ferir susceptibilidades e deteriorar relações com os chineses, mas isso já não se justifica”.

Amaral, que é diplomata e foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no governo FHC, diz que é “natural e necessário que governo se posicione diante dessas questões e inicie processo de negociação” que leve em conta as restrições impostas pelos chineses à importação de bens industrializados brasileiros.

Segundo ele, ainda que a China tenha um poder de barganha maior na negociação, o Brasil deve se valer de sua importância para o setor siderúrgico chinês – dado que é seu maior vendedor de minério de ferro – e de sua abundância de alimentos, setor em que os chineses não são autossuficientes.

"Encapsular divergências"

Já para Luís Antonio Paulino, professor de relações internacionais da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e diretor do Insituto Confúcio (órgão presente em vários países e ligado ao governo chinês que visa divulgar a cultura e a língua do país), o governo brasileiro deve agir para “encapsular divergências” que possam surgir a partir de disputas comerciais entre as nações.

“Quanto mais se intensifica a relação, mais há possibilidade de abrir contenciosos. Mas eles não podem contaminar as relações entre os governos, que devem tratar de interesses maiores”, diz.

Paulino afirma ainda que, embora possa haver “pequenos ajustes em relação a questões específicas”, a relação entre os dois países deve evoluir.

“Nas relações entre nações, não existe amizade, existem interesses. E há interesses de ambos os lados que justificam uma maior aproximação”, diz, citando a importância das commodities brasileiras para a China e o desejo brasileiro de receber investimentos chineses.

Competição

Ainda que interesses brasileiros e chineses ensejem uma evolução no comércio bilateral, os dois países tendem a se posicionar em campos opostos na disputa por outros mercados.

No ano passado, durante visita à Tanzânia, Lula criticou práticas de empresas chinesas na África.

“Nada contra os meus amigos chineses. (...) Mas a verdade é que, às vezes, eles ganham uma mina e trazem todos os chineses para trabalhar naquela mina. E ficam sem gerar oportunidade de trabalho para os trabalhadores do país”, disse ele.

Segundo Alexandre Ratsuo Uehara, a fala do ex-presidente indica “mais do que uma ambição de competir com a China, mas uma necessidade”.

Ele diz que o Brasil está perdendo mercados estrangeiros para a China tanto em produtos como em serviços (como o de empreiteiras ou mineradoras) e que tem sua hegemonia econômica ameaçada na própria vizinhança.

“Com os crescentes investimentos chineses em países latino-americanos, o Brasil deve perder ainda mais espaço”, afirma.

Fonte: BBC Brasil

EM VIAGEM A CHINA DILMA DEFENDE CRESCIMENTO COM EQUILÍBRIO

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira que o crescimento e a estabilidade da economia mundial "dependem de uma relação equilibrada entre as partes" e afirmou que nenhum país pode assegurar sua "prosperidade" às custas de outros.

"No mundo interdependente de nossos dias, nenhum país pode aspirar ao isolamento nem assegurar sua prosperidade a expensas de outros" afirmou a presidente, segundo divulgou o Blog do Planalto.

"A estabilidade e o crescimento da economia mundial dependem de um relacionamento equilibrado entre as partes", afirmou Dilma, no encerramento de seminário empresarial Brasil-China, em Pequim. A presidente disse ainda que a visita à China inaugura um novo capítulo no relacionamento bilateral.

Mais cedo, Dilma destacou uma nova etapa nas relações com a China, citando um "salto de qualidade num modelo de cooperação que tivemos até agora". Ela defendeu parcerias não só comerciais, mas também em pesquisa, tecnologia e desenvolvimento de produtos com tecnologia binacional.

"É certo que o Brasil é um dos grandes países produtores de alimentos no mundo. É certo também que não contamos só com os recursos naturais", disse durante abertura de evento sobre ciência e tecnologia.

Segundo o governo brasileiro, os acordos acertados durante a viagem chegam a 1 bilhão de dólares, que incluem investimento de 300 milhões de dólares em Barreiras, na Bahia, destinado a uma fábrica de processamento de soja, e outros 300 milhões de dólares em uma planta de produção de equipamentos de informação, em Goiás.

A presidente viajou à China com uma comitiva de ministros e empresários com o objetivo de reforçar os laços comerciais e equilíbrio nas relações e parcerias entre os dois países.

A China é o maior mercado para as exportações brasileiras, apesar dos empresários reclamarem da predominância na venda de produtos básicos, como commodities - cerca de 80 por cento do total exportado em 2010.

Dilma estará na China até o dia 15. Na quinta-feira, participa de reunião de cúpula do Brics, grupo que reúne também Rússia e Índia, além do novo membro África do Sul.

Fonte: Reuters

NOVAS E MODERNAS CENTRÍFUGAS SERÃO INSTALADAS NA USINA NUCLEAR DE QOM

Irã planeja instalar centrífugas de última geração na polêmica usina nuclear que o país constrói próxima à cidade santa de Qom, e que foi descoberta em 2009 pelos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira o diretor do Organismo iraniano da Energia Atômica, Fereydun Absi.

Segundo o responsável, a usina de Fordo é uma das "quatro ou cinco" instalações atômicas que seu país tem em projeto para prosseguir com seu plano de enriquecimento de urânio a 20%.

"Fordo está preparada para ser equipada com centrifugas. Estas máquinas ainda estão em construção e antes da instalação, informaremos a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)", explicou Absi, citado nesta terça-feira pela agência local de notícias "Isna".

A construção da usina de Fordo foi anunciada no dia 25 de setembro do ano 2009 da denúncia do presidente americano, Barack Obama, que a pôs como exemplo da falta de transparência que a comunidade internacional recrimina no regime iraniano.

Irã se defendeu então alegando que não tinha cometido ilegalidade alguma já que informou à AIEA quatro dias antes da acusação do líder americano, apesar de ter iniciado sua construção muitos meses antes.

O então diretor da AIEA, Mohamad ElBaredai, rebateu a tese iraniana poucos dias depois durante sua última viagem oficial a Teerã e pediu ao regime dos aiatolás transparência e colaboração.

Nas declarações publicadas nesta terça-feira pela "Isna" e outras imprensas estaduais, Absi assinalou também que o Irã mantém a produção de urânio a 20%, apesar das sanções internacionais.

"A produção de combustível e o enriquecimento a 20% continua e não se deterá. Atualmente, trabalhamos para cobrir nossas necessidades", afirmou o responsável, que assegurou que o processo se realiza "sob supervisão da AIEA".

"Durante um tempo determinado, estamos gerando o combustível para o reator de Teerã. Outros períodos e outras medidas estão em processo", acrescentou.
A nova declaração ocorre um dia depois que o próprio Absi assinalasse que seu país tem planos para construir vários reatores a mais.

"Nos próximos anos produziremos 4 ou 5 reatores com uma capacidade de entre 10 e 20 megawatts em diferentes províncias do país para produzir medicamentos e pesquisas. Para alimentar estes reatores necessitamos continuar com a produção de urânio enriquecido a 20%", argumentou.

Grande parte da comunidade internacional, liderados pelos Estados Unidos, Israel e as potências europeias, acusam o Irã de ocultar, sob seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e aplicações bélicas cujo objetivo seria adquirir armas atômicas, alegação que Teerã refuta.

A queda-de-braço se inflamou em fevereiro do ano passado depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciasse que seu país tinha começado a enriquecer urânio acima de 20% .

Meses antes, o regime iraniano tinha evitado uma proposta da Rússia, Estados Unidos e o Reino Unido para enviar seu urânio a 3% ao exterior e recuperá-lo tempo depois enriquecido a 20% e nas condições que diz necessitá-lo para manter ativo seu programa nuclear civil.

Perante esta situação, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma nova rodada de sanções internacionais contra o Irã.

No dia 10 de abril, Absi assegurou que cientistas iranianos foram capazes de construir e provar com sucesso centrífugas de urânio de "segunda e terceira geração".

As revelações de Absi foram publicadas poucos dias depois que a oposição iraniana no exílio denunciasse a existência de uma fábrica "clandestina" de componentes para a centrífugas próxima da cidade iraniana de Karaj, ao oeste de Teerã.

No sábado, o ministro de Relações Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, confirmou a existência da fábrica, mas ressaltou que não é "uma instalação secreta".

Fonte: EFE

LULA ESTREIA EM PALESTRAS INTERNACIONAIS

Na estreia como palestrante internacional, o ex-presidenteLula recebeu tratamento de chefe de Estado, com hospedagem na casa do embaixador brasileiro em Washington e forte esquema de segurança. Lula tomou o cuidado de ler um discurso previamente redigido, mas num momento de improviso disse que no passado os brasileiros eram confundidos com traficantes nas viagens ao exterior.

"Quinze anos atrás, qualquer brasileiro tinha vergonha de mostrar o passaporte porque nos aeroportos do mundo inteiro as pessoas achavam que era traficante de drogas", disse a cerca de 200 pessoas num evento patrocinado pela Microsoft. "Hoje não temos vergonha, acabamos com nosso complexo de vira-lata."

Depois do evento, falando com a imprensa, disse que o ex-presidente da Vale Roger Agnelli não é insubstituível.

Lula chegou ao evento, promovido num hotel a poucas quadras da Casa Branca, acompanhado do embaixador em Washington, Mauro Vieira, e o governador do Rio, Sérgio Cabral. Ele posou para algumas fotos na recepção do hotel e abraçou uma brasileira que se emocionou ao encontrá-lo calçada.

Lendo um texto de nove páginas, Lula relembrou que, filho de analfabetos, foi o primeiro de uma família de oito irmãos a completar o ensino técnico. Ele passou em revista a política de educação do seu governo e fechou o discurso com lições que diz ter aprendido no poder. "Governante que não sonha não transmite esperança", disse. "Governar é sobretudo uma relação de sentimento do governante com os governados."

Ao responder perguntas da plateia, manteve a cautela em assuntos internacionais, Lula alfinetou os países desenvolvidos. "O Banco Mundial e o FMI sabiam a solução para a América Latina, mas quando acontece na Europa eles não sabem."

Seguranças americanos tentaram evitar a aproximação de jornalistas, mas Lula aceitou responder a três perguntas. "Ninguém é imprescindível nem substituível, e tive a oportunidade de dizer isso ao amigo Roger há uns 10 dias atrás", afirmou, sobre a troca de comando na Vale. "A alternância de poder vale na política e na vida empresarial."

Lula disse que, como presidente, teve divergências com Agnelli porque exigiu mais investimentos no Brasil, e afirmou não estar preocupado com a reação negativa do mercado. "Eu não pedi ao mercado para ser eleito", disse. "Tem título de eleitor, o mercado?"

Fonte: osamigosdapresidentedilma