terça-feira, 13 de março de 2012

CIGARROS AROMATIZADOS E COM SABOR ESTÃO PROIBIDOS NO BRASIL

Depois de mais de três horas de debate, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baniu os cigarros aromatizados e com sabor no país. Em reunião hoje (13), os quatro diretores da agência reguladora decidiram proibir a adição de substâncias que dão sabor e aroma aos cigarros e a outros produtos derivados do tabaco, como os mentolados e os de sabor cravo, chocolate e morango.

A medida vale para os produtos nacionais e importados. Estão isentos os destinados à exportação. Os cigarros com sabor vão sair das prateleiras somente daqui um ano e meio.

No caso do açúcar, a Anvisa cedeu aos apelos da indústria do fumo e manteve a adição, porém limitada à reposição do açúcar perdido na secagem da folha de tabaco. Segundo os fabricantes, o tipo de fumo mais usado no país perde açúcar no processo de produção e, por isso, é necessária a reposição. O açúcar foi motivo de impasse entre os diretores na reunião passada, em fevereiro, o que acabou adiando a decisão para hoje (13).

A indústria nacional e as importadoras terão um ano para adaptar o processo de fabricação do cigarro e seis meses para retirar de circulação os aromatizados. Para outros produtos, como charuto e cigarrilha, o prazo foi ampliado. São 18 meses de adequação e seis meses para recolhimento do mercado.

Fica permitido o uso de algumas substâncias nos derivados do tabaco: açúcar, adesivo, aglutinante, agentes de combustão, pigmento ou corante (usado para branquear papel ou na impressão do logotipo da marca), glicerol e propilenoglicol e sorbato de potássio. A proposta aprovada prevê ainda que novos ingredientes precisam passar pelo aval da agência reguladora para serem usados no futuro.

O relator da proposta, diretor Agenor Álvares, considerou a decisão positiva e disse que ela servirá para tornar o fumo menos atrativo aos adolescentes e crianças. “A nossa ideia é diminuir o número de novos fumantes”.

O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), Carlos Galant, disse que o setor ainda vai avaliar o impacto financeiro da decisão. Ele argumenta que a retirada dos aromatizados pode estimular o contrabando. Além do açúcar, o setor queria também a permanência dos cigarros mentolados e dos que têm sabor de cravo, que foram banidos pela Anvisa. Os cigarros de mentol representam apenas 3% das vendas, conforme dados divulgados pelos fabricantes na semana passada.

Antes de tomar a decisão, os diretores da Anvisa ouviram opiniões favoráveis e contrárias ao banimento dos aromatizados. A pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Vera da Costa, disse que um estudo recente mostra que a maioria dos adolescentes de 13 a 15 anos procura pelos cigarros com sabor para experimentar o tabaco. “Colocar menta, morango, chocolate aumenta a aceitação desse produto e promove a experimentação. É preciso que a Anvisa mostre o que uma agência reguladora dentro do Brasil faz com os produtos do tabaco”, disse.

Já Carlos Galant, representante da indústria tabagista, defendeu a permanência do mentol e do cravo no Brasil, justificando que um estudo norte-americano mostra que o mentolado não eleva o risco à saúde. O número de fumantes, segundo Galant, não caiu nos países que já retiraram esses aditivos. “Os cigarros mentolados já se encontram presentes no mercado brasileiro há décadas. O risco de câncer de pulmão devido ao cigarro mentolado é 41% menor.”

A versão original da proposta da Anvisa, em discussão desde 2010, era proibir a adição de açúcar e outros ingredientes que mascaram o gosto amargo do tabaco, como mentol, chocolate e baunilha.

Fonte: Agência Brasil

EMPREGADORES BRASILEIROS SÓ PERDEM PARA OS INDIANOS EM OTIMISMO

Cerca de 45% dos empregadores brasileiros esperam realizar mais contratações no segundo trimestre de 2012, segundo pesquisa da consultoria Manpower. Os resultados só são menos otimistas que os registrados na Índia.

Os setores de serviços e de administração pública devem puxar a alta dos empregos no Brasil no segundo trimestre deste ano, segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira pela consultoria internacional de recursos humanos.

Apenas 6% dos empregadores brasileiros esperam uma queda no ritmo de contratações. Segundo a Manpower, o otimismo no Brasil é o maior entre os dez países pesquisados nas Américas e o segundo maior entre os 41 países pesquisados no mundo, atrás apenas da Índia.

A pesquisa ouviu 65 mil empresas em 41 países e territórios. No Brasil, foram ouvidos 850 empregadores.

Brasil

O levantamento indicou uma expectativa líquida de contratações (ELC, ou expectativas positivas menos negativas) de 55% no setor de serviços entre os empregadores brasileiros ouvidos - um crescimento de dez pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre do ano.

No setor de administração pública e educação, a expectativa líquida de contratações é de 46% para o segundo trimestre (aumento de 16 pontos sobre o trimestre anterior).

A ELC no setor da construção também é mais otimista do que no começo do ano (40% para o segundo trimestre de 2012, contra 36% no primeiro).

Entre os oito setores pesquisados, o que mostrou a menor ELC é o de transporte e serviços públicos (31% no segundo trimestre, diminuição de 12 pontos percentuais em relação ao primeiro).

O setor industrial apresenta a segunda menor expectativa líquida de contratações para o segundo trimestre, 33%, mas o dado representa um aumento de 21 pontos percentuais em relação ao período passado.

A Manpower calcula que, no total, a expectativa líquida de emprego no Brasil para o segundo trimestre é de 39%, aumento de seis pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre, mas resultado ligeiramente pior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Em 2011, a expectativa líquida de emprego era de 40% no segundo trimestre.

Empregadores no Paraná são os que mais esperam contratar funcionários nos próximos meses (ELC de 42%, contra 30% no primeiro trimestre). A Manpower afirma que muitos empregadores estão recrutando profissionais para suprir as demandas da Copa de 2014, evento que deve criar 700 mil empregos.

Os mais pessimistas são os empresários paulistas (ELC de 35%), mas a expectativa do conjunto do Estado de São Paulo é melhor do que a registrada no primeiro semestre (ELC de 27%). Na cidade de São Paulo, a expectativa líquida para o segundo semestre é de 43%.

Mundo

Entre os países americanos pesquisados, o Peru é o que apresenta a segunda maior expectativa no segundo trimestre de 2012 (ELC de 23%) e os EUA, a pior (ELC de 12%).

Na União Europeia, empregadores de alguns países mostraram pessimismo, com expectativa negativa para os próximos três meses: Grécia (ELC de -11%), Espanha (-8%), República Tcheca, Irlanda e Hungria (ELC de -3%) e Itália (ELC de -1%).

Os mais otimistas entre os europeus são os empregadores suecos (ELC de 11%), romenos (ELC de 9%) e noruegueses e austríacos (ELC de 8%).

Turquia (ELC de 26%) e Israel (ELC de 17%) também mostraram bons resultados.

Os empregadores na Índia são os mais otimistas entre os países pesquisados para o segundo trimestre de 2012, com ELC de 48%.

Na Ásia, o menor índice foi verificado em Hong Kong, ELC de 8% no período.

Fonte: BBC Brasil

MAIS DE 8 MIL PESSOAS MORRERAM NA SÍRIA

O presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Nassir Abdulaziz Al Nasser, disse na segunda-feira que o número de mortos naSíria ultrapassa 8 mil. Há um ano, o país vive uma onda de violência e repressão devido a conflitos entre manifestantes e agentes de segurança do governo do presidente Bashar Al Assad. A oposição apela para uma intervenção militar na região. O assunto é tema de reunião nesta terça em Istambul, na Turquia.

Síria Al Nasser disse que muitas vítimas são mulheres e crianças e que a comunidade internacional tem de agir o mais rápido possível. Segundo ele, se o Conselho de Segurança da ONU não agir, a Assembleia Geral das Nações Unidas “estará pronta para tomar atitudes”.

Para a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o Conselho de Segurança não pode ficar em silêncio quando o “governo massacra seu próprio povo”. Integrantes do Conselho Nacional Sírio, organização da oposição, vão se reunir com o enviado da ONU e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, na Turquia.

A oposição defende uma intervenção militar na Síria para por fim à repressão. Para os oposicionistas, a ação é urgente, pois apenas na cidade de Homs 47 pessoas foram mortas ontem. Annan pediu para Assad tentar o diálogo, mas ele se recusou, alegando que não conversa com terroristas.

Em comunicado divulgado durante entrevista em Istambul, o Conselho Nacional Sírio pediu uma ação rápida da comunidade internacional. O conselho quer intervenção militar, a criação de uma zona de exclusão aérea e a implantação de corredores humanitários. ”Para por fim à violência, não bastam comunicados e promessas vazias”, disse Burhan Ghalioun, representante dos opositores. Porém, no que depender de Annan não haverá intervenção militar na Síria. Segundo ele, a “morte de civis deve parar imediatamente”. Na Síria, faltam água e eletricidade, e as linhas telefônicas foram cortadas.

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu ontem e a comunidade internacional pediu, mais uma vez, que a China e a Rússia, integrantes permanentes do órgão, posicionem-se a favor de uma resolução. Os dois países bloquearam todas as tentativas de um texto condenando a violência.

Annan espera resposta da Síria

O enviado especial da ONU-Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, disse que esperava uma resposta nesta terça-feira do governo sírio sobre as “propostas concretas” feitas durante a reunião no fim de semana com o presidente sírio, Bashar al-Assad, para acabar com a violência que dura quase um ano.

Annan não revelou quais são as propostas. O embaixador da Síria em Moscou disse na segunda-feira, porém, que as discussões entre Assad e Annan trataram de “cinco princípios” para um acordo sírio acordado pelo ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e ministros da Liga Árabe, no sábado, no Cairo.

Após encontrar Annan, o líder do Conselho Nacional Sírio (CNS), Burhan Ghalioun, disse que o objetivo era uma solução política e diplomática, caso contrário governos estrangeiros cumprirão as promessas de armar as forças rebeldes.

Fonte: Correio do Brasil

NOVO FRACASSO DE ADRIANO É DESTAQUE NA IMPRENSA EUROPEIA

O anúncio da rescisão do contrato de Adriano, feito pelo Corinthians no início da noite de segunda-feira, repercutiu nos jornais internacionais na manhã desta terça. O diário esportivo italiano La Gazzetta dello Sport, por exemplo, publica na capa de sua edição virtual uma foto do jogador apontando que o adeus ao clube era "inevitável".
Foto: Getty Images
Pelo Corinthians, Adriano marcou contra Atlético-MG e Botafogo-SP. Foto: Getty Images 

Na nota, o jornal analisa que "era esperado poder falar do seu renascimento e do seu retorno aos gols e em vez disso a notícia é um novo fracasso", lembrando que Adriano já não havia brilhado na Roma, pela qual atuou por nove meses e não marcou nenhum gol - saiu do time em março de 2011.

O diário ainda aponta que o centroavante "jogou ao vento a oportunidade que deveria tê-lo relançado aos 30 anos recém-completados, garantindo-lhe um final de carreira decente".

Concorrente da Gazzetta, o Corriere dello Sport também traz uma foto de Adriano na capa de sua edição virtual nesta terça. O veículo aponta que a rescisão do contrato foi "consensual" e destaca os números do atleta, que fez oito partidas e dois gols com a camisa do Corinthians.

Ainda na Itália, o jornal generalista La Stampa, um dos principais do país, escreve em sua manchete que "Adriano está de novo sem time". No subtítulo, informa que "entre as causas do divórcio" está "a falta inclinação aos treinamentos" e lembra que o técnico Tite se irritou com o atleta na semana passada.

Polêmica da balança repercute na Espanha

O nome de Adriano tem mais peso na imprensa da Itália, onde ele se destacou pela Inter de Milão, mas a saída do Corinthians teve repercussão também em outros países nesta terça. O jornal esportivo Marca, de Madri, ressalta as "indisciplinas reiteradas" do atleta, que foi despedido por "se negar a passar pela balança".

O caso da balança também é citado pelo Mundo Deportivo, com sede na Catalunha, que destaca que o atacante se recusou a se pesar "como o resto do plantel faz antes dos treinamentos".

Fonte: Terra

ESPECIALISTA APROVA A EXTENSÃO DO IOF

O Ministério da Fazenda anunciou nesta segunda-feira (12), em decreto publicado no Diário Oficial da União, a medida que eleva de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas movimentações de câmbio feitas a partir desta segunda (12), para ingresso de capitais no Brasil. A ação, segundo o Ministério, pretende para reduzir o fluxo de recursos externos especulativos que adentram o país e, pela maior quantidade de dólares no mercado nacional, ocasionam um aumento da divisa americana.

Segundo o professor de economia da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/RJ) Roberto Simonard, o governo, com essa atitude, quer conter a valorização do dólar e resguardar a indústria nacional da competição direta com os produtos internacionais, que se tornam atrativos com a valorização da taxa de câmbio brasileira.

"O governo está tentando calibrar esta questão. A taxa de juros brasileira, apesar de estar em movimento de queda, ainda é muito alta. É um grande negócio pegar um empréstimo no exterior e especular esse capital aqui. Com isso, há um aumento no fluxo de dólares no Brasil", disse Simonard. 

O professor vê com bons olhos a atitude do governo, mas aponta que a indústria nacional precisa ter condições de competir em igualdade com os produtos internacionais. Ele citou a baixa qualificação da mão-de-obra, a exacerbada carga tributária e os problemas de infraestrutura como fatores que também travam a capacidade produtiva brasileira e, por consequência, tornam-na menos competitiva no mercado.

"Historicamente, a indústria nacional sempre foi protegida pela taxa de câmbio. O produto internacional ficava caro. Mas, nos últimos anos, a taxa de câmbio teve um viés de baixa, fazendo com que a indústria nacional não tivesse condição de competir", considerou.

O economista acredita que o governo está tentando ajustar essa a incidência do IOF, ressaltando que no dia 1º de março o governo já havia alterado de dois para três anos a cobrança do imposto. 

"Parece que (essa medida) é paliativa, embora seja positiva. A indústria tem problemas além da infraestrutura frágil, como a carga tributária e a baixa qualificação da mão-de-obra", afirmou.

Simonard lembra ainda que o resultado do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2011 ficou aquém do esperado, e analisa que isso se deve, em parte, aos problemas enfrentados pela indústria nacional. 

"O PIB baixo de 2011, em parte, pode ser explicado pelo mal desempenho da industria", finalizou.

Fonte: Agência Brasil

AUTORIDADES SÃO ATACADAS NO AFEGANISTÃO

Militantes disparam hoje (13) contra a delegação do governo do Afeganistão no mesmo local onde houve o massacre de 16 civis, incluindo crianças, por um militar norte-americano, há dois dias. Pelo menos um soldado foi morto e a delegação – que é formada também por dois irmãos do presidente afegão, Hamid Karzai – saiu às pressas do distrito de Panjwai, na região de Kandahar.

Pela manhã, na cidade de Jalalabad, uma das mais importantes do Afeganistão, manifestantes protestaram contra a presença norte-americana no país. Os manifestantes pediram que o militar acusado de provocar o massacre seja julgado publicamente no país. O secretário de Defesa norte-americano, Leon Panetta, disse o militar pode ser condenado à morte, se for considerado culpado.

O protesto e o ataque à delegação são apenas uma das reações geradas pelo massacre. Durante o protesto, os manifestantes gritaram palavras de ordem, como “morte à América, morte a Obama”, e pediram o julgamento público no Afeganistão para o militar norte-americano.

O ataque anteontem (11) em Kandahar fez com que o presidente norte-americano, Barack Obama, pedisse desculpas públicas pelo episódio. O massacre ocorreu duas semanas depois de serem localizados exemplares do Alcorão – livro sagrados dos muçulmanos – queimados na base militar norte-americana de Bagram.

A identidade do militar norte-americano está sendo mantida sob sigilo. Há informações de que se trata de um sargento, casado e que tem filhos. Para líderes tribais de Kandahar, o massacre dos 16 civis foi motivado por vingança.

Fonte: Jornal do Brasil

DIMINUIÇÃO DA DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL ESPELHA MUDANÇAS NO MUNDO

A diminuição da desigualdade de renda na última década no Brasil se assemelha ao movimento verificado no conjunto de todos os países. De acordo com análise em andamento no Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV), o índice de Gini (que mede a desigualdade socioeconômica) caiu de 0,596 em 2001 para 0,519 em janeiro de 2012 no Brasil. O mesmo indicador agregado para o mundo todo caiu de 0,5448 para 0,52 no mesmo período.

“Aqui, no Brasil, a desigualdade cai porque a renda cresce no Nordeste; e cresce mais entre analfabetos, negros, moradores de favelas, campesinos e trabalhadores da construção. E no mundo? A desigualdade cai porque a China e a Índia estão crescendo muito”, explica o economista Marcelo Neri, chefe do CPS/FGV. Na opinião dele, a comparação dos índices mostra que “o Brasil é uma maquete muito próxima do mundo”.

Semelhanças à parte, Neri chama a atenção para a diferença de dinâmicas entre o Brasil, a China e a Índia. Segundo ele, na última década, o Brasil diminuiu a desigualdade interna ao mesmo tempo em que registrou crescimento econômico. Na China e na Índia (que concentram metade dos pobres do mundo e onde o crescimento do Produto Interno Bruto é maior que o crescimento do PIB brasileiro), a desigualdade “está explodindo”.

Segundo Marcelo Neri, o Brasil espelha a desigualdade existente no mundo porque “os mais pobres do Brasil são tão pobres quanto os mais pobres da Índia; e os mais ricos brasileiros não são menos ricos do que os mais ricos americanos. O Brasil está em todas as partes e ainda tem muita desigualdade”, disse em entrevista à Agência Brasil, destacando que o país tem muitos problemas para atacar.

Para Neri, a desigualdade persistente faz com que o Brasil continue a ser chamado, “por um bom tempo”, de “Belíndia” - termo criado pelo economista Edmar Bacha na década de 1970 para dizer que o Brasil tinha um pedaço rico e desenvolvido como a Bélgica e um pedaço pobre e subdesenvolvido como a Índia.

Marcelo Neri acrescenta que a “Belíndia continua atual” porque hoje “o lado pobre do Brasil cresce tanto quanto a economia da Índia; e o lado belga [rico] está tão estagnado quanto os países europeus. A Bélgica hoje é um país desenvolvido, mas estagnado. Ela é predominantemente católica como o Brasil”, compara.

Segundo a análise feita pelo CPS/FGV, a renda dos 50% mais pobres no Brasil cresceu quase seis vezes (580%) mais rápido do que a renda dos 10% mais ricos na década passada. A ascensão desse contingente, chamado por Neri de “nova classe média”, explica em parte o crescimento econômico recente. A economia cresce à medida que a desigualdade acumulada diminui. “Boa parte dessa ascensão da classe média vem da recuperação de atrasos históricos que ainda estão presentes, mas estão passando”, aponta.

Na opinião do economista, os dados mostram que o Brasil “está ficando um país normal”. Ele lembra que “em 1990, a gente tinha 17% das crianças fora da escola; e em 2000, passou para 4%; e agora, o percentual é menos de 2%”. Segundo ele, além da expansão do acesso à escola, o país está entre as três nações que mais se destacam na melhoria dos indicadores de aprendizagem.

A melhora do desempenho escolar ilumina “o lado brilhante da base da pirâmide”, descrito por Neri em seu novo livro A Nova Classe Média, lançado na semana passada no Rio de Janeiro. De acordo com o economista, a educação, juntamente com a redução da fecundidade das brasileiras e a chegada de mais pessoas ao mercado de trabalho com carteira assinada, explicam melhor a ascensão da classe média (classe C) do que a dependência de políticas sociais e do crédito facilitado.

Uma das teses defendidas pelo economista é que o crescimento da nova classe média “não é apenas sonho de uma noite de verão” e se a educação continuar melhorando diminuirá ainda mais desigualdade. “Se fizermos o dever de casa com a educação vai ser possível o Brasil continuar dando salto”, avalia.

Fonte: Agência Brasil

ARGÉLIA TERÁ BIBLIOTECA DE NIEMEYER

Uma biblioteca árabe-sul-americana projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, 104 anos, será construída dentro de seis meses nas proximidades de Argel, como parte de um acordo de intercâmbio cultural entre as duas regiões.

O projeto, que será construído em uma área de 40.000 metros quadrados em Zeralda, localidade na periferia sudoeste de Argel, deve ficar pronto em 30 meses, segundo o diretor da agência nacional responsável por grandes projetos culturais, Abdelhalim Serrai.

Com um custo avaliado em um milhão de dólares, financiados pela Argélia, a biblioteca foi proposta na reunião de cúpula de chefes de Estado sul-americanos e árabes de 2005 em Brasília.

Na segunda-feira foi assinado um contrato de estudo do projeto com o escritório de arquitetura de Oscar Niemeyer.

Fonte: AFP

SAÍDA DE TEIXEIRA DEIXA MANO NA RETAGUARDA

A renúncia de Ricardo Teixeira da presidência da CBF fragiliza a posição do técnico Mano Menezes à frente da seleção brasileira. Muito questionado pelos resultados insatisfatórios conquistados em campo e pela demora em formatar uma base sólida para a disputa da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, Mano tinha em Teixeira um forte suporte para permanecer no cargo mesmo sob as críticas.
Alex Silva/AE
Com a mudança no comando da entidade, a situação do treinador fica na berlinda. Vai depender muito dos rumos do novo presidente, José Maria Marin, na confederação. O diretor de seleções, Andrés Sanchez, deixou a vaga à disposição assim como os demais dirigentes da CBF. Marin, no entanto, garantiu a permanência de todos.

Na eventualidade de Sanchez deixar o posto, Mano perderia o último pilar de sustentação. Os dois têm relação muito próxima desde os tempos em que o treinador esteve à frente do time do Corinthians. O que, porém, não garante estabilidade a Mano.

Em uma de suas primeiras entrevistas desde que assumiu a função de administrar as seleções da CBF, Sanchez cobrou melhores apresentações do time principal, que até o momento só obteve vitórias contra adversários de menor peso. A exceção foi um triunfo sobre a Argentina apenas com jogadores locais.

A participação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, se Mano suportar a pressão por mudança até lá, vai ser decisiva para a sua permanência até o Mundial de 2014. A conquista do ouro inédito o fortaleceria.

Na primeira competição oficial à frente da seleção canarinho, um duro fracasso. Eliminação nos pênaltis para o Paraguai na Copa América do ano passado, nas quartas de final, em campanha marcada por atuações sofríveis e pouco convincentes.

A insistência em nomes como Ronaldinho Gaúcho e os resultados obtidos contra seleções do primeiro escalão mundial também são fatores negativos.

Contra Argentina, França e Alemanha, três derrotas. Nas outras 18 partidas sob a batuta de Mano Menezes, 13 vitórias e cinco empates.

Há quatro partidas programadas para o selecionado brasileiro para maio e junho, contra Dinamarca, Estados Unidos, México e Argentina.

Fonte: Estadão

AMERICANO CONVENCE FILHO A SE ENTREGAR À POLÍCIA

Um americano convenceu o próprio filho a se entregar à polícia no Estado de Utah após vê-lo na TV participando de um roubo a uma loja de computadores, em imagens gravadas por câmeras de segurança.
Jeremy Blair em foto divulgada pela polícia do condado de Davis, em Utah 
Segundo a polícia da cidade de Wood Cross, pai e filho assistiam à TV juntos na manhã de sexta-feira quando um programa policial veiculou as imagens do assalto cometido no dia 6.

O pai reconheceu o filho, Jeremy Blair, de 26 anos, como um dos assaltantes e pediu que ele se entregasse.

Após algumas horas, o próprio pai levou o filho à delegacia local, onde ele foi preso por conta de um mandado relacionado a outra acusação de roubo. Ele aguarda agora as investigações sobre o incidente do dia 6.

"Este é um caso bastante único, de um pai reconhecer que o filho tem um problema", afirmou à mídia local o detetive Adam Osoro, do departamento de polícia de Wood Cross.

"Esta é uma coisa difícil de fazer, mas acho que no fim das contas é a melhor coisa para o filho e acho que o pai vê isso. Ele é um sujeito muito responsável", disse Osoro.

Danos

Segundo a polícia, os assaltantes levaram equipamentos avaliados em US$ 6.500 (cerca de R$ 11.700), mas provocaram também danos estimados em US$ 2.500 (cera de R$ 4.500) à fachada e à vitrine da loja.

As imagens das câmeras de segurança instaladas no local mostram dois ladrões, entre eles Blair, e o carro no qual eles fugiram.

Segundo o dono da loja, as câmeras haviam sido instaladas recentemente, após o terceiro roubo em três anos, o último deles há menos de seis meses.

Segundo a polícia, o segundo homem que aparece nas imagens ainda não foi identificado, e o material roubado ainda não foi recuperado.

Fonte: Estadão

NAUFRÁGIO EM BANGLADESH DEIXA 150 DESAPARECIDOS E 31 MORTOS

Mais de 150 pessoas estão desaparecidas e pelo menos 31 morreram após uma embarcação naufragar durante a madrugada desta terça-feira, 13, no rio Meghna, no centro de Bangladesh, informou uma fonte policial à Agência Efe. 

 

O naufrágio ocorreu no distrito de Monshignj, segundo o superintendente de Polícia distrital Shafiqul Islam, que acrescentou que pelo menos 35 pessoas conseguiram nadar até a margem. Segundo a imprensa local, entre 250 e 300 passageiros viajavam na embarcação, o MV Shariatpur-1, que se dirigia à capital do país, Daca, quando foi atingida por um navio cargueiro.

De acordo com Islam, esses dados se baseiam por enquanto em estimativas, e a polícia abriu uma investigação enquanto prosseguem os trabalhos de resgate em águas do Meghna. "Ainda não pudemos localizar o navio que naufragou. Minha estimativa é que há mais de 100 desaparecidos, talvez 150, mas isto ainda pode variar. A verdade é que há poucas chances de encontrá-los com vida", afirmou o superintendente.

O transporte fluvial é primordial para a economia de Bangladesh, um país com grandes rios e canais cuja superfície se encontra quase ao nível do mar. O mau estado dos navios e as insuficientes medidas de segurança são motivo frequente de acidentes. Segundo dados da Autoridade Nacional de Transporte de Águas Fluviais em Bangladesh, 4.047 pessoas morreram em 396 acidentes nos rios do país entre 1977 e 2010.

Fonte: Estadão

CAIU O CHEFÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO

A renúncia de Ricardo Teixeira da presidência da CBF e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 é destaque nesta terça-feira em diversos jornais internacionais.
Ricardo Teixeira Foto AP 
Sob o título "Cai o ‘chefão’ do futebol do Brasil", o jornal espanhol El Mundo observa que já se especulava nos últimos meses sobre a saída de Teixeira após 23 anos no comando da CBF.

O jornal comenta que ao longo desse tempo, Teixeira "foi relacionado com toda a sorte de suspeitas e escândalos de corrupção, o último do qual teria sido o verdadeiro detonante de sua saída".

O diário espanhol destaca a acusação recentemente publicada pelo jornal Folha de S.Paulo sobre um suposto superfaturamento na organização de um amistoso entre Brasil e Portugal em 2008, pelo qual é investigado pela Justiça.

O jornal destaca o envolvimento do presidente do Barcelona, Sandro Rosell, no caso. Rosell é o proprietário da empresa organizadora do amistoso, registrada oito dias antes do jogo com uma filial em uma fazenda de propriedade de Teixeira. Ele também estaria sendo investigado por ter pago R$ 3,8 milhões a uma filha menor de idade do ex-presidente da CBF.

Outro jornal espanhol, El País, afirma que apesar de já ser esperada, a notícia da renúncia de Teixeira não deixou de ser "uma bomba". "Sua situação havia se tornado muito difícil", observa o diário.

O jornal comenta que a renúncia ocorre num momento de tensão entre o governo brasileiro e a Fifa, que chegou a colocar em dúvida a capacidade do Brasil de organizar a Copa do Mundo.

'Intrigas na Fifa'

O britânico The Guardian afirma que a renúncia de Teixeira "aprofunda as intrigas de corrupção na Fifa", com a expectativa da publicação, na Suíça, de um acordo relacionado a supostas propinas pagas a altos membros da Fifa nos anos 1990 pela empresa de marketing ISL em troca dos direitos de transmissão de torneios internacionais.

Segundo reportagem da BBC no ano passado, os nomes de Teixeira e de seu ex-sogro, o ex-presidente da Fifa João Havelange, estariam entre os beneficiados pelas propinas pagas pela ISL.

O Guardian comenta que "a Fifa diz que quer que o acordo seja divulgado, mas algumas das partes do processo pediram que ele permaneça confidencial".

Teixeira, assim como Havelange, que renunciou ao seu posto no Comitê Olímpico Internacional (COI) após a organização anunciar uma investigação interna, nega as acusações.

Medalha no bolso

O também britânico Daily Telegraph comenta que o sucessor de Teixeira, o ex-governador de são Paulo José Maria Marin, de 79 anos, também está envolvido em polêmicas.

O jornal lembra que no início do ano câmeras de TV o flagraram colocando no bolso uma medalha durante uma premiação de jogadores na final da Copa São Paulo de juniores. Em sua versão online, o jornal traz um link para um vídeo que mostra Marin colocando a medalha no bolso.

A reportagem comenta ainda que Marin garantiu que nada mudará na CBF ou no comitê organizador da Copa com ele no comando e que sua administração será uma continuação da presidência de Teixeira.

"Marin disse que a administração de Teixeira era um exemplo a ser seguido", diz o texto.

O jornal relata que algumas federações locais eram contrárias a Marin e queriam uma nova eleição ou mudanças nos estatutos da CBF para eleger um novo presidente. Marin afirmou que ficará no cargo até o final do atual mandato de Teixeira, em 2015.

O diário argentino La Nación afirma que o início de Marin como presidente da CBF não foi muito promissor, com uma gafe cometida por ele ao trocar Ronaldo por Romário ao comentar seu trabalho no comitê organizador da Copa de 2014.

Ronaldo foi chamado para assumir o Comitê Organizador da Copa no ano passado em meio às pressões do governo brasileiro para tirar poder de Ricardo Teixeira.

Romário, hoje deputado, tem sido um dos mais fortes críticos de Teixeira e da organização da Copa no Brasil.

Fonte: BBC Brasil