sexta-feira, 11 de março de 2011

PROTESTOS NO IÊMEN DEIXA SALDO E UM MORTO E DEZENAS DE FERIDOS

Pelo menos um manifestante morreu e dezenas ficaram feridos neste sábado no Iêmen em novos confrontos entre militantes da oposição e policiais em frente à Universidade de Sana, informaram fontes médicas à Agência Efe.

Os choques ocorreram no início da manhã deste sábado quando a Polícia tentou dispersar os milhares de manifestantes que há várias semanas se encontram no local, utilizado como lugar permanente de protestos contra o regime de Ali Abdullah Saleh.

Segundo pôde comprovar a Efe, os agentes fizeram uso de bombas de efeito moral e disparos para o alto para dispersar os manifestantes e obrigá-los a retirar as tendas de campanha montadas em frente à Universidade de Sana.

Antes de sua intervenção, os agentes usaram alto-falantes para pedir que os manifestantes deixassem o lugar, mas os militantes da oposição ignoraram a ordem.

Na última segunda-feira, um choque ocorrido quando os manifestantes tentavam montar mais tendas de campanha no local terminou com o saldo de um morto e cerca de 50 feridos.

Nos arredores da Universidade de Sana se desenvolvem protestos públicos desde meados de fevereiro, surgidos no calor das rebeliões populares na Tunísia e no Egito, primeiro para exigir reformas políticas e posteriormente para exigir a queda do regime de Saleh.

Ontem, na cidade portuária de Áden, no sul do Iêmen, pelo menos três pessoas ficaram feridas em outros choques entre opositores e policiais quando os agentes tentaram impedir que centenas de participantes do protesto entrassem no Estádio 22 de Maio.

Os manifestantes queriam retirar as grandes fotografias do presidente iemenita que ficam no interior do estádio.

Os distúrbios deste sábado acontecem dois dias depois de Saleh ter anunciado que antes do fim do ano promoverá mudanças na Constituição para firmar as bases de uma democracia parlamentar e reafirmar a separação de poderes.

A oposição considera que as promessas são insuficientes e foram divulgadas tarde demais.

Fonte: EFE

JÁ SÃO 1000 OS MORTOS NO JAPÃO

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O Japão confronta na manhã de sábado (horário local) a devastação provocada pelo terremoto e o tsunami de sexta-feira na sua costa nordeste, onde ainda há incêndios e cidades parcialmente submersas. Pelo menos mil pessoas morreram.

O amanhecer --ainda noite de sexta-feira no Brasil-- deve revelar toda a extensão dos danos causados pelo tremor de magnitude 8,9 e pelo tsunami de dez metros de altura que varreu vilarejos e cidades.

Em uma das áreas residenciais mais atingidas, era possível escutar pessoas soterradas sob os escombros, pedindo socorro e perguntando quando seriam resgatadas, segundo relato da agência de notícias Kyodo.

O governo alertou que pode ocorrer um pequeno vazamento de radiação num reator nuclear cujo sistema de refrigeração foi danificado pelo terremoto. O primeiro-ministro Naoto Kan ordenou que os moradores sejam retirados de um raio em torno de dez quilômetros da usina. Inicialmente, cerca de 3.000 pessoas que estavam a uma distância de três quilômetros da usina foram retiradas.

Salientando a grave preocupação com a situação da usina nuclear de Fukushima, cerca de 240 quilômetros ao norte de Tóquio, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que a força aérea dos EUA entregou substâncias refrigerantes para evitar um aumento na temperatura das cápsulas de combustível nuclear da usina.

A pressão que está se formando na usina deve ser liberada em breve, o que pode causar vazamento de radiação, segundo as autoridades.

Pelo menos 45 países --inclusive China e EUA-- já ofereceram ajuda ao Japão nas tarefas de busca e resgate de vítimas.

"Trata-se provavelmente de uma operação humanitária de proporções épicas," escreveu em um comentário Sheila Smith, especialista em Japão da entidade norte-americana Conselho de Relações Exteriores.

No nordeste do Japão, a cidade de Kesennuma, com 74 mil habitantes, sofre incêndios descontrolados, e um terço da sua área está submersa, segundo relato feito na manhã de sábado pela agência de notícias Jiji.

Em Sendai, cidade com 1 milhão de habitantes, o aeroporto está em chamas depois de ser inundado pelo tsunami, acrescentou a agência.

Na sexta-feira, imagens de TV mostraram uma veloz torrente de água barrenta arrastando carros e destruindo casas nos arredores de Sendai, 300 quilômetros a nordeste de Tóquio. No cais, navios foram arremessados para a terra e ficaram virados de lado.

No norte do Japão, um tsunami atingiu a cidade de Kamaichi, e apesar de ter sido de pequenas dimensões atirou barcos, carros e caminhões como se fossem de brinquedo. A Kyodo disse que quatro trens na zona costeira ficaram incomunicáveis.

O primeiro-ministro Naoto Kan disse a políticos que eles precisam "salvar o país" após o desastre, que segundo ele causou danos profundos em toda a faixa norte do país.

Mais de 1.000 pessoas morreram na tragédia, de acordo com a mídia japonesa. Aparentemente, as pessoas morreram afogadas. A dimensão dos danos ao longo de uma extensa faixa costeira e o grande número de desaparecidos indicam que o número de mortos pode aumentar.

Mesmo para um país acostumado a terremotos, a devastação era impressionante.

"Uma grande área da cidade de Sendai perto do litoral está inundada. Ouvimos que pessoas que foram retiradas estão presas", disse Rie Sugimoto, repórter da TV NHK em Sendai.

"Cerca de 140 pessoas, incluindo crianças, foram levadas para uma escola e estão no telhado mas estão cercadas por água e não têm para onde ir".

O terremoto, o maior desde que o Japão iniciou seus registros há 140 anos, provocou incêndios em pelo menos 80 lugares, segundo a agência de notícias Kyodo.

Outras usinas nucleares e refinarias de petróleo foram paralisadas, e havia fogo em uma refinaria e numa grande siderúrgica.

O terremoto no Japão foi o quinto mais forte do mundo no último século.

"O prédio sacudiu por bastante tempo e muitas pessoas na redação pegaram seus capacetes e se esconderam debaixo da mesa", disse a correspondente da Reuters em Tóquio Linda Sieg.

"Isso foi provavelmente o pior que eu já vivi desde que vim morar no Japão há mais de 20 anos", afirmou.

Fonte: Reuters

LUIS FABIANO JÁ É DO SÃO PAULO

O atacante Luis Fabiano está voltando ao São Paulo após o Sevilla ter aceitado a oferta do clube paulista, informou a página oficial do Sevilla nesta sexta-feira.

Os números da contratação ainda não são conhecidos. O jogador, que estava no Sevilla desde 2005, está lesionado e deve ficar parado durante um mês e meio.



Luis Fabiano atuou no São Paulo de 2001 até 2004.

Fonte: EFE

OEA PEDE INFORMAÇÕES AO BRASIL SOBRE BELO MONTE

A Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu ao Brasil informações sobre o licenciamento ambiental concedido para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA).

A solicitação, segundo a Agência Brasil, ocorreu após pedido de medida cautelar encaminhada por ONGs contrárias à obra à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA.

No documento, as ONGs pedem ajuda da OEA para suspender o licenciamento ambiental de Belo Monte. As organizações também solicitam a interrupção da obra e o respeito aos direitos dos moradores afetados pela construção.

Em resposta, a OEA pediu ao Brasil que fornecesse, em até dez dias, informações sobre o andamento da ação civil pública do Ministério Público Federal que solicita a suspensão imediata da licença parcial de instalação à empresa Norte Energia SA, encarregada da obra.

No documento enviado pela OEA ao governo brasileiro, a OEA diz que as ONGs alegam que a licença parcial dada à empresa não tem base legal e não cumpre requisitos definidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A OEA também pede que o governo justifique a concessão da licença e apresente os procedimentos de consulta prévia realizados com povos indígenas que poderão ser afetados pela usina.

Fonte: BBC Brasil

RADIAÇÃO EM USINA NUCLEAR PREOCUPA O JAPÃO

O governo japonês declarou esta sexta-feira emergência atômica e pediu a milhares de residentes que vivem perto da usina de Fukushima que deixem o local, alertando que uma pequena quantidade de radiação poderia escapar.

O ministro do Comércio Banri Kaieda disse que as autoridades estavam perto de tomar uma decisão para liberar vapor radioativo de um reator com problemas na tentativa de reduzir a pressão depois que seu sistema de resfriamento sofreu danos por causa do forte terremoto de magnitude 8,9 que sacudiu o arquipélago.

"A pressão aumentou no contêiner do reator e estamos tentando lidar com isso", disse à AFP um porta-voz da Tokyo Electric Power Co., que opera a usina.

O governo havia informado anteriormente que não houve vazamentos detectados em seus reatores depois do terremoto, o maior já registrado no Japão, e que gerou tsunamis devastadoras.

As autoridades emitiram um alerta de evacuação para seis mil moradores que vivem num raio de 3 km da usina Fukushima No. 1.

"Uma ordem de evacuação foi divulgada a moradores no raio de três quilômetros e àqueles que vivem de três a dez quilômetros, para que permaneçam em áreas seguras", disse o chefe do gabinete, Yukio Edano.

"Esta é uma ordem de evacuação preventiva e não houve vazamento radioativo do reator", acrescentou.

A usina foi desligada depois do terremoto, mas uma falha no sistema de resfriamento levou à ordem de evacuação, uma situação que o governo disse manter "sob controle".

A Força Aérea americana enviou um líquido de resfriamento para a usina nuclear japonesa e a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou mais cedo que a ação foi tomada depois de operadores da usina terem afirmado que a instalação não tinha líquido suficiente.

Segundo a agência de notícias Kyodo, o Japão enviou 160 militares, unidades especialistas em produtos químicos e um avião em uma "missão de varredura" na usina nuclear.




Fonte: AFP

PREÇO DO PETRÓLEO PRESSIONA ECONOMIA DOS PAÍSES RICOS

As vendas no varejo dos Estados Unidos cresceram em fevereiro, com a escalada dos preços de energia aumentando as receitas de postos de gasolina. Os consumidores, porém, também gastaram em uma série de produtos, sinalizando resistência diante da alta dos combustíveis. O total de vendas subiu 1%, informou o Departamento de Comércio dos EUA nesta sexta-feira. É a maior alta desde outubro e o oitavo mês de avanços.

O crescimento das vendas em janeiro foi revisado de 0,3 para 0,7%. Economistas ouvidos pela agência inglesa de notícias Reuters previam uma alta de 1%. Ante fevereiro de 2010, as vendas aumentaram 8,9%.

Grã-Bretanha

O preço dos derivados do petróleo também puxaram a inflação no atacado da Grã-Bretanha à maior taxa anual em mais de dois anos em fevereiro. Os preços dos alimentos também contribuíram para a elevação dos índices inflacionários, segundo dados divulgados nesta sexta-feira. Os números ficaram de acordo com as expectativas, mas ainda preocuparão o Banco da Inglaterra, uma vez que a inflação ao consumidor já é o dobro da meta de 2%.

A agência de estatísticas britânica informou que os preços no atacado subiram 0,5% sobre o mês anterior, para uma alta anual de 5,3% — o maior nível desde outubro de 2008. Em janeiro, a inflação anual foi de 5%. Os preços de insumos subiram 14,6% na comparação anual, também a maior taxa desde outubro de 2008, sugerindo que as pressões inflacionárias continuam aumentando no atacado.

A alta de 33,5% nos preços do petróleo deu a maior contribuição à elevação da base de custo das manufatureiras. Alimentos, metais importados e produtos químicos também exerceram pressão de alta. No mês, o petróleo contribuiu com mais de três quartos da alta total dos preços de insumos.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) já havia percebido o aumento na pressão do petróleo sobre a inflação, ao redor do mundo, e elevou a produção da commodity a 30,02 milhões de barris por dia em fevereiro, alta de 110 mil barris. É o maior nível desde dezembro de 2008, quando o grupo anunciou um corte recorde na produção. A Opep, no entanto, manteve a avaliação de que o mundo tem petróleo suficiente apesar da redução da oferta na Líbia e da alta a mais de US$ 100 por barril.

Pacto europeu

Ainda nesta sexta-feira, os líderes da zona do euro tentavam assinar um “pacto de competitividade” em uma reunião de cúpula. A região também vai pressionar Portugal a anunciar novas reformar para aumentar a confiança do mercado diante da crise de dívida. A Alemanha procurou reduzir as expectativas sobre o resultado da reunião, dizendo que o melhor que pode ser esperado é um acordo sobre competitividade. Maiores decisões para enfrentar a crise – como um eventual reforço do fundo de socorro financeiro da zona do euro – serão discutidas em outra reunião de cúpula este mês.

A meta da Alemanha é fazer os 17 países da zona do euro transformarem regras da União Europeia sobre déficits e dívidas em legislação nacional, o que efetivamente tornaria ilegal o descumprimento de limites de endividamento no futuro. O Pacto de Estabilidade e Crescimento da UE define um limite de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para o déficit e de 60% para a dívida.

“Os países da zona do euro se comprometem a traduzir as regras fiscais da UE conforme estabelecido no Pacto de Estabilidade e Crescimento em legislação nacional”, afirma o rascunho do acordo. Os líderes da zona do euro devem assinar o texto nesta sexta-feira.

Se a Alemanha e a França conseguirem a assinatura dos outros países da zona do euro para o acordo de competitividade, o que também inclui medidas para elevar gradualmente a idade de aposentadoria e para construir uma estrutura tributária em comum para as empresas, espera-se que a Alemanha dê apoio a um fundo mais robusto de socorro financeiro.

Fonte: Correio do Brasil

VELOCIDADE DO TSUNAMI CHEGOU A 800 KM/H

Um forte terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu nesta sexta-feira a costa nordeste do Japão, provocando um tsunami de ao menos sete metros em cidades na região norte do país. O último balanço oficial divulgado pelo governo informou que o tremor seguido de tsunami deixou ao menos 178 mortes confirmadas. Somando mortos e feridos, poderia haver mais de 1 mil vítimas, segundo a polícia. Só na costa de Sendai, há informações de que foram encontrados entre 200 e 300 corpos.

Terremoto no Japão

Previamente, a agência de notícias japonesa Kyodo chegou a afirmar que cerca de 88 mil poderiam ter desaparecido na tragédia. A informação, porém, ainda não foi confirmada por outras fontes.

O tremor danificou o sistema de resfriamento do reator 1 da estação elétrica de Fukushima Daiichi, um dos seis da instalação localizada na cidade de Onahawa, região de Miyagi, a 270 quilômetros a nordeste do Japão. Por causa do problema, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, emitiu um alerta de emergência nuclear e anunciou um raio de 10 km de isolamento em torno da usina, que está com níveis de radioatividade 1 mil vezes acima do normal. Previamente, havia sido ordenada a retirada de milhares de residentes perto do local.


De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), trata-se do maior terremoto registrado no Japão, o sétimo maior desde que os abalos começaram a ser listados e o quinto maior desde 1900. O tremor ocorreu às 14h46 do horário local (2h46 de Brasília) e teve epicentro no Oceano Pacífico, a 160 quilômetros da costa. Na quarta-feira, um tremor de 7,3 foi registrado na mesma área. O tremor foi 8 mil vezes mais forte do que o abalo que atingiu Christchurch, na Nova Zelândia, no mês passado, disseram cientistas.

Além de a costa nordeste ter sofrido vários abalos secundários após o tremor, um forte terremoto aconteceu no centro do país neste sábado (na tarde de sexta-feira em Brasília). O tsunami causado pelo tremor de 8,9 correu através do Oceano Pacífico a uma velocidade de 800 km/h - tão rápido quanto um jato -, antes de chegar ao Filipinas, Indonésia e Havaí e à Costa Oeste dos EUA, mas sem registro de grandes danos.

No período da noite, as ondas começaram a chegar à América Latina, no México, e devem descer progressivamente até Puerto Williams, no extremo sul do Chile, onde os efeitos são esperados por volta das 3h.

Dezenas de cidades e vilarejos foram afetados pelos tremores e, no norte do país, ondas gigantes arrastaram barcos, casas, carros e pessoas, além de provocar incêndios.

Em Tóquio, os trens e o metrô pararam de circular, milhares foram retirados dos prédios no centro da cidade e os telefones celulares pararam de funcionar. Pelo menos 4 mil edifícios estão sem energia. Na cidade de Sendai, a água inundou o aeroporto e as pistas ficaram cheias de carros, caminhões, ônibus e lama.

Neste sábado (sexta-feira à noite em Brasília), os japoneses que estavam em Tóquio no momento do terremoto tentam voltar para casa. Grande parte dos trabalhadores teve de passar a noite nas empresas, escolas e outros abrigos públicos por causa do tremor de 8,9 graus.

Fonte: IG

ARGENTINO DE 13 ANOS CURSA 3 FACULDADES

Aos 13 anos de idade, o argentino Kouichi Cruz é o aluno mais novo da Faculdade de Matemática, Astronomia e Física (FAMAF) da Universidade de Córdoba.

Ele estudará ainda, simultaneamente, engenharia informática e ciências econômicas na mesma universidade.

Kouichi é filho único, mora com uma tia, Alejandra Perez, na cidade de Córdoba, e seus pais vivem na Espanha, onde trabalham. “Kouichi está tendo a infância que quer ter. Ele é feliz assim, estudando”, disse à BBC Brasil a tia Alejandra Perez.

Ela contou que no início, quando Kouichi era bebê, a família chegou a pensar que ele fosse “autista”. Mas aos quatro anos de idade, os exames médicos indicaram que o menino tinha o QI mais alto que a média das crianças da sua idade.

“Kouichi sempre soube o que quis: estudar matemática, informática, engenharia. Para ele, são carreiras que se complementam”, disse a tia.

A rotina do garoto é diferente do cotidiano dos meninos da sua idade, especialmente a partir deste ano, depois de ter passado nas provas para entrar na universidade.

“Ele estuda de manhã e também à tarde. E em casa, quando não está resolvendo problemas de matemática, gosta de assistir alguns programas de comédia na televisão”, conta ela. Futebol ou outros esportes não fazem parte de sua agenda de interesses.

O menino nasceu na cidade de Bahia Blanca, na província de Buenos Aires. Seus pais se mudaram para a província de Jujuy, no norte do país, porque ali ele podia estudar mais adiantado que os colegas da sua idade, sem ter que respeitar um cronograma por faixa etária.

No primeiro dia de aula, nesta semana, o universitário disse ao jornalClarín que as aulas foram mais fáceis do que imaginou. “A aula não foi tão simples como no segundo grau, mas também não foi tão complicada como cheguei a imaginar”, afirmou.

Kouichi, segundo a tia, é “rápido” para resolver questões matemáticas, tímido no início de uma nova conversa, mas decidido em relação ao que quer ser quando crescer. “Ele quer ser empresário e acha que estudar é fundamental para esta meta”, disse a tia.

O reitor da FAMAF, Daniel Barraco, afirmou ao jornal argentino que é a primeira vez que um menino de 13 anos está entre os universitários dessa carreira. “Sinto enorme emoção por ter aqui uma pessoa tão jovem e tão inteligente na faculdade. Mas sabemos que por ele ser tão jovem também aumenta nossa responsabilidade em relação a ele”, disse Barraco.

Os pais de Kouichi – ela é farmacêutica; ele, anestesista – choraram ao deixar o menino com a tia materna. “Mas, apesar das lágrimas, eles só estão respeitando a vontade do menino que há muito tempo sabia onde e que carreira universitária seguir. Eles só o deixem voar porque sabem o que ele quer”, disse a tia.

Kouichi, contou, é assim chamado obedecendo a filosofia budista seguida pelos pais. “Nos contaram que Kouichi quer dizer 'o primeiro' e 'brilhante' e o nome realmente foi feito pra ele” afirma.

Fonte: BBC Brasil

TSUNAMI MATA MAIS DE 300 PESSOAS NO JAPÃO

O maior terremoto já ocorrido no Japão em 140 anos de medições atingiu na tarde desta sexta-feira (madrugada no Brasil) a costa nordeste do arquipélago, provocando uma onda de dez metros de altura que varreu tudo em seu caminho, incluindo casas, navios, carros e estruturas agrícolas.

Cerca de 300 corpos foram encontrados na cidade costeira de Sendai, no nordeste do país, segundo a emissora de TV NHK. Aparentemente, as pessoas morreram afogadas. A dimensão dos danos ao longo de uma extensa faixa costeira indica que o número de mortos pode aumentar significativamente.

Centenas estão desaparecidos.

A Cruz Vermelha disse em Genebra que a parede de água é mais alta do que algumas ilhas do Pacífico, e um alerta de tsunami foi emitido para toda a bacia do oceano, com exceção do Canadá e da parte continental dos Estados Unidos.

A Indonésia, o Estado norte-americano do Havaí e as Filipinas, entre outros, determinaram a desocupação de áreas costeiras.

Países da região como Taiwan, Austrália e Nova Zelândia, no entanto, já suspenderam o alerta.

Por causa do tsunami, a população japonesa foi orientada a fugir de áreas costeiras para terrenos mais elevados.

Foram registrados incêndios em pelo menos 80 lugares, segundo a agência de notícias Kyodo. A Kyodo também informou que uma embarcação com cem pessoas naufragou por causa do tsunami.

Cerca de 3 mil pessoas que moram perto de uma usina nuclear na localidade de Fukushima foram orientadas a deixar suas casas, mas o governo afirmou que não há riso de vazamento. Segundo as autoridades, a remoção da população da área era uma precaução por causa do mau funcionamento do equipamento de resfriamento do reator.

"Eu fiquei apavorado e ainda estou com medo", disse Hidekatsu Hata, 36 anos, gerente de um restaurante no bairro de Akasaka, em Tóquio. "Eu nunca vivi um terremoto dessa magnitude antes."

O primeiro-ministro Naoto Kan disse a políticos que eles precisam "salvar o país" após o desastre, que segundo ele causou danos profundos em toda a faixa norte do país.

O tremor dividiu uma rodovia perto de Tóquio e derrubou vários prédios no nordeste japonês. Um trem estava desaparecido na região litorânea atingida pelo tsunami.

Um navio que levava 100 pessoas foi levado pelo tsunami, de acordo com a agência Kyodo, e imagens de TV mostraram a força da água, escurecida pelos destroços, carregando casas e carros e levando embarcações do mar para a terra.

Algumas usinas nucleares e refinarias de petróleo foram paralisadas, e havia fogo em uma refinaria e numa grande siderúrgica.

O governo do Japão afirmou que um sistema de resfriamento da usina nuclear Fukushima Daiichi, da Tokyo Electric Power, não está funcionando após o terremoto. Os trabalhos para reparar o problema já foram iniciados.

O governo declarou situação de emergência como precaução, mas não há vazamento radioativo e não era esperado por ora algum problema decorrente da falha no sistema, afirmou o secretário da chefia de gabinete, Yukio Edano, a jornalistas.

Cerca de 4,4 milhões de imóveis ficaram sem energia no norte do Japão, segundo a imprensa. Um hotel desabou na cidade de Sendai, e há temores de que haja soterrados.

A gigante eletrônica Sony, um dos maiores exportadores do país, fechou seis fábricas, informou a Kyodo. Jatos da Força Aérea foram deslocados para a costa nordeste para determinar a extensão dos danos.

O Banco do Japão (Banco Central) prometeu medidas para assegurar a estabilidade do mercado financeiro, mas o iene e as ações de empresas japonesas registraram queda.

MAR E FOGO

Filipinas, Taiwan e Indonésia emitiram alertas de tsunami, reavivando a lembrança do gigantesco maremoto que atingiu a Ásia em dezembro de 2004. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico advertiu sobre riscos em países tão distantes quanto Colômbia, Chile e Peru, no outro lado do Pacífico.

O terremoto no Japão foi o quinto mais forte do mundo no último século.

Houve vários tremores secundários após o terremoto principal. Em Tóquio, os edifícios sacudiram violentamente. Uma refinaria de petróleo perto da cidade estava em chamas, com dezenas de tanques de armazenamento sob ameaça.

Impressionantes imagens de TV mostraram o tsunami carregando destroços e incêndios em uma grande faixa litorânea perto da cidade de Sendai, que tem cerca de 1 milhão de habitantes. Navios foram erguidos do mar e jogados no cais, onde ficaram caídos de lado.

Sendai fica a 300 quilômetros de Tóquio, e o epicentro do tremor, no mar, não fica muito distante dessa região.

A emissora NHK mostrou chamas e colunas de fumaça negra saindo de um prédio em Odaiba, um subúrbio de Tóquio, e trens-balas que seguiam para o norte do país parados.

Fumaça escura também encobria uma região industrial em Yokohama. A TV mostrou moradores da cidade correndo para deixar prédios atingidos pelo tremor, protegendo as cabeças com as mãos enquanto destroços caiam sobre elas.

"O prédio sacudiu por bastante tempo e muitas pessoas na redação pegaram seus capacetes e se esconderam debaixo da mesa", disse a correspondente da Reuters em Tóquio Linda Sieg.

"Isso foi provavelmente o pior que eu já vivi desde que vim morar no Japão há mais de 20 anos"

O tremor aconteceu pouco antes do fechamento do mercado em Tóquio, derrubando o índice Nikkei para a cotação mais baixa em cinco semanas. O desastre também prejudicou mercados em outras partes do mundo.

Fonte: Reuters