sábado, 12 de maio de 2012

ATIRADORES DE ELITE MATAM O TRAFICANTE MATEMÁTICO


Um dos criminosos mais procurados do Estado do Rio, o traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, 37, foi morto por atiradores posicionados no helicóptero da Polícia Civil durante uma troca de tiros às 23h30 de sexta-feira (11), na favela Coreia, na zona oeste da cidade. A informação foi dada na tarde deste sábado pela Polícia Civil.

Ele foi ferido nas costas e no joelho.

"Ainda não dá pra dizer se ele foi atingido por dois tiros ou se foi apenas um tiro que atingiu dois pontos do corpo dele. Precisamos aguardar o trabalho da perícia", diz o piloto Adonis Lopes de Oliveira, da Polícia Civil, que conduzia o helicóptero no momento do confronto.

A aeronave, do modelo Esquilo, estava com dois atiradores, cada um deles portando um fuzil. Logo no início da operação, os policiais localizaram o carro onde estava o traficante e o tiroteio começou. Do alto, os atiradores acertaram vários disparos no veículo. O helicóptero também chegou a ser atingido, mas não houve danos em seu funcionamento.

O traficante conseguiu escapar e foi encontrado morto, às 5h30 de hoje, em um outro carro.

Apontado como líder do tráfico no complexo de favelas de Senador Camará (na zona oeste), Matemático ainda contou com a ajuda de seus comparsas para tentar fugir. Mas, por causa dos ferimentos, ele teria sido abandonado pelos outros traficantes que tentavam escapar do cerco policial.
Reprodução
Matemático foi encontrado morto na saída da comunidade Vila Aliança, em Bangu, zona oeste do Rio
Matemático foi encontrado morto na saída da comunidade Vila Aliança, em Bangu, zona oeste do Rio

Matemático comandava a facção criminosa conhecida como TCP (Terceiro Comando Puro). Ele herdou os pontos de vendas de drogas que pertenciam ao traficante Robson André da Silva, o Robinho Pinga, morto em 2007.

Apesar de sua posição de destaque na organização, Matemático obteve autorização para sair pela porta da frente do presídio, após ser beneficiado pelo regime semiaberto, em 2009. Tornou-se um foragido: preso havia cinco anos, jamais retornou à instituição penal.

Nos últimos meses, a polícia carioca chegou a fazer incursões na favela da Coréia, em Senador Camará, para tentar prender o bandido.

Matemático era citado em 26 inquéritos e tinha 11 mandados de prisão expedidos por tráfico de drogas, associação para o tráfico e formação de quadrilha.

Fonte: Folha

RECORD DESMASCARA O GLOBO E A FOLHA DE SÃO PAULO



Fonte: R7

PSDB SEGUE COM PERILLO NO PESCOÇO

Com integrantes do partido no foco da CPI do Cachoeira, o PSDB resolveu ativar o seu Conselho de Ética interno, ainda que mantenha a disposição de defender políticos da sigla flagrados em grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, especialmente o governador Marconi Perillo, de Goiás.

A decisão foi tomada na quinta-feira, no mesmo dia em que o depoimento do delegado da PF Matheus Mela Rodrigues complicou ainda mais a situação de Perillo. O delegado reafirmou a relação do governador com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e informou que a casa de Perillo foi comprada com três cheques do sobrinho de Cachoeira, Leonardo Almeida Ramos, no total de R$ 1,4 milhão.

Na nota em que anuncia a instalação do Conselho de Ética, o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra, afirma a conveniência da instauração do colegiado, mas líderes negam que isso represente ofensiva a Perillo. O conselho, segundo o PSDB, vai se dedicar à elaboração do Código de Ética do partido, enquanto acompanha a CPI. 'Ter um Conselho de Ética é importante e o momento não poderia ser mais adequado', afirmou Guerra, no comunicado. O ex-senador e médico Papaléo Paes (PA) presidirá o conselho.

Ação imediata. 'Como está havendo uma movimentação a respeito de tucanos, seria bom ter o conselho pronto, caso haja necessidade de uma ação imediata', disse Paes, que acrescentou que, no âmbito do colegiado, nada se fala a respeito de Perillo. Mas Paes garantiu que, devido às denúncias contra o goiano, as investigações da CPI e também do STJ serão acompanhadas de perto. 'Não queremos ser um conselho precipitado. Ficaremos atentos para agir, se necessário.'

A estratégia de Perillo, de se colocar à disposição para esclarecer o seu envolvimento com Cachoeira, tem bom resultado no partido. Líderes tucanos utilizam o argumento para minimizar a repercussão do caso. Perillo pediu à Procuradoria-Geral da República que abrisse investigação contra ele e afirmou inteira disposição em depor na CPI. Para os tucanos, esta é a prova maior de inocência de Perillo. 'Ninguém que deve se põe à disposição para depor em CPI', disse o tucano Carlos Sampaio (SP), integrante da CPI.

Sampaio rebateu os comentários sobre o depoimento do delegado, aos quais chamou de sensacionalistas. 'Ele mesmo (Matheus Rodrigues) disse não poder provar que, nas vezes em que Wladimir Garcêz (braço direito de Cachoeira) diz ter encontrado com o Marconi, o encontro realmente aconteceu', destacou o tucano. 'O delegado confirma que Garcêz pode ter feito isso para mostrar serviço para o chefe.'

Sobre os cheques do sobrinho do contraventor, Sampaio acredita que Perillo desconhecia o histórico do pagador. 'Se ele soubesse que estava vendendo para alguém que tem relação criminosa, não pegaria os cheques e depositaria na própria conta.' Embora lembre a intenção do acusado de auxiliar nas investigações, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) acha necessário um distanciamento dele do cargo. 'Sempre defendi, para adversários e companheiros, que, quando denúncias têm consistência, o melhor caminho é o afastamento.' Para Dias, ao provar a inocência, o político deve ser reconduzido ao cargo.

Fonte: Estadão

INDIGNADOS VÃO ÀS RUAS NA ESPANHA

Milhares de manifestantes foram às ruas de várias cidades da Espanha neste sábado para marcar o primeiro aniversário do Movimento de Protesto Indignados.
Foto: Arquivo JB
Após um ano, movimento dos indignados volta às ruas da Espanha

Muitos devem se reunir na praça Puerta del Sol, no centro da capital, Madri, ainda neste sábado.

Em 2011, o Movimento Indignados estabeleceu um acampamento na praça, mas as autoridades afirmaram que, neste sábado, vão impedir que os manifestantes passem a noite no local.

"O objetivo de hoje é recuperar os espaços públicos", disse a manifestante Sofia Ruiz à agência de notícias Reuters.

"Também é uma forma de celebrar o fato de existirmos há um ano e que vamos estar aqui até que o sistema mude, que sejamos ouvidos ou que eles levem em conta nossas reivindicações", acrescentou.

O movimento de protesto foi formado devido ao impacto da pior crise econômica das últimas décadas na Espanha.

O índice de desemprego atingiu recorde em abril e o governo anunciou recentemente mais medidas de austeridade.

Outros países

Protestos parecidos, organizados pelo movimento Occupy, também estão ocorrendo neste sábado em várias cidades de outros países, incluindo Londres.

Na capital britânica, centenas de manifestantes se reuniram em frente à catedral de St. Paul, onde um acampamento de protesto foi retirado pelas autoridades em fevereiro.

As manifestações também estão ocorrendo na Itália, Bélgica e Alemanha.

Na Espanha, alguns setores da sociedade criticaram os Indignados devido ao fato de os protestos terem tido pouco impacto na política espanhola no último ano.

O governo do primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy, eleito em novembro de 2011, introduziu cortes orçamentários e aumentos de impostos.

Rajoy também anunciou a desregulamentação do mercado de trabalho, o que gerou insatisfação entre os sindicatos do país.

"Esta é uma corrida de longa distância, ninguém pode mudar todo um sistema político em um dia ou um ano, leva tempo", disse Noelia Moreno, uma ex-porta-voz dos Indignados de Madri à agência de notícias AFP.

Fonte: BBC Brasil

GRÉCIA CAMINHA PARA NOVAS ELEIÇÕES

O presidente da Grécia, Karolos Papoulias, convocou líderes partidários no sábado, para uma última tentativa de evitar novas eleições, mas o esforço parecia fadado ao fracasso depois que políticos profundamente divididos sobre planos de austeridade afirmarem que iriam manter suas convicções.

O cenário político da Grécia está desordenado uma semana após as eleições parlamentares deixarem quase igualmente dividido os partidos contra e a favor a uma ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, que mantém o governo grego solvente, em troca de promessas de profundos cortes de gastos e aumento de impostos.

Se Papoulias falhar em uma última tentativa de convencer os líderes a formarem uma coalizão, ele terá que convocar uma nova votação em junho. As sondagens de opinião preveem que o equilíbrio de poder pende decisivamente para os opositores radicais de esquerda ao plano de resgate, potencialmente prejudicando a permanência da Grécia na zona euro.

O presidente chamou os líderes dos três maiores partidos da coalizão para negociações no domingo, após o líder socialista Evangelos Venizelos tornar-se o terceiro e último a reconhecer que não conseguiu montar uma coalizão.

Sem um governo para negociar uma nova parcela de auxílio da UE e do FMI, a Grécia corre o risco de falência em semanas e - como os líderes europeus agora reconhecem abertamente- a potencial retirada da zona do euro.

Autoridades dos partidos disseram no sábado que não mudariam suas posições.

"Não há mudança (em nossa posição)", disse Panos Skourletis, um porta-voz do partido de esquerda Syriza, que é contra o plano de resgate e ficou em segundo lugar n a eleição do último domingo, e desde então viu sua popularidade crescer à medida que eleitores insatisfeitos com o plano se reúnem em torno de seu carismático líder, Alexis Tsipras.

"É óbvio que há um esforço para montar um governo que vai implementar o pacote de resgate. Nós não estamos participando de tal governo", afirmou Skourletis à Reuters.

Um oficial do alto escalão do partido menor e mais moderado Esquerda Democrática, que tem assentos suficientes para dar maioria aos partidos pró-resgate, reiterou que não iria participar de um governo, a menos que o Syriza também aceitasse participar.

O Fundo para o resgate da União Europeia e Fundo Monetário Internacional exige que a Grécia corte salários, aumente os impostos, demita funcionários públicos, venda patrimônios do Estado e reforme as leis trabalhistas.

Fonte: Reuters

JUSTIÇA QUEBRA O SIGILO BANCÁRIO E FISCAL DE CACHOEIRA

A Justiça do Distrito Federal quebrou o sigilo bancário e fiscal de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e bloqueou os bens do bicheiro. A decisão envolve também o ex-diretor da construtora Delta, Claudio Abreu, e outras seis pessoas denunciadas por formação de quadrilha e tráfico de influência por corrupção, tráfico de influência e fraudes em processo para contratar o serviço de bilhetagem eletrônica dos ônibus no DF. O sigilo bancário, fiscal e telefônico de Cachoeira já havia sido quebrado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a relação do bicheiro com políticos e contratos públicos.

A decisão ocorreu depois de pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Conforme a peça de acusação, Cachoeira e os dois ex-diretores comandaram operação para direcionar o contrato, que renderia R$ 60 milhões por mês, à empreiteira. Coube a Abreu pagar Valdir dos Reis, lobista encarregado de azeitar o negócio na Secretaria de Transportes. Sob as orientações de Puccini, a própria quadrilha elaborou projeto básico e edital para a licitação.

Ex-assessor da Secretaria de Planejamento do Distrito Federal, Reis foi cooptado pela quadrilha para cuidar de seus interesses no governo Agnelo Queiroz (PT). Mesmo exonerado do cargo em 31 de dezembro de 2010, ele tinha crachá em 2011 e, segundo a denúncia, circulava livremente no Palácio do Buriti, que abriga a Secretaria de Transportes.

Numa das escutas, Cachoeira ordena que Geovani Pereira da Silva, apontado como seu contador, pague R$ 50 mil a Reis. O diálogo indica que o dinheiro provinha da conta de Abreu. O valor foi depositado na conta do ex-servidor pela Adécio e Rafael Construções e Incorporações, uma das empresas do esquema, que, segundo o MP, existiria apenas de fachada para lavagem e pagamento de recursos. Onze dias depois, Reis conseguiu reunião do secretário de Transportes do DF, José Walter Vasquez, com 'membros da organização criminosa'.

Embora não tivesse nenhuma experiência na área, a Delta tinha interesse em comprar software para operar a bilhetagem. A partir do encontro, diz a denúncia, a quadrilha de Cachoeira começou a elaborar o projeto básico e o edital de licitação, direcionados à Delta.

Abreu foi preso durante a Operação Saint Michel, na semana passada, por envolvimento nas fraudes.

A denúncia cita suposta negociação, revelada pelo Estado, entre a quadrilha e o servidor do DFTrans (empresa que gerencia o transporte no DF) Milton Martins Júnior, que está afastado do cargo.

Fonte: Estadão