segunda-feira, 8 de agosto de 2011

TREINADOR É DEMITIDO POR PRÁTICA DE BRUXARIA EM MOÇAMBIQUE


“Precisamos de treinadores competentes, que se atenham as questões técnicas e tácticas e acima de tudo que o futebol é uma ciência e não tem nada a ver com curandeirismos. Reconheço que a falha foi minha ao tê-lo trazido de volta porque todos meus diretores me disseram que não valia a pena, mas pensei que ele pudesse ficar com a equipe até ao final da temporada" disse Yassin Amuji, presidente do clube.
Ao longo de uma entrevista à Rádio Moçambique e à TVM, Yassin Amuji acrescentou que tomou esta decisão há exatamente 3 semanas quando o Vilankulo recebia o Ferroviário de Nampula.
O treinador retirou todo o time do local de treinamento e o levou para dar um mergulho na praia às 8:00, num momento em que a temperatura em Vilankulo era de 7 graus.
Abdul Omar justificou esta atitude alegando que tinha sido informado de que alguém estava querendo  prejudicá-lo e que iria à praia lavar toda a equipe das “magias negras” existentes no grupo.
Há poucas semanas, o mesmo treinador teve de ser escoltado do campo do Sporting da Beira, seu anterior clube, para fugir aos adeptos irados que o acusavam de ter deixado o clube "amarrado", justificação para as várias derrotas que colocaram a equipe no penúltimo lugar da tabela.
Fonte: Correio da Manhã

RECEITA FEDERAL ABRE CONSULTA AO 3° LOTE DE RESTITUIÇÃO

A Receita Federal abre nesta segunda-feira consulta ao 3º lote de restituição do Imposto de Renda, exercícios 2011, 2010, 2009 e 2008.

No dia 15 de agosto de 2011 serão creditadas, simultaneamente, as restituições referentes ao lote do exercício de 2011 (ano calendário 2010), residual de 2010 (ano calendário de 2009), residual de 2009 (ano calendário de 2008) e residual de 2008 (ano calendário de 2007), para um total de 1.827.948 contribuintes, totalizando R$ 1,8 bilhão.

Para o exercício de 2011, serão creditadas restituições para um total de 1.772.511 contribuintes, totalizando R$ 1.699.657.167,58, já acrescidos da taxa Selic de 3,92% (maio a agosto de 2011). 

Quanto ao lote residual do exercício de 2010, serão creditadas restituições para um total de 30.521 contribuintes, totalizando R$ 57.818.573,04, já acrescidos da taxa Selic de 14,07 % (maio de 2010 a agosto de 2011). 

Com relação ao lote residual do exercício de 2009, serão creditadas restituições para um total de 19.122 contribuintes, totalizando R$ 32.631.618,80, já atualizados pela taxa Selic de 22,53%, (período de maio de 2009 a agosto de 2011).

Já para o lote residual de 2008, serão creditadas restituições para um total de 5.794 contribuintes, totalizando de R$9.892.640,58 , já atualizados pela taxa Selic de 34,60 %, (período de maio de 2008 a agosto de 2011).

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na Internet (http://www.receita.fazenda.gov.br), ou ligar para o Receitafone 146.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Declaração IRPF. 

Fonte: Jornal do Brasil

REAL MADRID CONTRATA JOVEM PROMESSA ARGENTINA DE 7 ANOS DE IDADE

O Real Madrid anunciou, esta segunda-feira, a contratação de um jovem jogador argentino, de apenas sete anos. Leonel Coira tem como referência no futebol o compatriota Messi, do rival Barcelona.

O porta-voz do clube espanhol, Juan Tapiador, confirmou o acordo entre o Real Madrid e Leonel Angel Coira, esclarecendo que o jovem, conhecido pelo diminutivo de Leo, vai começar a treinar já em Setembro.

O argentino é a contratação mais jovem na história do clube e vai jogar nos escalões de formação.

Em declarações ao jornal argentino "Olé", Leo revelou que Messi é o seu ídolo, mas esclareceu que, ao contrário do avançado do FC Barcelona, prefere "o passe" ao golo.

"O meu sonho é jogar na equipa principal do Real Madrid", acrescenta.


Segundo a agência "Associated Press", o Real Madrid, treinado pelo português José Mourinho, acelerou a contratação do jovem argentino devido ao interesse do rival Atlético de Madrid.

A contratação de jovens jogadores é cada vez mais uma constante no mundo do futebol, que procura assegurar, o mais cedo possível, futuras promessas futebolísticas.

O astro argentino Lionel Messi também foi contratado pelo Barcelona quando era apenas um adolescente, com 13 anos.

Fonte: Jornal de Notícias

FAMÍLIAS APOIAM ESTUDANTES CHILENOS

Milhares de famílias chilenas apoiaram a causa estudantil e saíram às ruas da capital, na noite passada até o início da madrugada desta segunda-feira, para reivindicar uma educação gratuita e de qualidade no país, os manifestantes também exigiram do governo o fim da repressão ao movimento de estudantes.

estudantes

A presidente da Confederação dos Estudantes da Universidade do Chile (Confech), Camila Vallejo, estimou que cerca de 100 mil pessoas participaram da manifestação convocada pela Coordenação Metropolitana de Estudantes do Ensino Médio e pela Associação dos Professores.

Crianças, jovens, pais e avós, além de moradores do centro de Santiago, que fizeram panelaços e lançaram balões de suas janelas, participaram do protesto. “Se o governo quer lucrar, juntos vamos lutar”, podia ser lido em um dos cartazes levados na marcha.

O ato, que se concentrou a cerca de seis quadras do Palácio La Moneda, sede do governo chileno, também contou com apresentações artísticas. O evento ocorreu de forma pacífica, sem a repressão policial vivida na quinta-feira, quando o governo proibiu qualquer forma de manifestação pública.

Na ocasião, Forças Policiais chilenas reprimiram estudantes com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água, impedindo que protestos fossem iniciados. Cerca de 800 pessoas foram presas durante este dia.

Segundo a imprensa local, a polícia chilena estava adotando várias medidas para evitar a concentração e a manifestação de qualquer grupo de estudantes em Santiago. O ministro do Interior havia afirmado no dia anterior que qualquer protesto seria considerado “fora da lei”.

A prefeita da capital, Cecilia Pérez, disse ontem, no entanto, que “foi demonstrado que para se expressar não é necessário paralisar a cidade”, e que por isso vai dar continuidade à “política de portas abertas para chegar a acordos e coordenar estas atividades em via pública”.

Uma lei, cuja origem remete aos anos do governo do ditador Augusto Pinochet (1973-1990), dá às prefeituras o direito de rechaçar as permissões a manifestações públicas, apesar da Constituição chilena garantir o direito à concentração de pessoas.

Órgãos estudantis confirmaram uma greve geral amanhã. A Confederação Nacional de Funcionários da Saúde Municipal (Confusam) e a Central Unificada de Trabalhadores (CUT) reiteraram ontem sua participação na paralisação.

Fonte: Correio do Brasil

DILMA AFIRMA QUE BRASIL ESTÁ PREPARADO PARA A CRISE

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que o Brasil está preparado para enfrentar o agravamento da crise global. Ela salientou que é preciso seriedade por parte do governo em relação aos gastos, mas prometeu que serão tomadas as medidas necessárias para que o crescimento econômico do país continue.

Presidente Dilma Rousseff concede entrevista após encontro com o premiê do Canadá, Stephen Harper, no Palácio do Planalto, em Brasília. 08/08/2011 REUTERS/Ueslei Marcelino
Dilma justificou sua avaliação citando o grande volume de reservas internacionais, o fato de os bancos brasileiros estarem "completamente robustos", do país ter depósitos compulsórios em quantidade suficiente para fazer frente a qualquer problema de crédito, e o forte mercado interno.

"É a segunda vez que a crise afeta o mundo e pela segunda vez o Brasil não treme", disse, confiante, a jornalistas após cerimônia de assinatura de acordos com o premiê canadense, Stephen Harper.

Mas a presidente ressaltou que apenas esses fatores não tornam o Brasil imune à crise.

"Para a gente dizer que somos imunes à crise, é preciso a ação do governo, dos empresários e da sociedade. Uma ação de seriedade, de muita firmeza e sobretudo de percepção de que não podemos nesse momento brincar, sair por aí gastando o que não temos", argumentou.

A presidente acrescentou ainda que é fundamental ter "cautela" e que o Brasil pode adotar novas medidas. "Não vou dizer para vocês sim ou não (sobre adoção de novas medidas). Mas não estou vendo nessa semana nenhuma medida. O Brasil será muito criterioso", afirmou.

Por outro lado, de olho no motor do mercado interno, ela disse que "temos que continuar consumindo o que estamos consumindo... não temos de parar de consumir, porque não passamos por nenhuma ameaça". Mas fez questão de enfatizar que não vivemos numa ilha "isolados do mundo".

Os mercados acionários globais operavam em forte queda nesta segunda-feira, no primeiro dia útil após a agência de classificação de risco Standard & Poor's ter reduzido a nota da dívida norte-americana.

Pouco antes, durante a declaração à imprensa ao lado de Harper, Dilma apontou o unilateralismo e a falta de políticas fiscais como riscos à economia global.

"Políticas monetárias unilaterais, insensatez política na condução da economia, ajustes fiscais não completados comprometem o crescimento da economia mundial e golpeiam o equilíbrio social e político de muitos países desenvolvidos. Quem paga a conta é o conjunto da humanidade", disse.

Mas criticou o rebaixamento da nota de dívida dos EUA.

"Nós podemos deixar claro que não compartilhamos com a avaliação precipitada e um tanto quanto rápida e, eu diria assim, não correta da agência que diminuiu o grau de valorização de crédito dos Estados Unidos, a Standard & Poor's".

Dilma também criticou a "insensatez política" ao se referir aos Estados Unidos e a dificuldade que o presidente norte-americano, Barack Obama, teve no Congresso para aumentar o teto da dívida norte-americana.

"É fundamental para todos os países do mundo que Estados Unidos e Europa voltem a consumir, a investir", disse Dilma a jornalistas.

Fonte: Reuters

CRISE MUNDIAL ELEVA DÓLAR ACIMA DE R$ 1,60

O nervosismo nos mercados internacionais empurrou o dólar acima de 1,60 real nesta segunda-feira, fazendo o Banco Central (BC) diminuir a intervenção no mercado de câmbio.

A moeda norte-americana fechou em alta de 1,96 por cento, a 1,6125 real para venda. É a primeira vez desde 24 de junho que a moeda fecha acima de 1,60 real. É também a maior alta do dólar desde 6 de maio de 2010, quando foi de 2,95 por cento.

O BC fez apenas um leilão de compra de dólares no mercado à vista nesta segunda-feira, às 16h24, praticamente no final das operações. Nas últimas semanas, mesmo com a piora na crise internacional, a autoridade monetária vinha realizando dois leilões por dia.

Em entrevista à Reuters, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, afirmou no entanto que a política de intervenção do BC não muda.

"O Banco Central se pauta pela atuação em relação a fluxo... No curto prazo, a gente vai fazendo um, dois, três ou nenhum leilão, dependendo daquilo que a gente está vendo dentro do objetivo nosso de longo prazo de manter a liquidez em nível adequado", disse Mendes, também descartando o risco de uma disparada similar à de 2008 no dólar.

"Não vejo risco (de disparada do dólar no Brasil). Vejo o comportamento do real absolutamente em linha com as moedas pares no resto do mundo."

O dólar australiano, também bastante associado a commodities, também tinha baixa de cerca de 2 por cento em relação ao dólar norte-americano. Ante uma cesta com as principais divisas, o dólar subia menos, 0,25 por cento, prejudicado pela demanda dos investidores por moedas como o franco suíço para proteger suas aplicações do risco na dívida dos Estados Unidos.

Os comentários do BC ecoam os do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que na quinta-feira passada disse não acreditar em um "overshooting" do dólar.

Em 2008, o dólar também chegou a ser cotado abaixo de 1,60 real, mas a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers e o o estouro da crise financeira internacional fizeram a moeda disparar para 2,50 reais em poucos meses.

A origem da atual turbulência é a preocupação dos investidores com a possibilidade de uma nova recessão nas principais economias, que pode dificultar a rolagem das dívidas cada vez maiores dos Estados Unidos e dos países europeus.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota da dívida dos Estados de "AAA" para "AA+" na sexta-feira e ameaçou fazer novos cortes no futuro caso o país não apresente bons resultados na questão fiscal.

A taxa Ptax, usada como referência para contratos futuros e outros derivativos, fechou a 1,5999 real para venda, em alta de 0,65 por cento.

Fonte: Reuters

ESTUDO INDICA ABISMO EDUCACIONAL ENTRE A CLASSE MÉDIA E A CLASSE ALTA


Com a adesão de cerca de 40 milhões de pessoas na última década, a classe média tornou-se majoritária no Brasil, englobando 52% da população. Mas a ambição do grupo por novas chances de ascensão pode ser bloqueada pelo abismo educacional que o separa da classe alta, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE).

Escola pública em Brasília. ABr
Feito com base na última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios), de 2009, o levantamento revela que, embora os índices educacionais da classe média tenham avançado bastante nos últimos anos, seguem distantes dos da classe alta: ao passo que 87% dos brasileiros mais ricos concluem o ensino médio, apenas 59% da classe média alcançam o mesmo estágio.

O grupo também fica muito atrás quanto a anos de estudo e gastos com educação. Enquanto cada membro da classe média despende, em média, R$ 52 com educação por mês, entre os mais ricos, o gasto chega a R$ 220.

Batizada de A Classe Média em Números, a pesquisa traça os perfis das três faixas de renda brasileiras (baixa, média e alta) conforme critérios educacionais, habitacionais e regionais e define como classe média os brasileiros com renda familiar mensal entre R$ 1.000 e R$ 4.000.

Segunda faixa mais numerosa, a classe baixa representa 34% da população; já a classe alta é engloba 12% do total dos brasileiros.

Acesso às universidades

Para o secretário de Assuntos Estratégicos da SAE, Ricardo Paes de Barros, "o acesso à educação é a grande diferença entre as classes média e alta".

Segundo ele, o levantamento mostra que a classe média dá crescente importância à educação - o grupo vem investindo quantias cada vez maiores com os estudos.
Apenas 5% dos integrantes da classe média têm 15 anos de estudo ou mais; na classe alta, são 36%
Para reduzir a distância que a separa da classe alta, porém, Paes de Barros diz ser necessário dar maior ênfase à qualidade do ensino médio público e ampliar o acesso da classe média às universidades e ao ensino técnico.

O acesso à cultura também se mostra uma grande barreira entre os dois grupos: enquanto cada integrante da classe média gasta R$ 37 por mês com recreação e cultura, os mais ricos gastam R$ 127.

Nesse caso, o secretário afirma que a classe média tem a desvantagem de crescer mais em cidades médias e pequenas, onde a oferta de bens culturais é menor. "Precisamos ver como levar cultura até eles", disse à BBC Brasil.

Bens e serviços

A pesquisa revela ainda disparidades entre os grupos populacionais quanto ao acesso a bens e serviços.

Apenas 30% da classe média tem acesso à internet em casa, índice bem inferior ao da classe alta (72%). O telefone fixo está presente em 48% dos domicílios de classe média e em 81% dos lares mais ricos.

Há ainda diferenças significativas no acesso a saneamento adequado (76% na classe média, 92% na alta) e gastos com saúde (R$ 135 por mês por pessoa na classe média, R$ 438 na alta).

Fonte: BBC Brasil

VIOLÊNCIA SE ESPALHA EM LONDRES

A violência que explodiu nesta segunda-feira pelo terceiro dia em diversos bairros de Londres, com saques e confrontos entre policiais e manifestantes, já tem reflexos em outras cidades da Grã-Bretanha, como Birmingham, a segunda mais populosa do país.

Grupos de jovens mascarados se uniram no centro de Birmingham, localizada no centro da Inglaterra, e destruíram vidros e vitrines de algumas lojas, como um restaurante da rede McDonald's, próximo à catedral da cidade.

Testemunhas também relatam danos na área de Colmore Row, uma das ruas mais movimentadas do centro de Birmingham. À noite, uma forte presença policial já era notada nas ruas da cidade.

Em Londres, os episódios mais violentos foram registrados na tarde desta segunda-feira nos bairros de Hackney, Lewisham e Peckham.

Carros foram incendiados em Lewisham (no sudeste da cidade), enquanto manifestantes atearam fogo em um ônibus e em uma loja em Peckham (sul). As chamas se espalharam e atingiram apartamentos vizinhos.

Já em Hackney (norte de Londres), carros de polícia tiveram seus vidros quebrados. Centenas de policiais que foram deslocados para o local encontraram resistência por parte dos moradores, que usaram carros em chamas como barricadas.

A região de Hackney abriga várias famílias de baixa renda da capital britânica.

À noite, imagens aéreas também registraram diversos incêndios no bairro de Croydon, no norte de Londres. Ainda não há a confirmação do número de feridos devido aos choques desta terça-feira.

O chefe interino da Scotland Yard, Tim Godwin, afirma que a polícia irá perseguir todos os envolvidos nos episódios de violência e levá-los à Justiça. Segundo ele, serão usadas fotografias e vídeos de sistemas de segurança para verificar a identidade dos suspeitos.

Sobre a violência em Birmingham, a vice-chefe de polícia da região de West Midlands, Sharon Rowe, afirmou que uma operação policial está sendo realizada, com o uso de policiais extras, para restaurar a calma na área central da cidade, assim como para proteger as pessoas e os estabelecimentos comerciais.

"Nós não toleraremos violência desmedida e danos em qualquer lugar de West Midlands, e estamos trabalhando para garantir que os criminosos sejam identificados e pegos o mais rápido possível", disse Rowe.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o prefeito de Londres, Boris Johnson, que estão fora do país, resolveram encurtar as suas férias devido aos confrontos. Ambos devem chegar à capital britânica nesta terça-feira.

Cameron anunciou que vai realizar uma reunião de emergência para avaliar os episódios dos últimos dias.

Fim de semana

Os choques ocorrem após vários episódios de violência ocorridos na cidade durante as noites de sábado e domingo, nos quais mais de 200 pessoas foram detidas.

As revoltas que explodiram na noite de sábado no bairro de Tottenham se espalharam para outras regiões de Londres na noite de domingo, que foi marcada por saques e violência em vários pontos do norte de Londres, além de Brixton, no sul, e de Oxford Circus, no centro turístico da capital britânica.

A Scotland Yard disse que os incidentes são imitações de atividades criminosas, que começaram após um protesto pela morte de Mark Duggan, de 29 anos.

Duggan foi morto por policiais na quinta-feira, em Tottenham, depois de ser abordado em um táxi por uma unidade que investiga crimes com armas de fogo no bairro.

Os policiais não divulgaram detalhes do suposto tiroteio, em que um policial também teria sido ferido à bala, mas prometeram uma investigação.

No sábado, manifestantes se reuniram para exigir respostas da polícia a respeito da ação.

Por volta das 20h (16h no horário de Brasília), um tumulto começou e a polícia foi acionada.

Alguns manifestantes jogaram bombas caseiras contra a polícia e alguns prédios. Um ônibus de dois andares foi incendiado. Um supermercado, uma loja de carpetes e outros prédios também pegaram fogo.

Tênis novos

Em seguida, a violência começou a se espalhar para bairros vizinhos e depois para outras áreas da cidade. Veículos da polícia foram atacados e grupos de dezenas de jovens saquearam e incendiaram lojas.

"Eles destruíram a (casa de apostas) William Hill, colocaram fogo em latas de lixo (...) Eu vi uma (loja de celulares) Vodafone saqueada, uma (loja de calçados) Footlocker saqueada e incendiada, eu vi um (supermercado) Marks & Spencer atacado", relatou o jornalista da BBC Paraic O'Brien, que estava em Brixton.

Jornalistas também disseram ter visto jovens lançando pedras e garrafas contra a polícia e até usando extintores de incêndio para impedir a aproximação dos policiais, enquanto eles saqueavam lojas.

O repórter Andy Moore, da BBC, testemunhou as duas noites de violência e disse que elas tinham motivações bem diferentes.

"O que pode ter sido iniciado em Tottenham por jovens ressentidos com o que eles viam como perseguição policial se tornou algo de natureza bem diferente. Na noite passada, havia uma impressão de que os saques, a violência e a desordem em Londres estavam sendo coordenados nos sites de mídia social", disse ele.

'Níveis absurdos de violência'

"Os policiais estão chocados com os absurdos níveis de violência dirigidos a eles. Pelo menos nove policiais foram feridos esta noite, além dos 26 da noite de sábado. Nós não vamos tolerar essa violência deplorável. A investigação continua para levar esses criminosos à Justiça", disse a comandante da polícia Christine Jones.

Partes de Tottenham, onde os tumultos começaram, ainda estão isoladas para que policiais e especialistas forenses examinem o local dos confrontos.

Até o momento, 16 pessoas já foram indiciadas por crimes como roubo, violência e posse de arma.

Fonte: BBC Brasil

IBOVESPA DESPENCA E FECHA COM QUEDA DE 8,08%

Foi por pouco. Os negócios com ações no Brasil nesta segunda-feira atingiram um dos piores níveis de estresse da história da Bolsa.

Corretor da Bolsa de Nova York lamenta mais um dia difícil para os mercados
O Ibovespa, principal índice da praça paulista, raspou no circuit breaker, um sistema acionado pela Bolsa para acalmar os investidores. Funciona assim: quando bate queda de 10%, os negócios são paralisados por 30 minutos, para que os ânimos se acalmem.

O Ibovespa chegou a cair 9,73%, cotado em 47.793 pontos. O nervosismo foi tal que provocou uma corrida ao site da Bovespa na internet, que não aguentou e caiu. No final do pregão, o índice reduziu levemente as perdas e fechou com baixa de 8,08%, cotado em 48.668 pontos, menor patamar desde 30 de abril de 2008 (47.289 pontos). A desvalorização diária foi a maior desde 29 de setembro de 2008, quando o Ibovespa perdeu 9,36%.

O último circuit breaker da Bolsa foi acionado em 22 de outubro de 2008, logo após o estouro da crise financeira, dia em que o Ibovespa fechou com queda de 10,18%. Naquele mês, a interrupção dos negócios aconteceu outras três vezes, nos dias 15, 10 e 6.

Desde 1997, o mecanismo foi acionado 14 vezes, segundo a BM&FBovespa.

Os motivos para tamanho barulho estão sendo digeridos ao longo do pregão, que começou com queda bem mais branda. Foi assim também na Europa e nos Estados Unidos, que abriram bem mais otimistas. Em Nova York, o Nasdaq despencou 6,90% e o Dow Jones caiu 5,55%.

Bovespa

Os negócios pioraram tanto porque, nas avaliações que estão saindo do forno, há quem diga que a situação dos Estados Unidos agora é pior que em 2008, quando a crise que levou o Lehman Brothers à falência aterrorizou os mercados. Em relatório, por exemplo, o HSBC fala em podridão fiscal, bagunça orçamentária. “Agora podemos dizer com segurança que os EUA passam pela recessão mais profunda desde o período pós-guerra e, mais importante, com recuperação posterior mais rasa”, diz o banco. O PIB é muito menor do que na pré-crise, o desemprego é muito maior e, apesar do estímulo maciço via políticas monetária e fiscal, os mercados financeiros temem um duplo mergulho, continua.

Os especialistas dizem que a decisão da Standard and Poor's era amplamente esperada pelo mercado. Mas seu simbolismo está sendo considerado altamente importante, pois está servindo para levantar discussões sobre uma nova ordem econômica mundial.

O rebaixamento simboliza a redução geral da importância do Ocidente na economia global, diz o BNP Paribas em relatório desta segunda-feira. Para o banco, o corte reflete preocupações legístimas sobre a economia dos EUA, e não será bom para seu crescimento, tão necessário. Apesar disso, a casa acredita que o principal obstáculo foi superado. “Um próximo rebaixamento soberano será mais fácil.”

Também a despeito do nervosismo, a BlackRock, maior gestora global de fundos, acredita que, apesar do corte dos EUA, “a vasta maioria” dos investidores vai continuar a utilizar a curva de risco dos títulos norte-americanos(treasuries) como um padrão do mercado para julgar a qualidade do crédito global. Em relatório, a gestora diz ser importante lembrar que o Tesouro dos Estados Unidos permanece como o maior e mais líquido mercado de renda fixa do mundo, com um alto nível de transparência e poucas opções genuínas.

Como se não bastasse toda a discussão acerca do rebaixamento, a continuidade da crise da dívida europeia também estressa os investidores.

Duas decisões tomadas neste final de semana tentaram aliviar as tensões dos investidores, sem sucesso. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu comprar títulos da Espanha e Itália, fato que chegou a fazer as bolsas desses países subirem, mas não por muito tempo. Além disso, em reunião ontem, os países do G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes, garantiram que não vão mudar suas políticas de gestão de reservas. Por ser a moeda usada nas reservas mundiais, o dólar acaba negociando numa situação que parece paradoxal. Mesmo com os Estados Unidos ameaçados, os investidores seguem comprando a moeda, que terminou o dia em baixa de 1,96%.Nos Estados Unidos, segundo a CNN, as bolsas mergulharam com os novos rebaixamentos feitos pela Standard & Poor's, dessa vez para as empresas. Normalmente, quando uma agência muda o rating de crédito de um país, precisa ajustar as classificações das companhias. As gigantes de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac, que estiveram no epicentro da crise de 2008, foram rebaixadas.

Na imprensa internacional, o noticiário trouxe temores sobre uma possível “segunda-feira negra”, em uma alusão ao dia 19 de outubro de 1987, quando o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sofreu uma queda de 22%.

Em nota desta manhã, o Banco Fator diz que a semana será "de digestão difícil". Para a instituição, depois de cometerem grandes erros, as agências de rating parecem buscar prestígio perdido com o rebaixamento dos Estados Unidos. "A reação da China não é inteligente: chamar o déficit dos EUA de vício é como chamar o superávit chinês de incentivo ao vício", continua o banco.

De acordo com o Fator, a reação do G20 foi anunciar o óbvio: "ninguém vai vender e desvalorizar seu principal ativo de reserva". Sobre o BCE, a instituição diz que a atitude já foi vista na semana passada, com compra de papéis da Itália e Espanha. "Risco para bancos e soberanos está lá e não nos EUA (que, de resto, emitem os dólares para pagar suas contas)."

Para o banco, a posição dos EUA no centro do império não mudou: "eles ainda vão cobrar muito imposto do mundo pela senhoriagem de emitir dólares". Mesmo assim, a casa acredita que o país entrará em recessão, mesmo sem nota da S&P. As chances de isso não acontecer são pequenas e dependem de o Banco Central do País (se reúne amanhã) partir para uma terceira colocação de dinheiro no mercado.

Na Espanha e na Itália, o mercado chegou a reagir ao anúncio de compra de títulos dos dois países pelo Banco Central Europeu, e abriu o pregão desta segunda-feira em alta. Mas no fechamento os índices viraram. O FTSE MIB da Bolsa de Valores de Milão caiu 2,35%. Na Espanha, o IBEX 35 INDEX recuou 2,44%.

Bolsas asiáticas

Em Tóquio, o índice Nikkei 225 fechou no nível mais baixo desde 17 de março. O índice caiu 2,2% e terminou aos 9.097,56 pontos. Na sexta-feira, a bolsa já havia fechado em queda de 3,72%, ainda repercutindo o pessimismo sobre a crise da dívida dos Estados Unidos e a na Europa.

Em Hong Kong, a Bolsa estendeu as perdas pelo quinto pregão consecutivo e o índice Hang Seng teve queda de 2,2%, aos 20.490,57 pontos.

Na China, as Bolsas tiveram a pior pontuação em mais de um ano, com as preocupações de que as turbulências globais poderão atingir fortemente o país asiático. O índice Xangai Composto caiu 3,8% e terminou aos 2.526,82 pontos, o pior fechamento desde julho de 2010 e maior queda diária porcentual desde novembro. O índice Shenzhen Composto baixou 4,4% e encerrou aos 1.113,37 pontos.

O yuan se valorizou em relação ao dólar, após o rebaixamento da nota dos EUA. Isso fez com que o Banco Central chinês rebaixasse a taxa de paridade central dólar-yuan para o seu recorde histórico (de 6,4451 yuans para 6,4305 yuans).

Bolsas no mundo

A queda nos mercados acionários começou mais cedo, em bolsas de menor expressão, e antes do anúncio do BCE. No pregão de domingo, o primeiro dia útil em Israel, a bolsa de valores local fechou em forte baixa de 6,99%. Mais cedo, no início do pregão, a bolsa de Israel entrou em circuit breaker (quando as operações são suspensas), ao abrir os negócios despencando 6,5%.

A Bolsa da Arábia Saudita, a primeira a operar após o rebaixamento dos EUA, na sexta-feira à noite, fechou o domingo praticamente estável, em leve alta de 0,08%. No sábado, o pregão pós-rebaixamento, o mercado local havia caído 5,4%.

Fonte: IG