quinta-feira, 6 de outubro de 2011

SAFRA DE GRÃOS EM 2011 DEVERÁ SER 6,6% MAIOR QUE A DE 2010

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve chegar a 159,4 milhões de toneladas e ser 6,6% maior que a safra recorde, colhida em 2010 (149,7 milhões de toneladas). De acordo com a nona edição do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), a área a ser colhida em 2011 deve chegar a 48,6 milhões de hectares. Esse resultado apresenta acréscimo de 4,5%, em comparação aos números do ano passado.

Arroz, milho e soja – as três principais culturas que juntas representam 90,5% do volume da produção nacional – respondem por 82,5% da área a ser colhida.

Em comparação com agosto, a projeção de safra de setembro é 0,3% maior. Entre os 25 produtos selecionados, 14 apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior, com destaque para o algodão herbáceo em caroço (73,1%), o amendoim em casca primeira safra (25,9%), a mamona em baga (38,9%), o feijão em grão primeira safra (28,2%), o arroz em casca (19,0%), e a batata-inglesa primeira safra (13,5%).

Entre os que registraram variação negativa estão principalmente o amendoim em casca segunda safra (37,9%), o trigo em grão (15,7%), a aveia em grão (11,9%), o feijão em grão terceira safra (7,3%), o café em grão (7,2%) e a cana-de-açúcar (5,4%).

Em comparação com 2010, houve aumento na estimativa de produção para todas as regiões: Norte (9,3%), Nordeste (29%), Sudeste (1%), Sul (4%) e Centro-Oeste (6,3%). Além disso, a expectativa é que, em 2011, o Paraná e Mato Grosso apresentam a mesma participação na produção nacional de grãos (19,6%). Em termos absolutos, a safra paranaense deve ocupar a primeira posição e a de Mato Grosso, a segunda.

No Sul, a produção deve somar 66,8 milhões de toneladas; no Centro-Oeste, 55,8 milhões de toneladas; Sudeste, 17,2 milhões de toneladas; Nordeste, 15,2 milhões de toneladas e no Norte, 4,4 milhões de toneladas.

Fonte: Correio do Brasil

VIDA DE DILMA ROUSSEFF PODERÁ VIRAR DOCUMENTÁRIO NA BULGÁRIA

O diretor de cinema búlgaro Viktor Trapkov tem uma história que renderia um bom roteiro de filme, mas decidiu se debruçar sobre um outro relato de vida, que se assemelha bastante ao seu próprio: o de Dilma Rousseff. Assim como o pai da presidente, o pai de Trapkov deixou o país do leste europeu para tentar a sorte no Brasil. Segundo contou em entrevista à Deutsche Welle em Sófia, capital búlgara, as filmagens para o documentário, que deve ficar pronto até o fim do ano, começaram com a visita de Dilma à Bulgária.

"Somos um país pequeno. Eu acho que todo mundo aqui sente como se a Dilma fosse um de nós", disse o diretor. Trapkov viveu no Brasil entre 1990 e 2000, e teve a ideia do documentário a partir de uma biografia da presidente brasileira, lançada em búlgaro na segunda-feira. Ele contatou um jornalista búlgaro que entrevistou a presidente e a ideia tomou forma.

"Tenho certeza que poucos no Brasil conhecem a Bulgária como um país. A mesma coisa com os búlgaros, que conhecem o Brasil do carnaval e do futebol. E agora, o de Dilma", diz Trapkov. Ele quer contar como a família Rousseff superou as dificuldades por que passou o país. "A Bulgária passou por muitos problemas. E num momento aconteceu uma coisa bonita dessas: essa mulher, com uma pequena parte do sangue búlgaro que tem, virou a presidente do Brasil."

O pai de Trapkov também deixou a Bulgária para vir ao Brasil. Já formado em Cinema em Moscou, na Rússia, o jovem diretor chegou a São Paulo com US$ 80 no bolso, sem falar português, e, com a ajuda de uma atriz, colocou anúncios no rádio para achar o pai. Um amigo dele ouviu e pai e filho puderam se encontrar. Por sua história pessoal e vivência no Brasil, Trapkov sente que conhece a alma brasileira e que pode compreender a história de Dilma.

"Eu quero perguntar a ela, um dia eu irei: O que ela acha que o pai dela deu para ela? Pode ser que tenha dado a calma, pode ser que nunca tenha falado nada das dificuldades que ele teve aqui na Bulgária. É uma história muito forte...", diz Trapkov. Seu plano é filmar toda a visita da presidente a Gabrovo, terra natal do pai, nesta quinta-feira, e depois gravar cenas onde o pai dela viveu no Brasil.

"Durante a visita dela aqui, queria mostrar os olhos dela, as emoções, como ela se sentiu. Porque tenho certeza que ela sente alguma coisa diferente aqui - ela sabe algumas histórias da família daqui, e isso emociona", disse o diretor. "E, se Deus quiser, e Dilma também, eu queria mostrar em alguma parte do filme como ela vai ver tudo isso. Queremos mostrar esse documentário para o público na Bulgária e no Brasil."

Fonte: Jornal do Brasil

ABISMO SOCIAL E CRIMINALIDADE PODEM GERAR ESTADOS FALIDOS NA AMÉRICA CENTRAL

O abismo social e a exclusão, bem como a onda de criminalidade e o narcotráfico, podem levar os países da América Central a um colapso, alerta um relatório elaborado por uma rede de entidades de pesquisa divulgado na Guatemala.

"Já chamam a atenção a vulnerabilidade e as ameaças aos Estados, que se enfraquecem ou degradam, e que podem levar vários países a se tornarem Estados falidos", indicou o especialista costa-riquenho Miguel Gutiérrez ao apresentar o estudo, destacando que as "luzes estridentes" desse fenômeno provêm primeiramente de Honduras, seguido de Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Panamá e Costa Rica.

Gutiérrez comentou que os países mais afetados pela pressão social são os que têm a menor taxa de arrecadação fiscal em relação a seu Produto Interno Bruto (PIB).

O estudo, baseado em dados oficiais, foi elaborado com o apoio dos governos da Espanha e Dinamarca, a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) e a Transparência Internacional.

"A região é afetada pelas mudanças climáticas, insegurança e violência, que convergem em uma série de ameaças que colocam em risco o futuro e que, provavelmente, nos levará a Estados degradados", comentou a coordenadora do relatório, a costa-riquenha Evelyn Villarreal.

"A América Central é considerada a região mais violenta do mundo, superando, inclusive, zonas em guerra. Tem níveis de assassinato maiores do que em tempos de guerra", que enlutaram o istmo, lamentou.

"A região vive a situação mais difícil e complexa dos últimos 20 anos, porque está muito vulnerável aos problemas de pobreza, violência e exclusão social", assinalou Evelyn. "Há retrocessos e crises políticas que acreditava-se terem sido superadas, como golpes de Estado (Honduras), fraudes eleitorais (Nicarágua) e acusações de assassinato de presidentes (Guatemala)."

Houve, no entanto, avanços na região, como a ampliação da cobertura do ensino e de saúde, e a redução das mortalidades infantil e materna. A crise econômica mundial de 2008-2009 não teve o impacto previsto.

Os pesquisadores concordaram que, para evitar a crise, são necessários "pactos políticos duradouros" que incluam o setor privado.

Fonte: AFP

PARA MINISTRO DA JUSTIÇA SOMENTE AÇÕES INTEGRADAS DIMINUIRÃO A VIOLÊNCIA NO BRASIL

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (6) que o país precisa ter ações mais integradas e efetivas para a redução da violência. Para ele, a impunidade é um dos principais aspectos a serem combatidos. O ministro destacou também a necessidade de se criar unidades específicas para a investigação de homicídios em cada estado, além de se agilizar processos judiciais.


Dados sobre homicídios, divulgados pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), mostram que o Brasil tem a terceira maior taxa desses crimes na América do Sul, com 22,7 casos para cada 100 mil habitantes. O país fica atrás apenas da Venezuela (49) e da Colômbia (33,4).

“São grandes os desafios que todos aqueles que governam, seja no âmbito federal ou estadual, têm o dever de enfrentar de forma conjugada, superando entraves políticos e buscando soluções necessárias para a sociedade brasileira”, ressaltou após participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência e com EBC Serviços.

O fornecimento de equipamentos que permitam ações periciais mais céleres é uma das medidas para acabar com a impunidade, segundo Cardozo.

Fonte: Agência Brasil

USP VOLTA A CONFIGURAR ENTRE AS 200 MELHORES UNIVERSIDADES DO MUNDO

A Universidade de São Paulo volta a ocupar posição entre as 200 melhores universidades do mundo no ranking da THE (Times Higher Education), um dos mais respeitáveis internacionalmente. Após figurar em 232º no ano passado, está agora em 178º.

É a única universidade da América Latina na elite do ensino superior mundial. O resultado foi antecipado pela Folha.com ontem.

A Unicamp perdeu posições. Em 2010, ocupava o 248º lugar. Aparece agora no 286º. A THE não divulga a posição das universidades além do 200º lugar, mas é possível conhecer a alteração da Unicamp por meio do aplicativo para Iphone do estudo.

A americana Harvard, que liderava a lista desde sua criação, há oito anos, perdeu sua posição para o Instituto Tecnológico da Califórnia.

Editoria de Arte/Folhapress 

Segundo Phil Baty, responsável pelo ranking, a USP avançou principalmente no campo das pesquisas. "Há mais trabalhos publicados no exterior e a universidade foi capaz de atrair dinheiro para realizá-los. Além disso, melhorou sua reputação."

Sobre a Unicamp, Baty disse que ela manteve o nível de 2010, mas foi superada por outras porque aumentou a concorrência no pelotão que fica abaixo do 200º lugar.
O ranking da THE é feito a partir de 13 critérios. São considerados a relação professor/aluno, percentual de doutores, internacionalização (número de professores e alunos estrangeiros), pesquisa (desenvolvimento de produtos e conhecimento) e citações.

"Para estar na elite é preciso produzir conhecimento relevante para o mundo. Não basta formar bons profissionais", afirma Baty.

O salto da USP tinha sido apontado em outros rankings, como Webometrics, Academic Ranking of World Universities (Xangai) e QS.

Eles têm critérios diferentes, mas estar bem posicionado significa prestígio e mais facilidade na hora de obter financiamento e doações.

DESTAQUES

Os EUA continuam a dominar o ranking, com 75 universidades entre as 200 melhores --7 das 10 primeiras.

Em segundo lugar aparece o Reino Unido, com 32 entre as 200 e 3 entre as 10 mais. Os emergentes Coreia do Sul e China aparecem, cada um, com três instituições na lista.
A Suíça é o primeiro país de língua não inglesa a aparecer no ranking, com o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, em 15º lugar.

A língua ajuda a atrair professores e alunos de fora, na divulgação de trabalhos e no reconhecimento mundial.

Mas o que mais uma vez fica claro é que dinheiro faz a diferença. As dez melhores são universidades ricas, que cobram mensalidade e recebem muita verba dos governos e da iniciativa privada para realizar pesquisas.

"O dinheiro é fundamental. É ele que permite contratar os melhores profissionais, manter boas instalações e fazer pesquisas", diz Baty.

Fonte: Folha

FÉRIAS COLETIVAS FAZEM CAIR EM 20% A PRODUÇÃO DE AUTOMÓVEIS NO BRASIL

A produção de veículos montados em setembro no Brasil ( 261.184 unidades) recuou 19,7% na comparação com o mês anterior e 6,2% ante igual período no ano passado.

Os dados divulgados nesta quinta-feira pela Anfavea (associação das montadoras) refletem as férias coletivas dadas pelas empresas para reduzir os estoques de carros nos pátios.

Na fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, por exemplo, os funcionários pararam de trabalhar em 12 de setembro e só retornam ao trabalho no dia 10 deste mês.

Na unidade da Fiat em Betim (MG), serão dez dias de folgas para 2.000 empregados a partir da próxima segunda-feira (10).

Os estoques de veículos haviam atingido o equivalente a 37 dias de vendas em agosto, o maior período desde novembro de 2008 (56 dias), no auge da crise econômica mundial. Os dados de setembro serão divulgados hoje pela Anfavea.

No acumulado dos nove primeiros meses deste ano (2,604 milhões), houve alta de 3,3% na produção no confronto com o mesmo intervalo em 2010.

A entidade passou a divulgar, a partir de maio, dados apenas de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões montados, pois o critério de unidades desmontadas não era uniforme entre as empresas que repassam as informações.

EXPORTAÇÕES

As exportações de veículos montados somaram 44.646 em setembro, com uma redução de 0,5% em relação ao mês anterior e de 1,5% no confronto anual. No acumulado do ano (385.966), houve um incremento de 4,4%.

O número de empregados nas montadoras somou 125.527 trabalhadores ao final do mês passado, superando o patamar contabilizado em agosto (125.300, dado revisado).

Levando em conta também os funcionários em fabricantes de máquinas agrícolas, a indústria empregava 145.127 pessoas, também acima dos 144.688 registrados no mês anterior. (dado revisado).

VENDAS

As vendas de veículos novos (311.648 unidades) recuaram 4,9% ante agosto, mas apresentaram alta de 1,5% no confronto com o mesmo mês no ano passado, sendo o melhor setembro da série histórica.

No acumulado do ano (2,683 milhões), houve acréscimo de 7,2%, com os emplacamentos batendo novo recorde.

No dia 15 de setembro, o governo federal anunciou a elevação de 30 pontos percentuais nas alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos que tenham menos de 65% de conteúdo nacional. Antes, o tributo variava de 7% a 25% e, com a medida para fortalecer a indústria local, passou para 37% a 55%.

As montadoras instaladas no país, vale lembrar, respondem por mais de 75% dos carros importados, mas apenas uma pequena parte desses veículos terá aumento de preço devido à elevação na alíquota do imposto.

Todos os carros trazidos ao Brasil por Fiat, Renault e Nissan vêm do Mercosul ou do México, com os quais o país tem acordos automotivos. Por isso, não haverá impacto da medida governamental.

Na GM, que lidera o ranking de importadores, os produtos que vêm de Austrália (Omega), Canadá (Camaro) e Estados Unidos (Malibu) representam menos de 1% das vendas, considerando os emplacamentos no acumulado deste ano até agosto.

Os percentuais também são baixos na Peugeot (3,0%), na Toyota (4,5%) e na Citroën (6,7%).

Fonte: Folha

POUPANÇA TEM A SEGUNDA MELHOR CAPTAÇÃO DO ANO EM SETEMBRO

Os depósitos feitos em caderneta de poupança ao longo de setembro superaram os saques em R$ 4,179 bilhões. Esse foi o segundo melhor mês de captação líquida em 2011, atrás somente de julho, quando a diferença alcançou R$ 6,097 bilhões.

Impulsionado também por R$ 2,499 bilhões em créditos de rendimento, o saldo das cadernetas fechou setembro em R$ 408,441 bilhões. No fim de agosto, o estoque de depósitos nessa modalidade era de R$ 401,763 bilhões.

As instituições financeiras que direcionam os recursos a crédito imobiliário, entre elas a Caixa Econômica Federal, captaram liquidamente R$ 2,803 bilhões no mês.

Numericamente, elas representam a maioria das que recebem depósitos em poupança. Os bancos que aplicam os recursos no crédito rural, como o Banco do Brasil, por exemplo, receberam em novos depósitos R$ 1,376 bilhão a mais do que pagaram em saques aos poupadores.

No primeiro segmento, chamado de Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), o saldo das cadernetas encerrou setembro em R$ 323,468 bilhões. O estoque da poupança rural, por sua vez, atingiu R$ 84,973 bilhões.

Fonte: IG

FMI AFIRMA QUE CRISE GLOBAL É RISCO PARA A AMÉRICA LATINA

Embora a crise econômica global mais recente sinalize problemas "potencialmente severos" para a América Latina, o resultado mais provável é que ocorra apenas um pequeno declínio nas taxas de crescimento da região, à medida que os preços das commodities e o aperto da liquidez global declinem de seus níveis já elevados, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório divulgado nesta quarta-feira, 5. O Fundo disse também que países como o Brasil e o Peru, que são grandes produtores de commodities, enfrentarão problemas potencialmente mais graves que outras economias da região, se o boom dos preços das commodities de anos de duração acabar subitamente. 

Segundo o Relatório Econômico Regional sobre o Hemisfério Ocidental, o México, por exemplo, e alguns países da América Central, poderiam ver uma maior desaceleração econômica, dado seus "fortes vínculos econômicos com os EUA". 

"Apesar de revisões em baixa para o crescimento nos EUA e outras economias avançadas, a previsão (para América Latina e do Caribe) é somente levemente menos favorável que o projetado em abril de 2011", disse o Fundo.

O FMI afirmou que o crescimento da região em 2011 deverá ser de 4,5%, ante a previsão de alta de 4,7% apontada pelo relatório de abril. Para o próximo ano, a economia da América Latina deverá crescer 4%, menos do que a expansão de 4,2% prevista anteriormente. 

Mas o FMI não espera que isso ocorra. "Nós ainda temos como nossa base uma situação em que a liquidez global e os preços das commodities continuarão a ser, como nós já falamos, os ventos favoráveis para a região", disse o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Nicolas Eyzaguirre. "No entanto, eles serão um pouco mais fracos do que no passado recente".

Segundo o Fundo, países da Ásia emergente poderiam mostrar uma relativa resistência em evitar uma queda acentuada dos preços das commodities, o que deverá mantê-los nos seus níveis elevados atuais.

Mas um risco que a crise financeira mundial representa para a América Latina é que ela ainda está desenvolvendo, disse o FMI. "A falta de uma solução definitiva para a crise na Europa pode piorar a confiança e as condições do mercado de crédito global, com repercussões para os mercados emergentes."

Fonte: Estadão

VENDAS NO CENTER NORTE CAÍRAM 60% COM A INTERDIÇÃO

Os prejuízos do fechamento do shopping Center Norte só serão conhecidos quando a situação for normalizada. Conforme informações de vendedores, após o anúncio de que o empreendimentos poderia ser fechado, as vendas caíram cerca de 60%. As associações que representam lojistas e os shoppings ainda não conseguiram estimar o tamanho do impacto econômico.

De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), trata-se do terceiro maior shopping em tamanho e faturamento de São Paulo, ficando atrás apenas dos empreendimentos Aricanduva e Iguatemi, além de um dos mais importantes do Brasil. "O faturamento não acontece nos dias em que o shopping fica parado. Não temos estimativas do prejuízo, pois não sabemos quantos dias o empreendimento ficará fechado", justifica o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.

Ele acrescenta que a situação não agrada ninguém, pois todos são prejudicados: consumidores, funcionários, lojistas e o proprietário do shopping. Os trabalhadores cuja parte da renda é obtida por meio de comissionamento deixam de receber esta parcela, pois sem movimento não há venda. Consequentemente, os proprietários das lojas não têm faturamento.

Por conta disso, está previsto, segundo Nabil, um possível acordo entre lojistas e o shopping para que seja negociado o pagamento do aluguel. "Estamos analisando e estudando. Devemos ter uma reunião, mas não há nada previsto. Isso deve acontecer nos próximos dias. Estamos aguardando os acontecimentos jurídicos", explica ele.

Nabil esclarece que cada loja está adotando uma medida de contingência. Algumas estão concedendo férias para os funcionários, outras transferindo os empregados ou mantendo seus colaboradores em casa até que se obtenha uma definição total do caso. O Center Norte tem cerca de 331 lojas e cerca de 6 mil trabalhadores diretos. Até o momento, somente o Carrefour se manifestou, alegando que "está acompanhando o caso e tomando as providências cabíveis".

Em nota, a rede de supermercados informou que, apesar de o Center Norte ter informado que "vem desenvolvendo ações de gerenciamento ambiental de sua área", o Carrefour notificou o estabelecimento exigindo laudo realizado por empresa especializada, inclusive pela Cetesb, atestando que a área onde está situado está isenta de qualquer contaminação e livre de qualquer risco. "Como não obteve retorno sobre a real situação da área, o Carrefour já contratou uma consultoria ambiental e uma empresa especializada em realizar medições de áreas, e, se necessário, remediações, que prestarão todo suporte à empresa na condução do caso".

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que a entidade não se pronunciará, pois não tem dados sobre o faturamento do Center Norte. Não há, inclusive, projeções do impacto para o próprio setor, cujos dados mais recentes apontam crescimento de 11,69% no primeiro semestre deste ano. O índice de expansão para 12% em 2011 está mantido. Em 2010, o setor de shopping centers apresentou faturamento de cerca de R$ 87 bilhões. "A Abrasce não está se envolvendo. É um caso isolado", informou a sua assessoria de imprensa.

Os números do shopping também não são abertos. Consultada, a assessoria de imprensa do Center Norte disse que também ainda não há estimativas sobre o prejuízo.

O Center Norte foi fechado nesta manhã em razão do risco de explosão por emissão de gás metano e deve reabrir nos próximos dias, segundo o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. No entanto, a reabertura do shopping center depende da manifestação favorável da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Consultadas, Hering, Lojas Renner e Saraiva, que possuem lojas no Center Norte, não comentaram o tema até o fechamento desta reportagem.

Mudanças

O shopping informou também que acelerou os trabalhos para a instalação de todos os sistemas de exaustão do metano localizado no solo do empreendimento, conforme foi acordado no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público e a Cetesb na semana passada.

Segundo o documento, foram instalados mais dez drenos integrados a nove máquinas a vácuo, em áreas estratégicas do local, dois a mais que o estabelecido no TAC, totalizando 11 drenos. "A intenção do Center Norte é antecipar o prazo estabelecido pelo Ministério Público, que vence no dia 17 de outubro. A instalação dos sistemas de mitigação de gases é uma das exigências da Cetesb e integra o plano de gerenciamento ambiental da área", informou o shopping.

Além disso, no comunicado, o Center Norte destacou que está cumprindo as demais exigências do TAC e da Cetesb, tal como o monitoramento diário de toda a área do empreendimento. "Deste modo, está garantida a segurança dos frequentadores, lojistas e funcionários", diz o shopping.

Com o cumprimento das determinações dos órgãos públicos, o shopping espera poder voltar a funcionar o "mais breve possível", finaliza o empreendimento no comunicado.

Fonte: Estadão

MÉXICO PRENDE NOEL SALGUEIRO NEVAREZ

As forças de segurança mexicanas anunciaram nesta quarta-feira a prisão de um homem acusado de ser um dos chefes de um dos mais poderosos cartéis de drogas do país.

Noel Salgueiro Nevarez (à dir.) - Foto: AP
Noel Salgueiro Nevarez, 54, apelidado de "El Flaco Salgueiro", é suspeito de comandar as operações do cartel de Sinaloa no norte do Estado de Chihuahua, um dos mais afetados pela onda de narcoviolência no país.

Um porta-voz do Ministério da Defesa acusou Salgueiro de responsabilidade em grande parte dos episódios de violência ocorridos na conflagrada Ciudad Juarez.

O porta-voz afirmou também que Salgueiro comandava uma gangue que extorquia comerciantes de Ciudad Juarez, praticava sequestros para financiar o tráfico e torturava e matava membros do cartel rival Juarez.

Só no ano passado, os duelos entre as duas gangues são apontados como responsáveis pela maioria dos 3 mil assassinatos registrados na cidade.

Recompensa

O governo mexicano oferecia uma recompensa de 3 milhões de pesos (R$ 405 mil) para quem fornecesse informações sobre Salgueiro, que chegou a fazer parte da lista de pessoas mais poderosas do mundo da revista Forbes, dois anos atrás.

O Exército do país disse que a prisão do suspeito foi feita em uma operação premeditada, e autoridades afirmaram que a detenção pode enfraquecer a atuação do cartel.

Fonte: BBC Brasil

BRASIL É O TERCEIRO NO RANKING DE HOMICÍDIOS NA AMÉRICA DO SUL

O Brasil detém o terceiro maior índice de homicídios na América do Sul, atrás da Venezuela e da Colômbia, segundo um relatório da Agência da ONU para Drogas e Crime divulgado nesta quinta-feira.

A agência afirma que houve no Brasil 43.909 homicídios em 2009 (ano mais recente para o qual há estatísticas), fazendo com que o país tenha uma taxa de 22,7 homicídios por 100 mil habitantes.

Na América do Sul, o índice só é inferior ao da Venezuela (49 por 100 mil) e ao da Colômbia (33,4). O Brasil é seguido no ranking por Guiana (18,4), Equador (18,2) e Guiana Francesa (14,6). Já os países com as menores taxas de homicídios na região são Chile (3,7), Peru (5,2), Argentina (5,7) e Uruguai (6,1).

O relatório revela ainda que, na contramão da maioria dos países da Ásia, Europa e América do Norte, que desde 1995 vêm registrando uma redução nas taxas de homicídio, a América Central e o Caribe têm verificado um aumento nesses índices e hoje se aproximam de um cenário de "crise".

Nos últimos cinco anos, segundo a agência, as taxas de homicídios cresceram em cinco dos oito países centro-americanos, sendo que em algumas nações elas mais do que dobraram.

O relatório atribui o aumento a flutuações no tráfico de cocaína na região e à competição entre grupos rivais de traficantes, particularmente quando há queda no fluxo de drogas.

“Para impor sua autoridade, marcar território ou desafiar autoridades, grupos criminosos organizados também usam violência letal indiscriminada que pode não ser atribuída diretamente ao tráfico de drogas, mas resultou, nos últimos anos, no assassinato de numerosos representantes do Estado, funcionários eleitos e agentes de segurança, assim como membros gerais do público”, diz a agência.

Conflitos armados

Os maiores índices de homicídio na América Central e no Caribe foram registrados em Honduras (82,1), El Salvador (66), Jamaica (52,1) e Belize (41,7).

O México, palco de numerosos assassinatos relacionados ao narcotráfico nos últimos anos, ostenta índice bastante inferior aos desses vizinhos, de 18,1 mortes por 100 mil habitantes. Isso ocorre porque, ainda que as taxas de homicídios sejam especialmente elevadas no norte do país, em outras regiões elas são bem mais baixas.

Os índices de homicídios na América Central são bastante superiores aos de países que vivenciam ou vivenciaram conflitos armados ou catástrofes naturais recentemente, como Haiti (6,9), Iraque (2) e Afeganistão (2,4).

O estudo afirma, no entanto, que a falta de dados históricos sobre homicídios no Afeganistão e no Iraque impede que se descubra se há tendência de aumento ou redução dos índices nesses países.

Já o sul e oeste da Europa concentram algumas das taxas mais baixas de homicídio do mundo, com destaque para Mônaco (0 morte por 100 mil), Áustria (0,5) e Eslovênia (0,6).

Fonte: BBC Brasil

GATES AFIRMA QUE SENTIRÁ FALTA DE STEVE JOBS

O cofundador e chairman da Microsoft, Bill Gates, deu adeus ao amigo de longa data e concorrente Steve Jobs nesta quarta-feira, usando as próprias palavras do cofundador da Apple em sua homenagem.

O cofundador e chairman da Microsoft, Bill Gates, participa de um evento em Davos, na Suíça, em janeiro. Ele disse nesta quarta-feira que sentirá uma falta
"Para aqueles de nós que tivemos a sorte de trabalhar com ele, foi uma honra loucamente grande", disse Gates em comunicado enviado por e-mail. "Vou sentir falta de Steve imensamente."

"Loucamente grande" era uma das expressões favoritas de Jobs. "O mundo raramente vê alguém que teve o impacto profundo que teve Steve, cujos efeitos serão sentidos por muitas gerações", disse Gates.

Gates, de 55 anos, e Jobs, 56, foram figuras semelhantes no desenvolvimento inicial de computadores pessoais nas décadas de 1970 e 1980. Eles se tornaram amigos e concorrentes ferozes.

"Steve e eu nos conhecemos há quase 30 anos, e fomos colegas, concorrentes e amigos ao longo de mais de metade de nossas vidas", afirmou Gates.

"Estou verdadeiramente triste ao saber da (sua) morte", disse ele. "Melinda e eu enviamos nossas sinceras condolências à sua família e aos amigos, e a todos que Steve tocou através de seu trabalho."

Fonte: Reuters

MORRE STEVE JOBS - 1955-2011

Steve Jobs, cofundador e ex-CEO da Apple, considerado um dos maiores executivos norte-americanos da sua geração, morreu nesta quarta-feira aos 56 anos, após uma longa batalha pública contra o câncer e outras doenças.

A morte foi anunciada pela Apple em um comunicado na noite desta quarta-feira. A página inicial do site Apple.com traz uma foto dele em preto e branco, com as palavras: "Steve Jobs, 1955-2011".

Esse ícone do vale do Silício, que deu ao mundo o iPod e o iPhone, havia renunciado em agosto ao cargo de presidente-executivo da maior empresa mundial de tecnologia, entregando as rédeas a Tim Cook.

Consumido por uma forma rara de câncer do pâncreas, ele era visto como o coração e a alma de uma companhia que rivaliza com a Exxon Mobil como a mais valiosa da América.

"O brilho, a paixão e a energia de Steve foram a fonte de inovações incontáveis que enriqueceram e melhoraram todas as nossas vidas. O mundo é imensamente melhor por causa de Steve", disse a Apple em nota anunciando o falecimento.

"Seu amor maior era por sua esposa, Laurene, e sua família. Nossos corações estão com eles e com todos que foram tocados por seu talento extraordinário."

A saúde de Jobs há anos era motivo de polêmica. Sua luta contra o câncer causava imensa preocupação aos fãs de Jobs e também aos investidores e membros do conselho da Apple -- alguns dos quais, nos últimos anos, já confidenciavam aos amigos sobre suas preocupações de que Jobs, na busca por privacidade, não estivesse sendo suficientemente transparente com os diretores a respeito do seu real estado de saúde.

Agora, apesar da confiança dos investidores em Cook, que já substituíra o chefe durante três afastamentos, permanecem as preocupações sobre a capacidade da empresa em continuar sendo uma força criativa nos próximos anos, sem ter à frente o seu visionário fundador.

A notícia provocou uma imediata efusão de solidariedade. Bill Gates, fundador da Microsoft, disse que sentirá "imensamente" a falta de Jobs.

APPLE, NEXT, IPHONE

Jobs era budista, filho de pais adotivos, e não concluiu a faculdade. Ele criou a Apple Computer com seu amigo Steve Wozniak no final da década de 1970. Logo a empresa lançaria o computador Apple 1.

Mas foi o Apple II que se tornou um enorme sucesso e deu à Apple um lugar essencial na então nascente indústria dos computadores pessoais, culminando, em 1980, com uma oferta pública inicial de ações que deixou Jobs milionário.

Apesar do subsequente sucesso do Mac, a relação de Jobs com os diretores e conselheiros se degenerou. A empresa cassou a maioria dos seus poderes, e o demitiu em 1985.

A Apple entrou em declínio a partir de então. Até que, em 1997, adquiriu a Next, uma empresa de computadores que Jobs criou após deixar a Apple. Jobs estava de volta, e no mesmo ano se tornaria CEO interino. Em 2000, a empresa retirou o "interino" do título.

Em meio a tudo isso, Jobs também conseguiu revolucionar a animação computadorizada com a sua outra empresa, a Pixar. Mas foi o iPhone, em 2007, que colocou de vez o seu legado na história da tecnologia moderna.

Dois anos antes de lançar a engenhoca que transformaria para sempre a maneira como as pessoas de todo o mundo acessam e usam a Internet, Jobs falou sobre como a sensação de mortalidade era um importante motivador para essa visão.

"Lembrar que logo estarei morto é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas da vida", disse Jobs durante uma cerimônia de formatura em Stanford em 2005.

"Porque quase tudo -- todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo do constrangimento e do fracasso --, essas coisas simplesmente desmoronam diante da morte, deixando apenas o que é realmente importante."

"Lembrar que você vai morrer é a melhor forma que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você não tem nada a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração."

Fonte: Reuters