quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ESCÂNDALOS E PESQUISAS NEGATIVAS ESPANTAM ALIADOS TUCANOS

O escândalo de distribuição de propinas para a campanha tucana, personificado no engenheiro Paulo Vieira de Souza, mais conhecido com Paulo Preto, apontado como arrecadador do PSDB e acusado pelos próprios tucanos de sumir com dinheiro da campanha, se transformou em um ponto secundário na lista de preocupações do alto-comando da campanha de José Serra. A permanente distância entre ele e a candidata Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de opinião, na ordem de 12 a 14 pontos percentuais, acentuou a debandada de aliados e patrocinadores do esforço liderado pela aliança dos partidos da direita para chegar ao Planalto, na reta final do segundo turno.

Segundo cálculos do comitê eleitoral de Serra, o custo total da campanha gira em torno dos R$ 90 milhões, sendo R$ 70 milhões gastos apenas no primeiro turno. O que foi gasto, no entanto, não é o mesmo que foi arrecadado. Tanto o escândalo quanto a queda persistente nas pesquisas, segundo integrantes do comitê financeiro de Serra, espantaram os colaboradores.

– Muitos prometeram ajudar, mas até agora não pagaram – lamentou com jornalistas um tucano de alta plumagem, diante de um volume de contas, vencidas e a vencer, que beira os R$ 100 milhões.

As finanças do partido são assunto para as várias reuniões dos colaboradores do candidato tucano, desde a noite passada. Entre os organizadores da campanha ainda resta a esperança de que milhares de cartas enviadas a pequenos e médios empresários possa render algo perto de R$ 900 mil até domingo.

Se Paulo Preto e os cerca de R$ 4 milhões desviados da campanha, juntos com a debandada de colaboradores financeiros e a perda de apoio político na base se transformaram no centro das preocupações tucanas, o real pesadelo do candidato se chama: feriadão. Serra pediu que os seus eleitores, geralmente com maior poder aquisitivo e condições para viajar no fim de semana prolongado que começa nesta sexta-feira, troquem o feriadão “por um feliz Ano Novo”.

Otimista, no entanto, o candidato reservou parte dos recursos para uma festa de comemoração da vitória, no próximo dia 31, embora não saiba ainda se o local escolhido será a praça da República, a praça da Sé ou o Vale do Anhangabaú, na capital paulista.

Fonte: Correio do Brasil

SERRA É DO BEM!

MORRE NÉSTOR KIRCHNER

O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, de 60 anos, morreu nesta quarta-feira, 27, em El Calafate, no sul do país.


Kirchner, que sofria de problemas cardíacos, teve uma parada cardiorespiratória nesta madrugada. Ele foi levado a um hospital na cidade turística de El Calafate, na província de Santa Cruz, mas não resistiu. Hoje é feriado do censo no país, quando os argentinos devem ficar em casa para responder as perguntas dos recenseadores.

Kirchner era cotado para suceder sua mulher, a presidente Cristina Kirchner, como candidato do governo nas eleições do ano que vem. Ele também exercia o cargo secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e de deputado federal pelo Partido Justicialista (peronista), além de ser líder do seu bloco.

O ex-presidente, que governou a Argentina de 2003 a 2007, já havia sido internado por problemas de saúde duas vezes este ano. Na última, em setembro, foi submetido a uma angioplastia.

Segundo o jornal argentino Clarín, o governo ainda estuda se realiza o velório no Congresso Nacional, em Buenos Aires, ou em Río Gallegos, terra natal do ex-presidente.

Carreira política

Kirchner ganhou projeção nacional ao se tornar governador da província de Santa Cruz, por dois mandatos na década de 90.

Após a renúncia do presidente Fernando de La Rua (1999-2001), devido a uma grave crise econômica, a presidência do país foi assumida por Eduardo Duhalde, responsával por completar o mandato até 2003.

Nas eleições de abril daquele ano, Kirchner saiu como candidato da Frente para a Vitória e ficou em segundo lugar, atrás do ex-presidente Carlos Menem. Antes do segundo turno, Menem desistiu da candidatura e Kirchner foi declarado vencedor.

Durante seu governo, Kirchner conseguiu tirar a Argentina da recessão e antecipar o pagamento de empréstimos ao FMI (Fundo Monetário Internacional), bem como aumentar os salários e pensões e diminuir a pobreza. O mandato de Kirchner também foi conhecido pela reabertura de julgamentos da ditadura argentina (1976-1983).

Em 2007, lançou sua esposa, a então senadora Cristina Kirchner como candidata a sua sucessão, que também foi eleita.

Fonte: Estadão

Sensus: Dilma tem 58,6% das intenções de voto contra 41,4% de Serra

Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transportes) e divulgada nesta quarta-feira (27), aponta a candidata do PT, Dilma Rousseff com 51,9% das intenções de voto contra 36,7% do tucano José Serra. Brancos e nulos totalizaram 4,7% e indecisos, 6,8%.

Na análise apenas dos votos válidos (que excluem nulos e brancos), Dilma ficou com 58,6% ante 41,4% de Serra. A margem de erro é de 2, 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na pesquisa espontânea, em que os candidatos não são identificados aos entrevistados, Dilma teve 50,4% das intenções de votos e Serra obteve 35,7%. Outros nomes citados pontuaram 0,3% e o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva ainda foi citado por 0,2% dos entrevistados. Os votos brancos e nulos somaram 4,6% e os que não sabem ou não responderam correspondem a 8,9%.

Na avaliação do presidente da CNT, a retomada de Dilma nas pesquisas se deve à mudança na discussão entre os candidatos nos últimos dias. “A discussão de valores, como o aborto, perdeu força e voltou a discussão de propostas. Dilma ganhou vantagem com isso”, afirmou.

Realizada entre os dias 23 e 25 de outubro, a pesquisa entrevistou 2.000 eleitores em 24 Estados, com sorteio aleatório de 136 municípios, e foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 37609/2010, no dia 20 de outubro.

Rejeição e expectativa de vitória

Com relação ao índice de rejeição, Serra tem 43% ante 32,5% da ex-ministra-chefe da Casa Civil.

“Essa é a maior rejeição de Serra desde o início da pesquisa deste pleito”, destacou Clésio Andrade, ao comparar o número com o levantamento da CNT/Sensus feito entre 11 e 13 de outubro, quando a rejeição de Serra era de 37,5% contra 35,4% da petista.

Questionados sobre a expectativa de vitória, 69,7% dos entrevistados disseram acreditar que a candidata petista ganharia a eleição presidencial. contra 22,3% acreditam que o tucano seria o vencedor do segundo turno. Indecisos somam 8,1%.

Com relação ao levantamento feito entre os dias 11 e 13, a expectativa de vitória de Dilma aumentou quase 10 pontos percentuais (era de 59,6%) enquanto a do tucano apresentou queda (era 29%), assim como o número de indecisos, que era de 11,4%.

Como a pesquisa foi realizada entre sábado (23) e segunda (25), a repercussão do mais recente debate televisivo entre os presidenciáveis, promovido pela Rede Record no último domingo, não foi medido.

Votos por região

Em comparação com o levantamento da CNT/Sensus feito entre os dias 18 e 19 de outubro e divulgado no último dia 20, a candidata Dilma Rousseff apresentou aumento na expectativa de votos em todas as regiões do país, com exceção do Sul, onde o tucano José Serra ainda mantém a liderança.

No Norte e Centro-Oeste, que representam 15,1% do eleitorado, Dilma obteve 50,7% das intenções de voto contra 40,4% de Serra. No levantamento anterior, Dilma tinha 42,1% contra 52,6% do tucano.

No Nordeste, onde estão 28% do eleitores, Dilma aparece com 66, 3% e Serra com 25,5%. Na avaliação anterior, Dilma tinha 57,5% e Serra, 34,8%.

No Sudeste, onde que concentra 42,4% do eleitorado, Dilma recebeu 48,4% das intenções de votos ante 36,7% de Serra. Na pesquisa passada, Dilma tinha 44,2% e Serra, 41,6%.

E no Sul, que possui 14,6% dos eleitores, o candidato do PSDB cresceu mais: passou de 45,1% para 54%, enquanto Dilma caiu de 38,2% para 35,4%.