quarta-feira, 7 de julho de 2010

IPCA: MENOR INFLAÇÃO DESDE 2006

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A inflação no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês estável, com variação em 0,0%, ficando 0,43 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,43%). Foi o mais baixo IPCA mensal desde junho de 2006, quando ocorreu deflação de 0,21%. Com esse resultado, o acumulado do ano está em 3,09%, o mesmo índice de maio, acima da taxa de 2,57% relativa ao primeiro semestre de 2009. Considerando os últimos 12 meses, o IPCA acumula lata de 4,84%, inferior ao acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (5,22%). Em junho de 2009, a taxa havia ficado em 0,36%.

Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos, cujo movimento de alta, decorrente em grande parte de problemas climáticos neste ano, já havia perdido força no mês de maio, foram os principais responsáveis pela forte desaceleração do IPCA em junho.

Ao passar de 0,28% para -0,90% de um mês para o outro, o grupo alimentação e bebidas teve contribuição de -0,20 ponto percentual, enquanto havia representado 0,06 ponto percentual em maio. Houve queda para os alimentos em todas as regiões pesquisadas, de -0,31% em Belém a -1,43% em Goiânia.

Mas não só o grupo dos alimentos teve influência na desaceleração do IPCA do mês. Os produtos não alimentícios tiveram um aumento menor, passando de 0,48% em maio para 0,27% em junho.

O grupo transporte, com variação de -0,21% e contribuição de -0,04 ponto percentual, foi influenciado pela queda de preços do etanol (de -5,77% em maio para -5,41% em junho) e da gasolina (de 0,01% para -0,76%), além dos automóveis novos (de 0,76% para -0,37%) e usados (de 0,02% para -1,21%). Em alta, as passagens aéreas foram destaque em transporte, ficando 12,57% mais caras, após terem registrado queda de 0,90% em maio.

Também em alta, os cigarros, com variação de 3,70%, em razão de reajuste de preços de um dos fabricantes, se destacaram nas despesas pessoais, que passaram de um aumento de 0,75% em maio para 0,74% em junho e ficaram com a maior variação dentre os grupos, apesar da redução no aumento dos salários dos empregados domésticos (de 1,12% em maio para 0,58% em junho).

Outros itens mostraram menores aumentos de preços de maio para junho, como energia elétrica (de 1,23% para 0,01%), condomínio (de 1,17% para 0,68%) e do grupo vestuário (de 0,91% para 0,58%).

Dentre os índices regionais, os mais baixos foram registrados nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Curitiba (-0,15% em cada uma), puxados pelas quedas nos preços dos combustíveis (de -1,26% e -3,81%, respectivamente). O índice mais alto foi o de Brasília (0,38%), em razão do aumento de 13,44% nas passagens aéreas, gerando contribuição de 0,16 ponto percentual.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do mês, foram comparados os preços coletados de 29 de maio a 28 de junho de 2010 com os preços vigentes entre 29 de abril e 28 de maio.

Fonte: IG


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