terça-feira, 17 de agosto de 2010

LUCRO RECORDE DO BANCO DO BRASIL


O Banco do Brasil (BB) teve lucro líquido de R$ 2,327 bilhões no segundo trimestre, com alta de 13,2% em relação ao mesmo período de 2009. O banco também anunciou ganho de R$ 2,725 bilhões, que inclui vários eventos extraordinários, como a venda de participação na bandeira de cartões Visa e a reversão de provisão para devedores duvidosos.

No semestre, o BB atingiu um lucro líquido de R$ 4,383 bilhões, com alta de 34,9% na comparação com igual período de 2009.

O presidente do BB, Aldemir Bendine, atribui a melhora do resultado à expansão da carteira de crédito e ao aumento de renda da população brasileira. Segundo ele, nos últimos anos foram incorporados ao sistema financeiro 30 milhões de pessoas, que passaram a tomar crédito e usar serviços bancários.

A carteira de crédito total do BB fechou junho em R$ 326,5 bilhões, com crescimento de 29% em 12 meses e de 6,9% ante o primeiro trimestre de 2009. O destaque foi a expansão dos empréstimos para pessoas físicas, que aumentaram 48% em 12 meses. Essa carteira superou a marca histórica de R$ 100 bilhões.

Nesse segmento, ganhou relevância o crescimento da carteira de crédito consignado (37%) e das operações de financiamento a veículos (178%). O forte crescimento das operações de crédito para veículos é influenciado pela incorporação da carteira do Banco Votorantim, banco especializado no segmento.

Sem o Votorantim, a carteira teria crescido 19%. Os dados do banco passaram a ser consolidados no resultado do BB a partir do segundo semestre de 2009. No consignado, a expansão foi influenciada pela compra do banco paulista Nossa Caixa e pelos contratos de exclusividade com prefeituras e governos.

Já nos empréstimos para empresas, o BB fechou junho com saldo de R$ 135,6 bilhões, expansão de 31,2% em 12 meses e de 5,9% sobre o trimestre anterior. Os empréstimos para médias e grandes empresas foram os que mais aumentaram.

Calote

Mesmo com o crescimento do crédito, a taxa de calote caiu no período e voltou para níveis de dezembro de 2008. A taxa de inadimplência, para créditos em atrasos com mais de 90 dias, fechou junho em 2,7%, abaixo dos 3,1% de março e dos 3,3% do mesmo período de 2009.

Bendine projeta nova queda do índice de inadimplência. Para ele, o indicador pode cair para o nível de 2,6%, registrado antes da crise financeira de 2008.

A queda do calote levou o BB a reduzir as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa. No segundo trimestre, essas despesas chegaram a R$ 2,871 bilhões, queda de 5,1% ante o trimestre anterior e de 9,5% comparada com os meses de abril a junho de 2009. Para o executivo, o foco do banco em carteiras menos arriscadas, como consignado, imóveis e financiamento de veículos, explica a melhora dos números.

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 3,954 bilhões no segundo trimestre, evolução de 15,1% ante igual período de 2009. O desempenho foi beneficiado, segundo o BB, pela consolidação de receitas do Banco Votorantim e da Nossa Caixa.

Dentre os serviços oferecidos pelo banco, os que mais renderam receitas foram as operações de crédito e cartões. As tarifas cobradas nos empréstimos e na conta corrente cresceram, respectivamente, 19,8% e 14,1% ante igual trimestre de 2009. A alta ocorreu sem aumento de tarifa, informou o BB.

Expansão do crédito

R$ 326,5 bi foi o saldo da carteira total do banco no primeiro semestre do ano

48% foi quanto aumentou o saldo de empréstimos a pessoas físicas em 12 meses até junho

178% foi o crescimento de financiamentos para veículos

Fonte:Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário