quinta-feira, 11 de novembro de 2010

AO ESTILO SHOW CÔMICO TIRIRICA PROVA QUE SABE LER

O presidente do TRE-SP, Walter de Almei Guilherme, afirmou nesta quinta-feira, 11, que o deputado federal eleito, Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca (PR) - o mais votado por São Paulo, com um total de 1,353 milhão de votos -, será diplomado independente da decisão do processo para comprovar se ele é ou não é alfabetizado. Guilherme afirmou ainda que o palhaço conseguiu ler e escrever o que foi pedido no teste. Indagado se o deputado sabe realmente ler e escrever, o desembargador disse que seria leviano de sua parte se antecipar sobre o assunto. "É o juiz quem vai responder sobre isso."

Werther Santana/AE
Werther Santana/AE
Tiririca acena durante intervalo da audiência no TRE-SP

A assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou pouco depois das 21h15 que o juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, não iria anunciar a sentença nesta quinta-feira, 11. O comediante é acusado de prática de falsidade ideológica em declaração de instrução apresentada à Justiça Eleitoral, na qual garantiu ser alfabetizado. A suspeita do Ministério Público é de que o documento tenha sido preenchido por outra pessoa. Até às 21h20, Tiririca ainda estava no prédio do Tribunal Regional Eleitoral paulista.

Segundo o presidente do TRE-SP, Tiririca se submeteu a um teste de leitura e de escrita nesta manhã, durante audiência na sede do TRE-SP. O deputado se recusou a fazer a perícia técnica para comparar sua escrita com a de sua mulher, que teria ajudado o deputado a preencher a declaração de instrução entregue à Justiça Eleitoral. "Ele se recusou e tem base para recusar", disse o desembargador, ressaltando que Tiririca não é obrigado a criar provas contra si mesmo.

A audiência para essa avaliação ocorre nesta quinta no TRE-SP com a presença do deputado, seu advogado Ricardo Porto, o juiz Aloísio Silveira e o promotor Maurício Lopes, que abriu o processo contra Tiririca pela suspeição de que a declaração em que afirmou ser alfabetizado para concorrer ao cargo de deputado tenha sido preenchida por outra pessoa. Tiririca chegou ao TRE por volta das 9h20 e deixou o tribunal por volta das 12h40, sem falar com os repórteres que fazem plantão no local. Após uma pausa para almoço, audiência foi retomada às 14 horas.

Fonte: Estadão

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