terça-feira, 29 de março de 2011

NOVO TERREMOTO VOLTA A SACUDIR O JAPÃO

Um terremoto de magnitude 6,4 atingiu novamente o nordeste do Japão e foi sentido inclusive em Tóquio, com epicentro no litoral da província de Fukushima, onde se encontra o instável complexo nuclear que alarmou a população do país.

Segundo a Agência Meteorológica do Japão, o tremor ocorreu no início da noite de segunda-feira local (início da manhã desta terça-feira pelo horário de Brasília), tendo epicentro a baixa profundidade sob o leito marinho, perto de Fukushima, uma das províncias mais afetadas pelo terremoto seguidop de tsunami no dia 11 de março.

Mais cedo, o governo japonês admitiu que a situação da crise nuclear é "muito grave" e "imprevisível". No Parlamento, o premiê Naoto Kan recebeu duras críticas pelo que a oposição vê como uma gestão "irresponsável" do desastre.

A discussão chega um dia após o país detectar a presença de plutônio no solo da usina nuclear de Fukushima Nº 1.

Desde sábado a situação na usina de Fukushima se agravou e os trabalhadores da empresa operadora, Tokyo Electric Power Company (Tepco), continuam as tentativas de refrigerar seus seis reatores, sem sucesso.

Nesta terça-feira foram feitas tentativas de drenar a água radioativa que inunda a zona de turbinas perto dos reatores 1, 2 e 3. Este último é o que mais preocupa por conter um combustível que mistura urânio e plutônio, altamente tóxico.

No Parlamento, o premiê japonês foi duramente criticado por não ter aumentado a zona de exclusão, que determina um raio de apenas 20 km em torno da usina em que as pessoas deveriam ser retiradas. O governo também nunca determinou a saída dos habitantes, apenas pediu que deixassem a área de forma voluntária.

"Há algo mais irresponsável do que isso?", disse o opositor Yosuke Isozaki. Em resposta, Kan disse que estava considerando a medida, que exigiria a saída de 130 mil pessoas, além das 70 mil já deslocadas.

Fonte: Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário