Governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo deverá deixar o DEM nos próximos dias e migrar para o PSDdo prefeito paulistano, Gilberto Kassab. Colombo aidna negocia os termos de sua conversão à nova legenda, que tende a engordar com os deputados estaduais que seguirão com ele. O governador catarinense também promoverá uma forte desidratação no DEM de seu Estado com uma revoada de prefeitos das principais cidades. Um de seus interlocutores adianta que o governador promoverá um “arrastão” além dos limites do DEM.
Analistas já prevêem que o DEM sofrerá sua pior derrota no Estado onde, nas eleições, conseguiu um número expressivo de cadeiras nos parlamentos estadual e federal. A previsão é de que a regional catarinense do PSDnascerá maior do que o DEM estadual, porque o governador trabalha para levar à nova sigla quadros de outros partidos no arco da direita, como ocorre em Estados como São Paulo e Bahia. A saída de Colombo é encarada por dirigentes do próprio DEM como uma o golpe certeiro na sobrevivência do partido de extrema-direita.
– Só com a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, o partido não resiste – afirma um dirigente nacional da legenda que, a essa altura dos acontecimentos, preferiu não se identificar aos jornalistas. Ele admite que o futuro do partido será ‘catastrófico’ e esta realidade é encarada até por José Agripino (RN), senador pela agremiação e presidente recém-eleito da Executiva Nacional.
Para o grupo de Colombo, a simples mudança de sigla poderá ampliar o desempenho do governador nas próximas eleições às prefeituras, inclusive em Florianópolis. A deputada Ângela Albino (PC do B) é uma parlamentar que estaria conversando sobre uma parceria futura com o PSD do hoje pré-candidato do DEM a prefeito da capital, César Souza Júnior. No DEM, uma aliança entre os dois seria inviável. Já no PSD, a possibilidade de o PC do B entrar na chapa é uma realidade. O feito seria uma vitória, pois seria a união entre o terceiro e do quarto colocados na última eleição de prefeito da capital, com os dois primeiros colocados fora da briga em 2012. O prefeito Dário Berger (PMDB) já foi reeleito e o deputado Esperidião Amin (PP), que ficou em segundo lugar em 2008, já disse que não disputa mais.
Para desespero do DEM, o PSD ganha força também nos Estados do Nordeste do país, justamente no segmento onde o partido de ultradireita ainda tem alguma influência.
Fonte: Correio do Brasil
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