terça-feira, 26 de abril de 2011

MINISTRO GUIDO MANTEGA PROMETE CORTAS OS JUROS

Os cortes de gastos feitos pelo governo vão permitir a queda dosjuros básicos mais à frente, afirmou nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante apresentação Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Até lá, a taxa Selic no país seguirá como uma das mais altas do mundo.

Mantega
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, no entanto, discorda do ministro. Ele acredita que a estratégia do governo para combater a inflação está equivocada no que se refere ao aumento da taxa básica de juros, a Selic. Segundo ele, baixar os juros pode ajudar a evitar o aumento de preços, desde que a medida seja acompanhada da redução dos gastos públicos e, principalmente, de ações de incentivo à produção nacional.

Em reunião na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic de 11,75% para 12% ao ano.

– Precisamos reduzir os juros, mas ao mesmo tempo estimular a oferta e a produção como forma de controle dos preços. Se tem mais oferta, tem mais oportunidades de se fazer compras a preços melhores. Reduziria também o gasto público. Portanto eu faria o inverso do que o governo faz – destacou Skaff, pouco antes de participar da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.

O presidente da Fiesp destacou que “a inflação continua alta, mesmo com o governo usando a estratégia de manter a alta dos juros”.

– O aumento inflacionário é mundial e se deve ao excesso de liquidez promovido pelos bancos que injetaram dinheiro nas economias como forma de combate à crise – acrescentou.

Ele argumentou que o aumento dos juros resulta no aumento da dívida pública e atrai muito capital especulativo, resultando em gastos anuais de R$ 250 bilhões em juros.

– Em termos de aumento de juros, a estratégia do governo está equivocada. Ninguém me convence de que aumentar juros, que atraem capital especulativo, tirando nossa competitividade e aumentando os gastos públicos e, ainda, não influenciam no preço, seja uma boa medida – competou Skaff.

Ele sugeriu a queda dos juros como medida para desestimular a entrada de dólares no país.

Fonte: Correio do Brasil

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