quinta-feira, 19 de maio de 2011

OBAMA DEFENDE ESTADO PALESTINO COM FRONTEIRAS ANTERIORES A 1967

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quinta-feira (19) que espera que mais líderes deixem o poder no mundo árabe, depois das quedas dos regimes ditatoriais de Tunísia e Egito.

Em um longo discurso na Casa Branca sobre a política norte-americana para os países árabes, Obama reafirmou o compromisso americano em promover as reformas e a transição para a democracia na região, criticou o uso da violência na repressão aos protestos, e pediu que Israel e palestinos façam concessões para a criação de um Estado Palestino, nas fronteiras anteriores a 1967 e desmilitarizado.

"Temos uma oportunidade histórica. Temos uma chance de mostrar que a América valoriza mais a dignidade de um vendedor de rua da Tunísia do que o poder de um ditador", disse.

O democrata afirmou que, nos próximos meses, os EUA vão mobilizar todos os recursos possíveis para encorajar as reformas.
Obama negou que Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda morto em 2 de maio pelos americanos no Paquistão, seja um "mártir". O democrata disse que as ideias do saudita são rejeitadas na região.

O democrata também afirmou que o destino dos EUA está ligado ao do Oriente Médio e ao do norte da África, agitados por uma série de rebeliões populares desde o início do ano.

Ele afirmou que é um erro o fato de o poder estar concentrado nas mãos de "muito poucas pessoas na região".

Para Obama, o caminho da repressão, seguido por muitos regimes na região, não funciona mais.

"Os acontecimentos dos últimos seis meses nos mostram que as estratégias de repressão e repúdio não funcionarão mais", disse.

Pedindo democracia na região, Obama voltou a citar o Brasil como um dos exemplos de países que estão evoluindo em um ambiente democrático -como já havia feito em seu discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em março deste ano.

Ele também citou o papel importante que as novas tecnologias da informação desempenham na difusão dos ideais democráticos.

Obama afirmou que, em alguns casos, a mudança vai levar tempo, e em outros será mais rápida. "Havera bons dias e maus dias", previu.

Israel e palestinos

Obama afirmou que Israel precisa agir "corajosamente" para avançar no processo de paz com os palestinos, mas voltou a defender o direito de defesa do estado israelense.

Fonte: Correio

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