terça-feira, 5 de julho de 2011

JURI NO ESTADO DA FLÓRIDA INOCENTOU CASEY ANTHONY

Um júri do Estado americano da Flórida inocentou nesta terça-feira a americana Casey Anthony, acusada pelo assassinato de sua filha de 2 anos, Caylee. O caso ganhou repercussão nacional nos EUA e, repleto de revelações, foi considerado o "julgamento da década".

Casey Anthony (esq.) aguarda veredicto em corte da Flórida; ela foi inocentada de assassinato da filha de 2 anos

O júri inocentou Anthony das acusações de homicídio em primeiro grau, homicídio agravado e de abuso infantil, mas a condenou por dar falsas informações aos detetives que investigaram o caso.

Se tivesse sido condenada por assassinato em primeiro grau, Anthony poderia ser sentenciada à pena de morte. Mentir para os detetives é uma acusação de menor gravidade e deve render uma sentença menor.

Caylee foi vista pela última vez em 16 de junho de 2008, mas seu desaparecimento só foi relatado em 15 de julho do mesmo ano, quando a mãe de Casey, Cindy Anthony, pressionou a filha e exigiu saber onde estava sua neta.

A promotoria alegava que Anthony usou clorofórmio para deixar a filha inconsciente e então a sufocou até a morte ao colocar fita adesiva sobre sua boca e o nariz. A promotoria alega ainda que ela teria colocado o corpo no bagageiro de seu carro, onde teria ficado por vários dias. Já em decomposição, o corpo foi jogado em um bosque perto de sua casa, em Orlando.

Segundo a acusação, ela estaria cansada de ter de cuidar da menina, que teria atrapalhado sua vida amorosa.

Quando foi à polícia pela primeira vez, Casey afirmou inicialmente que Caylee havia sido sequestrada por uma babá. Seus pais chegaram a contratar investigadores particulares para procurar a neta.

Em dezembro de 2008, contudo, os restos mortais da menina foram encontrados no bosque, após um funcionário de uma empresa de checagem de medidores de energia ter relatado algo suspeito no local.

Suspeita da morte, Casey mudou sua versão e disse que a filha morreu afogada acidentalmente na piscina de casa em 16 de julho e que não reportou a morte por medo.

A defesa alega que, em pânico, ela escondeu o corpo de Caylee com a ajuda do pai, George Anthony. Ele nega a acusação.

A promotoria alega que ele teria pregado cartazes com a foto da neta supostamente desaparecida com a mesma fita adesiva usada para sufocá-la.

A rede de TV CNN exibiu ao vivo os minutos anteriores e a leitura do veredicto do júri pelo juiz Belvin Perry, alcançado após mais de dez horas de debate.

O caso foi tema de discussões em talk shows, canais de notícias e lidera listas de notícias mais lidas em vários sites americanos.

Fonte: Folha

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