sexta-feira, 14 de outubro de 2011

CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU APROVA RETIRADA DE PARTE DAS TROPAS DO FMI

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) concordou na sexta-feira em retirar quase 3.000 policiais e soldados, levando a força a um tamanho semelhante ao que possuía antes do terremoto devastador de janeiro de 2010.

O conselho formado por 15 países aprovou por unanimidade a resolução que pede a retirada em resposta a uma melhora na segurança do país caribenho, o mais pobre das Américas.

O plano prevê a retirada de 2.750 homens da força, conhecida como Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti (Minustah), comandada pelo Brasil, de acordo com a resolução aprovada pelo conselho. A redução leva a força a ter pouco menos de 10.600 mil soldados e policiais.

Muitos haitianos pediram a retirada completa da força depois das acusações de que soldados nepaleses da ONU teriam provocado uma epidemia de cólera ao país. As latrinas do acampamento deles teriam contaminado um rio -- fato que provocou levantes no ano passado.

No mês passado, a força da ONU enfrentou novos protestos públicos depois que um grupo de soldados uruguaios foi acusado de ter violentado um homem.

A Minustah foi formada pelo Conselho de Segurança em 2004 e tem ajudado a polícia do Haiti a manter a segurança, especialmente durante as eleições, marcadas por fraude e agitações. A força teve o tamanho aumentado após o terremoto do ano passado, que matou mais de 300.000 pessoas e causou danos enormes.

Apesar da melhora na segurança, a resolução do conselho expressou "preocupação com as tendências depois do terremoto que revelam um aumento em todas as grandes categorias de crimes, incluindo homicídio, estupro e sequestro em Porto Príncipe e no Departamento Ocidental".

Mas o conselho disse que o Haiti teve "avanços consideráveis" desde o terremoto.

"Pela primeira vez em sua história, o Haiti vivenciou uma transferência pacífica de poder entre um presidente democraticamente eleito para outro da oposição", afirmou.

Fonte: Reuters

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