quinta-feira, 6 de outubro de 2011

FÉRIAS COLETIVAS FAZEM CAIR EM 20% A PRODUÇÃO DE AUTOMÓVEIS NO BRASIL

A produção de veículos montados em setembro no Brasil ( 261.184 unidades) recuou 19,7% na comparação com o mês anterior e 6,2% ante igual período no ano passado.

Os dados divulgados nesta quinta-feira pela Anfavea (associação das montadoras) refletem as férias coletivas dadas pelas empresas para reduzir os estoques de carros nos pátios.

Na fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, por exemplo, os funcionários pararam de trabalhar em 12 de setembro e só retornam ao trabalho no dia 10 deste mês.

Na unidade da Fiat em Betim (MG), serão dez dias de folgas para 2.000 empregados a partir da próxima segunda-feira (10).

Os estoques de veículos haviam atingido o equivalente a 37 dias de vendas em agosto, o maior período desde novembro de 2008 (56 dias), no auge da crise econômica mundial. Os dados de setembro serão divulgados hoje pela Anfavea.

No acumulado dos nove primeiros meses deste ano (2,604 milhões), houve alta de 3,3% na produção no confronto com o mesmo intervalo em 2010.

A entidade passou a divulgar, a partir de maio, dados apenas de automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões montados, pois o critério de unidades desmontadas não era uniforme entre as empresas que repassam as informações.

EXPORTAÇÕES

As exportações de veículos montados somaram 44.646 em setembro, com uma redução de 0,5% em relação ao mês anterior e de 1,5% no confronto anual. No acumulado do ano (385.966), houve um incremento de 4,4%.

O número de empregados nas montadoras somou 125.527 trabalhadores ao final do mês passado, superando o patamar contabilizado em agosto (125.300, dado revisado).

Levando em conta também os funcionários em fabricantes de máquinas agrícolas, a indústria empregava 145.127 pessoas, também acima dos 144.688 registrados no mês anterior. (dado revisado).

VENDAS

As vendas de veículos novos (311.648 unidades) recuaram 4,9% ante agosto, mas apresentaram alta de 1,5% no confronto com o mesmo mês no ano passado, sendo o melhor setembro da série histórica.

No acumulado do ano (2,683 milhões), houve acréscimo de 7,2%, com os emplacamentos batendo novo recorde.

No dia 15 de setembro, o governo federal anunciou a elevação de 30 pontos percentuais nas alíquotas de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos que tenham menos de 65% de conteúdo nacional. Antes, o tributo variava de 7% a 25% e, com a medida para fortalecer a indústria local, passou para 37% a 55%.

As montadoras instaladas no país, vale lembrar, respondem por mais de 75% dos carros importados, mas apenas uma pequena parte desses veículos terá aumento de preço devido à elevação na alíquota do imposto.

Todos os carros trazidos ao Brasil por Fiat, Renault e Nissan vêm do Mercosul ou do México, com os quais o país tem acordos automotivos. Por isso, não haverá impacto da medida governamental.

Na GM, que lidera o ranking de importadores, os produtos que vêm de Austrália (Omega), Canadá (Camaro) e Estados Unidos (Malibu) representam menos de 1% das vendas, considerando os emplacamentos no acumulado deste ano até agosto.

Os percentuais também são baixos na Peugeot (3,0%), na Toyota (4,5%) e na Citroën (6,7%).

Fonte: Folha

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