terça-feira, 20 de dezembro de 2011

BRASIL SEGUE GERANDO EMPREGOS, MAS EM RITMO MENOR

O Brasil gerou 42.735 empregos formais em novembro deste ano, uma queda de 69,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram geradas 138.237 vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho.

A geração de empregos formais em novembro foi 0,11% maior do que a de outubro, de acordo com o governo.

Entre janeiro e novembro deste ano, segundo o Caged, foram criados 2.320.753 empregos formais, uma queda de 20,5% no número de vagas em relação ao mesmo período de 2010.

O anúncio da desaceleração do emprego ocorre duas semanas após a constatação, pelo IBGE, de que a economia brasileira estagnou no terceiro trimestre do ano, registrando avanço de 0% em relação aos três meses anteriores, num momento de incerteza sobre a economia externa.

"(Os números do Caged) não deixam de ser um reflexo da queda de atividade econômica (do Brasil)", diz Otto Nogami, professor de economia do Insper. "No mesmo período no ano passado, tínhamos euforia e crédito. Agora, os estoques da indústria estão mais altos, o que faz com que ela reduza seu nível de atividade."

Para André Pereira Perfeito, analista do Gradual Investimentos, os números do Caged "não são uma surpresa".

"O emprego já estava batendo recorde, havia uma estafa do mercado, que não tinha como continuar gerando (um número maior de vagas), principalmente com a falta de mão de obra", diz ele.

Ao mesmo tempo, diz Perfeito, o temor é que o mercado enxergue a redução do ritmo do emprego como um sinal de que o Brasil reduza sua arrecadação e, com isso, tenha menos margem para usar a política fiscal no estímulo à economia.

Carteira assinada

Nos últimos 12 meses, segundo o Caged, a geração de empregos formais chegou a 1.900.571 postos, o que aumentou em 5,23% o número de trabalhadores com carteira assinada no país.

O setor do comércio, com a criação de 107.920 postos de trabalho, apresentou a maior alta de novembro, com 1,3%.

Já a maior retração em números absolutos ocorreu na indústria de transformação, com o corte de 54.306 postos no mês passado (redução de -0,65% no número de postos), devido, segundo o ministério, a fatores conjunturais e sazonais.

Em novembro, 21 Unidades da Federação tiveram alta na criação de empregos. Os melhores resultados, em números absolutos, foram do Rio de Janeiro, com 24.867 postos (alta de 0,7%), Rio Grande do Sul, com 12.875 empregos (alta de 0,52%) e Santa Catarina, com 12.089 vagas (alta de 0,66%).

Já São Paulo perdeu 29.145 postos (queda de 0,24%), enquanto Goiás fechou 10.466 vagas (queda de 0,96%) e Mato Grosso, 5.791 (queda de 1,02%).

Fonte: BBC Brasil

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