domingo, 4 de dezembro de 2011

CONFRONTOS NO NORTE DA SÍRIA MATAM AO MENOS 23 PESSOAS

Pelo menos 23 pessoas morreram em confrontos neste sábado entre forças de segurança e desertores do Exército no norte da Síria, em meio ao aumento da onda de violência nos oito meses de revolta contra o presidente Bashar al-Assad, elevando o número de mortos até agora para cerca de 4.600, de acordo com relatos de um dos principais grupos ativistas.

Durante um confronto noturno, que durou três horas, na cidade de Idib, perto da fronteira com a Turquia, sete membros das forças de segurança, cinco rebeldes do exército e três civis foram mortos, segundo o Observatório de Direitos Humanos da Síria, (SOHR).

Cinco civis foram mortos pelas forças de segurança na província central de Homs e o corpo de um homem foi devolvido para a sua família, cinco dias depois de ter sido preso.

O principal fórum de Direitos Humanos da ONU condenou a Síria por violações "brutais e sistemáticas" cometidas pelas suas forças de segurança, inclusive execuções e a prisão de cerca de 14 mil pessoas.

As autoridades sírias dizem estar combatendo "grupos terroristas" apoiados por estrangeiros, que estão tentando começar uma guerra civil, e que já mataram cerca de 1.100 soldados e policiais desde março.

A Síria enfrenta um isolamento internacional e regional cada vez maior, com organizações como a Liga Árabe e a União Europeia, e os Estados Unidos, exigindo que Damasco coloque um fim ao derramamento de sangue e dialogue com seus opositores.

O líder do principal grupo de desertores do exército que se uniram à oposição, o Exército Livre Sírio, disse à Reuters que suas forças estavam mudando de estratégia e que deixaram de atingir postos de controle de segurança e agora estavam atacando os militares diretamente.

Segundo ele, essa era uma resposta necessária a um uso de violência cada vez maior na repressão de Damasco aos protestos.

Uma das revoluções da "Primavera Árabe" -que começaram com uma revolta na Tunísia em janeiro- redesenhou o cenário político do Oriente Médico esse ano e derrubou governantes no Egito, Líbia e Iêmen.

Fonte: Reuters

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