terça-feira, 6 de dezembro de 2011

ONU CONDENA O USO DA FORÇA NOS CONFRONTOS NO IÊMEN

O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas condenou nesta terça-feira o "uso desproporcional da força" por parte das autoridades iemenitas em seus enfrentamentos contra milicianos tribais armados na cidade de Taiz, no sul.

"Condenamos os ataques contínuos contra civis, particularmente em Taiz, onde mais de 20 pessoas morreram por disparos e bombardeios desde a quinta-feira da semana passada, incluindo duas crianças", disse em entrevista coletiva a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

A porta-voz considerou "extremamente decepcionante" a atuação das autoridades iemenitas para enfrentar as manifestações populares e fez um pedido para que as mortes "cessem imediatamente e seja colocado um fim a todo tipo de violência".

"Fazemos um pedido às autoridades iemenitas para que colaborem com o Escritório de Direitos Humanos da ONU, algo ao qual se comprometeram em numerosas ocasiões, e que permitam a entrada de nosso pessoal no país para avaliar a situação humanitária no terreno", afirmou Ravina.

Elizabeth Byrs, porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), se uniu ao pedido, lembrou a obrigação dos Estados de proteger os civis e alertou sobre o crescente número de pessoas expulsas de seus lares pela violência.

"Fazemos um pedido a todas as partes para garantir a segurança e a proteção de todos os civis de acordo com os direitos humanos e o direito humanitário internacional", disse.

A porta-voz ressaltou que a violência está causando também um drama humanitário, já que neste momento há 100 mil crianças no Iêmen sem acesso, ou com acesso limitado, à educação e à saúde devido ao risco de sair de suas casas.

Já Marixie Mercado, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou perante a imprensa que na última explosão de violência na cidade de Taiz morreram três crianças. O total de menores mortos desde o início das revoltas no país árabe chegaria a 138, de acordo com a porta-voz.

"No início de dezembro morreu um bebê de três meses em Taiz", informou Marixie, que pediu aos grupos em conflito que "evitem o dano aos civis, particularmente as mulheres e as crianças".

Fonte: EFE

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