Pelo menos 20 mil vagas de trabalho temporário deverão ser preenchidas no País para a Páscoa, sendo que ao menos 30% dos postos de trabalho estão no Estado de São Paulo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) e as próprias empresas, Garoto, Nestlé, Cacau Show, Grupo CRM (Kopenhagen e Chocolates Brasil) deverão oferecer juntas 19,4 mil oportunidades. E as chances de efetivação são boas.
A Cacau Show abrirá 1.310 vagas no Estado, das quais 470 serão para a capital. A rede contratará vendedores e atendentes de loja. A empresa informa que os temporários que se destacarem têm chances de serem efetivados após o período de experiência, ou poderão ser convidados para trabalhar no próximo período de alta demanda, como o Dia dos Namorados.
No Grupo CRM, que engloba a Kopenhagen e Chocolates Brasil, ainda restam 60 vagas de auxiliar de almoxarifado para a fábrica e outras 96 para auxiliares de vendas em lojas da capital. A empresa informa ainda que, em média, cerca de 15% dos trabalhadores temporários recrutados costumam ser efetivados (veja texto nesta página).
As demais companhias do setor não divulgaram ainda a quantidade de vagas que serão abertas para a capital. “São Paulo sempre lidera este ranking, pois é onde tem mais demanda para as contratações”, diz Jismália de Oliveira Alves, presidente da associação das empresas de trabalho temporário e terceirização (Asserttem).
No total, foram 21.247 contratações em 2011 no período para o Estado. Desses, 25% foram efetivados. Segundo Jismália, o mercado que demanda empregados temporários continuará aquecido, apesar da insegurança em relação ao cenário externo. “Esperamos um crescimento de 3% este ano, porque o mercado está um pouco mais conservador por conta da crise.”
O presidente da Steer Recursos Humanos, Ivan Carlos Witt, é mais otimista em relação à Páscoa. “Esperamos que a efetivação de temporários seja igual ou um pouco melhor do que em 2011. Vale lembrar que o período não tem o mesmo peso que datas como o Natal, que efetivam mais gente.”
Emprego definitivo
Os temporários que pretendem ser efetivados, no entanto, não devem desanimar. Afinal, o mercado precisa de mão de obra qualificada em diversos setores. “Com essa carência, que é geral, um temporário que se destacar no período dentro da empresa pode ser chamado para trabalhar permanentemente”, aponta Jismália. “É só tratar o emprego temporário com a mesma seriedade do efetivo. Quem se destaca dificilmente deixa a empresa, pois mão de obra boa tem de ser preservada.”
Foi o que a vendedora de uma das lojas de chocolate da Kopenhagen, Denise Cristina Fogaça, fez ao ser contratada para ficar dois meses como temporária durante a Páscoa de 2008. “Entraram mais 14 pessoas comigo e sete foram efetivadas. E eu fui uma delas”, diz. “Procurei me dedicar e atender os clientes com dedicação e seriedade. Meu esforço valeu a pena”
Witt, da Steer Recursos Humanos, ressalta que é normal a comparação entre o temporário e funcionário que já está na empresa. “Se o temporário, se mostrar mais disposto em conseguir o cargo, mesmo sem vagas abertas é possível que seja efetivado”, diz.
Fonte: Estadão
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