quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

PMs EM GREVE DEIXA A ASSEMBLEIA NA BAHIA

Os policiais amotinados e familiares que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia deixaram o local pacificamente na manhã desta quinta-feira, nove dias após o início da greve da Polícia Militar do Estado.

De acordo com o tenente-coronel Márcio Cunha, diretor de Comunicação Social da 6a Região do Exército em Salvador, deixaram a Assembleia 245 pessoas que ocupavam o local e foram presos o líder do movimento, Marco Prisco, e outro dirigente do movimento , Antônio Paulo Angelini.

Cunha disse que eles foram conduzidos a instalações do Batalhão da Polícia do Exército, em Salvador, após um acordo com a Secretaria de Segurança Pública para que ambos saí ss em pela parte de trás do prédio da Assembleia.

Seus nomes constavam da lista de 12 mandados de prisão solicitados pelo Ministério Público Estadual e expedidos pela Justiça.

Está prevista uma reunião de policiais militares no centro de Salvador nesta quinta-feira para definir se haverá negociação ou se será encerrado o movimento , disse uma fonte à Reuters.

O governo informou que as cinco primeiras pessoas começaram a sair do prédio a partir das 0h30, depois de terem sido informadas de reportagem veiculada no Jornal Nacional, da Rede Globo, com provas de que Prisco, expulso da Polícia Militar após uma greve em 2001, comandou atos de vandalismo praticados em Salvador desde 2 de fevereiro.

Nas gravações autorizadas pela Justiça, e divulgadas na TV na noite de quarta-feira, é abordada a expansão do movimento para outros Estados.

DANOS AO TURISMO

A paralisação da Polícia Militar da Bahia tirou parte do brilho das tradicionais festas pré-Carnaval de Salvador e, a dez dias do início da festa, já tinha impacto negativo na época mais lucrativa para o turismo da cidade.

Desde o início da greve, em 31 de janeiro, foram registrados 150 homicídios no Estado e a paralisação da polícia elevou os índices de roubos, assaltos e homicídios da Bahia, Estado que tem uma das maiores taxas de criminalidade do país.

Tropas federais cercavam a Assembleia. Mais de 3 mil homens das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Força Nacional de segurança Pública foram enviados às ruas da Bahia para manter a ordem durante a greve, que era apoiada por cerca de 20 por cento dos 31 mil policiais militares, segundo estimativas da PM baiana.

Os policiais grevistas pediam reajuste salarial e incremento nas gratificações. O governador Jacques Wagner (PT) ofereceu reajuste de 6,5 por cento retroativo a 1o de janeiro e aumento escalonado nas gratificações.

O maior impasse para um acordo, no entanto, era a reivindicação de que fossem revogados os 12 mandados de prisão emitidos contra líderes da paralisação e para que os participantes da greve sejam anistiados. O governo baiano rejeita os dois pedidos.

Salvador receberá jogos da Copa do Mundo de 2014 e pode sediar partidas da Copa das Confederações, que será disputada em junho do ano que vem.

Fonte: Reuters

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