O Governo apresentou ontem, na Assembleia da República (AR), o resultado dos megaprojetos na economia moçambicana, o seu impacto na responsabilidade social e na criação do emprego para a população.
Numa sessão de informações, na qual o Executivo devia explicar as consequências das enxurradas que assolam o país desde o início deste ano e o impacto dos investimentos de maior dimensão em curso, sobretudo no centro e norte do país, o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, disse que, nos últimos oito anos, o país tem registrado o crescimento da sua capacidade de exportação, como resultado da implantação dos megaprojetos.
Paralelamente, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto foi superior a 7 por cento e as receitas totais do Estado têm crescido a um ritmo superior a 0,5 do PIB por ano. Este é o grande impacto dos megaprojetos, reiterou Cuereneia.
Mas é sobre Tete que o MDM (Movimento Democrático de Moçambique) mais se interessava em ouvir. O partido de Daviz Simango questionou as atividades de responsabilidade social que são desenvolvidas em Tete, com destaque para Cateme, onde, recentemente, centenas de pessoas protestaram contra a qualidade das casas construídas pela empresa Vale para o seu reassentamento.
Sobre esta província, Aiuba Cuereneia destacou dois importantes empreendimentos, nomeadamente, de Moatize e de Benga, mas evitou falar dos protestos da população.
Em Moatize, diz Cuereneia, a Vale investiu 1,26 mil milhões USD e promoveu a criação de 6 130 trabalhadores só na fase de exploração do projeto, sendo que 83 por cento desses trabalhadores são moçambicanos.
Aiuba Cuereneia revelou ainda que o Governo espera que em Tete sejam produzidos 26 milhões de toneladas de carvão, anualmente, a partir de 2014.
Quanto ao carvão de Benga, segundo Cuereneia, a Rio Tinto investiu 849 milhões USD e a produção do carvão inicia este mês de Março. Como consequência, apontou o ministro da Planificação e Desenvolvimento, foram criados mais de três mil postos de trabalho, na sua maioria ocupados por cidadãos nacionais.
De acordo com os dados do ministro da Planificação e Desenvolvimento, só o setor mineiro contribuiu na geração de 18 308 novos postos de trabalho, em todo o país, enquanto a área dos hidrocarbonetos criou 1 870, na sua maioria para jovens.
Fonte: O País Online
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