quarta-feira, 11 de abril de 2012

ESTUDANTES BRASILEIROS SÃO BENEFICIADOS PELO "CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS" NOS EUA

Selecionados pelo programa 'Ciência sem Fronteiras', lançado em julho do ano passado pelo governo federal, sete estudantes brasileiros, vindos de diferentes regiões do país, terão uma oportunidade única nos próximos meses nos Estados Unidos.

Paralelamente aos estudos na Catholic University of America (CUA), em Washington D.C., eles vão estagiar no centro de formação da agência espacial americana, o NASA Goddard Space Flight Center, na cidade de Greenbelt, no estado de Maryland, a uma hora de distância da universidade.

O pequeno grupo faz parte de um contingente maior, de 650 estudantes brasileiros, que chegou aos Estados Unidos em janeiro desse ano para uma graduação-sanduíche que termina em dezembro.

De diferentes formações ligadas às ciências exatas, os sete estudantes têm em comum o fato de terem se submetido a um rigoroso processo de seleção, que incluiu, além de uma redação em inglês, a aprovação em um exame de proficiência, para comprovar o nível de fluência no idioma.

Atualmente, eles moram no alojamento da universidade, recebem alimentação gratuita e ganham uma bolsa de US$ 300 mensais.

"Trata-se de uma rara oportunidade para o amadurecimento pessoal e profissional desses jovens, que voltarão ao Brasil com o conhecimento necessário para desenvolver áreas da ciência carentes de mão de obra especializada", afirmou à BBC, Duília de Mello, astrônoma brasileira de projeção internacional, que dá aulas na CUA e foi responsável pelo programa de estágio na NASA, onde faz pesquisas.

Ciências exatas como prioridade

O programa 'Ciência Sem Fronteiras' prevê distribuir 100 mil bolsas de intercâmbio para estudantes de universidades brasileiras, da graduação ao pós-doutorado, até 2015.

O objetivo é, principalmente, suprir o déficit de profissionais ligados às áreas de ciências exatas.

Embora tenha recentemente conquistado o posto de sexta maior economia do mundo, o Brasil ainda está na 47ª posição entre 125 países em termos de produção de inovações científicas e tecnológicas, segundo um levantamento elaborado pela Confederação da Indústria da Índia, em parceria com o Instituto de Administração Europeu Insead e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).

Quem são eles

Fernando Jaeger é natural de Guarapuava, no Paraná e estudava Engenharia Mecânica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo, 23 anos; Guilherme Cruzatto é paulistano e tem 23 anos. Estudava engenharia elétrica na Universidade Cruzeiro do Sul, na capital; Natural de Natal, no Rio Grande do Norte, Lucas Oliveira estudava engenharia mecatrônica na Universidade de Brasília (UnB). Aos 21 anos, nunca tinha viajado de avião para fora do país; Nascido em Porto Velho, Rondônia, Matheus Teixeira, de 22 anos, mudou-se com a família para Brasília aos oito, cidade que seu avô, potiguar, ajudou a construir na década de 50; Natural de Brasília, Pedro Henrique Nehme tem 20 anos. Estudava Engenharia Elétrica na Universidade de Brasília (UnB) quando decidiu se inscrever no programa; Não é a primeira vez que Tito Fideles, de 25 anos, carimba seu passaporte. Em 2001, ele passou uma temporada de seis meses na casa da tia nos Estados Unidos. Dez anos depois, em 2010, voltou ao país de férias e, no ano passado, resolveu fazer trabalho voluntário no México. Ele já havia concluído três anos de Engenharia Mecânica Aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo, quando aproveitou para embarcar numa experiência que, segundo ele, "nos dá a oportunidade de estudar em uma faculdade de alto nível nos Estados Unidos e vivenciar novas culturas, com alunos de todo o mundo". os 21 anos, Victor Addono já conhecia os Estados Unidos, onde havia feito parte do Ensino Médio numa escola em Chicago, no Estado americano de Illinois. Ele estudava Matemática Aplicada e Computacional na Universidade de São Paulo (USP) havia dois anos, quando decidiu aplicar para o programa por ser "extremamente tentador em função do lado financeiro e outras oportunidades futuras".

Fonte: BBC Brasil

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