domingo, 15 de abril de 2012

GOIANOS VÃO ÀS RUAS CONTRA MARCONI PERILLO

Mais de dois mil goianos, em sua maioria jovens, saíram às ruas em protesto contra a administração do governador Marconi Perillo (PSDB). A concentração se deu no entorno da Praça Cívica e seguiu pelas avenidas Goiás, Araguaia e ruas paralelas no Centro de Goiânia, voltando depois à Praça Cívica, onde fica o Palácio das Esmeraldas, sede do governo. Os manifestantes deram um abraço simbólico no anel interno da praça. Ao som de “Que Pais É Esse’, os jovens gritaram frases de protesto e empunharam cartazes e faixas endereçadas ao governador.

O povo sai das redes e ocupa as ruas de Goiânia

A mobilização teve início no mundo virtual, em especial no Facebook, e se tornou uma demonstração clara de que é possível até segurar o conteúdo de veículos tradicionais, mas não a internet.

O FORAMARCONI, segundo os organizadores, foi estimulado pelo que definem como “descaso” e “falta de honestidade na administração estadual”. “Nas últimas semanas, fomos destaque nacional pela quantidade de corruptos que comandam nosso Estado. Goiás está a serviço do crime organizado, e não podemos aceitar o silêncio diante de tamanho descompromisso”, desabafou o estudante Artur Borges, da equipe organizadora, ao Goiás247.

A previsão era de que a reunião dos manifestantes se desse no espaço interno da Praça Cívica, mas todos foram surpreendidos com a ocupação da área pela equipe estadual do Corpo de Bombeiros. A falta de espaço, porém, foi compensada pelo barulho estrondoso que a turma propagou, com palavras de ordem como “Marconi, bicheiro, devolve meu dinheiro”, “Marconi é ditador e não governador”, “Fora Marconi”, “Volta Kajuru”, “Fora Thiago Peixoto”.

A expectativa é de que o movimento não se encerre nesse ato. “Não vamos parar enquanto o governador não renunciar ao cargo. Não queremos este ditador, que estimula e prática à censura na administração do nosso Estado. Se o povo errou no voto, estamos remediando e tentando recuperar”, argumenta Alexandre Moraes, também da organização.

Políticos foram afastados da manifestação, de forma a fazer com que tudo fosse marcado pela participação popular natural e voluntária.

Durante e depois do evento, partidários do governo foram para as redes para tentar minimizar o movimento. Um dos assessores do governador pontuou que havia cerca de 500 pessoas. As fotos mostram outra realidade. O mais sintomático, no entanto, é que de fato foi algo que passou ao largo da vontade ou da articulação da oposição no Estado, hoje na prática desmobilizada e desacreditada. Uma manifestação natural que ganhou as ruas, fora do controle da informação e da opinião estatal.

Até o meio da tarde, o governo não havia se posicionado sobre o movimento, mas a informação era de que isso seria feito ainda durante o dia.

Fonte: Brasil 247

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