O presidente deposto Fernando Lugo afirmou na noite desta sexta-feira que aceita a decisão do Congresso sobre seu impeachment, apesar de classificá-la de 'covarde'. Em um discurso de despedida, disse que continuará na política e pediu que os cidadãos do país tenham liberdade para se manifestar pacificamente.
'Hoje não é Fernando Lugo que recebe um golpe, hoje não é Fernando Lugo quem é destituído, é a história do Paraguai e sua democracia', afirmou no início do discurso.
Lugo foi destituído do cargo em um processo 'relâmpago', no qual o processo de impeachment foi iniciado e aprovado em um prazo de pouco mais de 24 horas. A rapidez do ato e o curto prazo dado ao ex-mandatário para se defender recebeu críticas fortes da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
'Me submeto à decisão do Congresso e estou disposto a responder sempre por meus atos como ex-mandatário nacional'.
Direito de manifestação
Ele pediu ainda que o direito de manifestação livre da população seja respeitado. 'Que o sangue dos justos não se derrame nunca mais por causa de interesses mesquinhos', disse.
Lugo afirmou ainda que pretende continuar na vida política e deu a entender que militará na 'via rural'. O ex-bispo católico ganhou muitos opositores devido à sua ligação no passado com movimentos sociais e até de sem-terras.
Ele encerrou o discurso afirmando que 'sai pela maior porta da casa'.
Fonte: BBC Brasil
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