segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ESTUDO APONTA QUE EM 10 ANOS AUMENTO DA TEMPERATURA AFETARÁ A AGRICULTURA

Um estudo realizado pelo Fundo Ecológico Universal, uma organização não governamental com sede na Argentina e representações nos Estados Unidos, indica que a temperatura do planeta pode aumentar 2,4°C até 2020, e isto poderia produzir uma queda de 2,5% a 5% da produção agrícola na América Latina.

As consequências de um planeta mais quente sobre a produção alimentar mundial poderiam ser "enormes", destacaram os autores do informe intitulado Déficit alimentar: os impactos das mudanças climáticas na produção agrícola até 2020.

As regiões tropicais, onde vivem cerca de 60% da população mundial, serão as mais afetadas pelo fenômeno. A combinação do impacto das mudanças climáticas na produção agrícola e do crescimento da população mundial, que chegará a 7,8 bilhões de pessoas até 2020, resultará em colheitas insuficientes.

A produção mundial de trigo sofreria um déficit de 14% com relação à demanda dentro de 10 anos, segundo o estudo. Esta cifra é de 11% no caso do arroz e de 9% no caso do milho. A soja seria o único grão que sofreria um aumento em sua produção durante o mesmo período, o que permitiria um excedente de 5% com relação à demanda. "A produção global de trigo, arroz, milho e soja cairá entre 2,5% e 5% na América Latina", destaca o estudo.

Se a temperatura do mundo aumentar em média 2%, o estudo chega a calcular que o PIB da região cairia 1,3%. A produção de milho diminuiria cerca de 15% no Brasil e 5% na Argentina. Os países são atualmente o terceiro e o quinto produtores mundiais do cereal.

Apenas a produção de soja seria beneficiada pelo fenômeno do aquecimento global. Brasil e Argentina veriam aumentada sua produção em 21% e 42% respectivamente. Em torno de 50% da soja produzida no mundo é produzida em cinco países da América Latina: Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai.

Fonte: Terra.com

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