terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SEXO ORAL AUMENTA A INCIDÊNCIA DE CÂNCER NA GARGANTA

Muito já foi noticiado sobre a queda no número de pessoas com câncer de garganta, em grande parte porque menos pessoas fumam atualmente, mas agora uma elevação no número de casos de câncer de garganta entre os americanos em função da prática de sexo oral, segundo a Faculdade de Medicina e saúde pública da Universidade de Wisconsin, Madison.

O mais alarmante é que não está afetando a pessoas idosas, mas sim pessoas de meia idade e inclusive jovens. O motivo segundo alguns especialistas tem a ver com a popularidade do sexo oral nas últimas décadas.

SEXO ORAL E O CÂNCER

O vírus do papiloma humano (HPV) é um importante desencadeador destes cânceres uma vez que o HPV pode ser transmitido através do sexo oral.

Um estudo de 2007 observou que os jovens com câncer de cabeça e de garganta e que exames deram positivo para a infecção oral pelo HPV tiveram muitos parceiros sexuais orais e vaginais ao longo da vida.

Chegou-se a conclusão de que ter seis ou mais parceiros sexuais orais na vida aumentava o risco em 3,4 vezes maior de se ter o câncer orofarígeo, ou seja um câncer na base da língua, na parte posterior da garganta o das amídalas. Ter 26 ou mais parceiros sexuais vaginais triplicava esse risco.

Além disso, como os cânceres de amídala e da base da língua aumentaram ano após ano desde 1973, o que sugere que a prática generalizada do sexo oral entre adolescentes poderia ser um fator que contribui para este aumento.

Outro estudo na Suécia realizado em 2010 sugeriu que o aumento do câncer orofaríngeo de células escamosas em vários países é uma epidemia lenta provocada pelo HPV.

Segundo especialistas, o HPV tende a permanecer no primeiro lugar que entra no corpo, por isso que a boca e a garganta são afetadas.

MAIS SEXO ORAL NA ATUALIDADE

Em 1992 pesquisas mostraram que aproximadamente 75% dos homens de 20 a 39 anos e cerca de 70% das mulheres de 18 a 59 anos de idade realizaram o sexo oral.

Em 2002, cerca de 90% dos homens e 88% das mulheres de 25 a 44 anos informaram fazer sexo oral com o parceiro, segundo dados dos Centros de Controle e a Prevenção de Enfermidades (CDC) dos Estados Unidos. 

HPV E O CÂNCER

A única coisa boa desta notícia é que os cânceres de garganta com o HPV são mais tratáveis do que os causados pelo tabaco ou álcool ainda que os de garganta venha a ser diagnosticados em uma etapa posterior. Pode-se utilizar radiação menos intensiva e cerca de 85% das pessoas que não fumam e sofrem de HPV sobrevivem.

Além disso, vale a pena lembrar que existe uma vacina relativamente nova para prevenir a infecção pelo HPV. Não vai ajudar aos que já estão infectados, mas poderia ajudar aos que ainda não estão infectados.

Fonte: AOL

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