A balança da conta corrente da UE (União Europeia) acumulou um deficit de 18,2 bilhões de euros entre outubro e dezembro de 2010, frente ao saldo negativo de 4,8 bilhões de euros registrado no mesmo período do ano anterior.
O saldo comercial foi o principal responsável pelo deficit nas contas externas da União Europeia no final do ano passado.
O índice, que reflete o resultado das trocas com o exterior de bens, serviços, renda e transferências, foi equivalente a 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco europeu, contra 0,2% que representou um ano antes, segundo os dados publicados nesta terça-feira pelo escritório de estatística da UE, a Eurostat.
No terceiro trimestre de 2010, o deficit em conta corrente da UE atingiu os 15,5 bilhões de euros.
Entre outubro e dezembro, a troca de serviços gerou um superávit de 20,8 bilhões de euros para o bloco europeu, frente aos 19,5 bilhões dos mesmos meses de 2009.
O superávit da balança de renda subiu de 5,2 bilhões para 9,5 bilhões de euros, enquanto o deficit por troca de bens aumentou de 10,7 bilhões para 29,3 bilhões de euros.
TRANSFERÊNCIA DE RENDA
Por outro lado, o deficit de transferências correntes se manteve praticamente estável (-19,2 bilhões de euros contra -18,9 bilhões no mesmo período do ano anterior).
O superávit registrado na balança de serviços foi resultado principalmente do excedente nos serviços comerciais, profissionais e técnicos, além de financeiros, de informação, transporte e serviços de construção, compensados pelos deficits em viagens e direitos de licença.
A UE registrou um excedente em suas operações correntes de 15,8 bilhões de euros com a Suíça, enquanto também teve superávit com os Estados Unidos (14,9 bilhões de euros), Hong Kong (4,7 bilhões), Brasil (4,2 bilhões), Canadá (2,6 bilhões) e Índia (1,8 bilhão).
Por outro lado, registrou deficit com a China (40,9 bilhões de euros), Rússia (9,1 bilhões) e Japão (7 bilhões).
Durante o quarto trimestre de 2010, a UE registrou desinvestimentos no exterior no valor de 13,6 bilhões de euros frente aos investimentos diretos feitos no mesmo período do ano anterior, que alcançaram os 77,8 bilhões de euros.
Além disso, os investidores estrangeiros no bloco europeu aplicaram um total de 29,2 bilhões de euros, frente ao número positivo de 90,5 bilhões de euros do quarto trimestre de 2009.
Por países, os maiores excedentes foram registrados pela Alemanha (46,3 bilhões de euros), Holanda (13,9 bilhões) e Suécia (5,8 bilhões), enquanto os maiores deficits ocorreram na França (-17,4 bilhões), Reino Unido (-11,5 bilhões), Itália (-10,5 bilhões) e Espanha (-9,1 bilhões).
Fonte: Estadão
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