quarta-feira, 15 de junho de 2011

METADE DOS BRASILEIROS CONSIDERA O GOVERNO DILMA ROUSSEFF ÓTIMO OU BOM, APONTA DATAFOLHA

Metade dos brasileiros (49%) considera ótimo ou bom o governo de Dilma Rousseff (PT). Outros 38% o classificam de regular e 10% o chamam de ruim ou péssimo. Pesquisa nacional realizada pelo Datafolha nos dias 9 e 10 de junho mostra que a popularidade da administração petista junto aos brasileiros não sofreu alteração significativa nos últimos três meses. Em março deste ano, essas taxas correspondiam a 47%, 34% e 7%, respectivamente. O índice que mais sofreu alteração foi o dos que não sabem opinar – caiu de 12% para 3%. Foram ouvidas 2.188 pessoas em todas as unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais. 

Nos últimos três meses, a aprovação a Dilma cresceu especialmente entre os homens (cinco pontos percentuais), entre os mais velhos (quatro pontos), entre os que possuem renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos (quatro pontos), entre os habitantes do Nordeste (quatro pontos) e Norte e Centro-Oeste (cinco pontos em cada). A reprovação subiu principalmente entre os que têm de 35 a 44 anos (cinco pontos), nível superior de escolaridade (seis pontos), os mais ricos (sete pontos) e os que moram na região Sudeste (cinco pontos).

A nota média atribuída pelos brasileiros à presidente da República nestes seis primeiros meses de governo é 6,8. Em março, era 6,9. No total, 13% dão a nota máxima (dez) ao desempenho de Dilma. A nota mínima (zero) é atribuída por 3% dos entrevistados. As maiores médias encontram-se entre os habitantes do Nordeste (7,3), entre os menos escolarizados (7,2) e entre os mais velhos (7,1). As menores estão entre os mais ricos (5,8) e os mais escolarizados (5,9).

A demissão do Ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que aconteceu na última semana, pode não ter arranhado a opinião dos brasileiros sobre o governo petista, mas parece ter atingido alguns aspectos da imagem pessoal da presidente. O episódio, que começou com a revelação do enriquecimento súbito do ex-ministro e se arrastou por algumas semanas sem explicações totalmente claras sobre a origem dos recursos, pode ter influenciado a queda na percepção que a população tem da presidente no quesito “decisão”. Apesar da maioria julgar Dilma uma presidente decidida (62%), 34% a classificam de indecisa, taxa duas vezes maior à verificada em março deste ano. Na ocasião, 15% a chamavam de indecisa.

A presidente também sofreu prejuízo de imagem no aspecto inteligência. A taxa dos que a julgam muito inteligente caiu de 85% para 76% e a dos que a chamam de pouco inteligente subiu de 9% para 20%. No quesito sinceridade, não são observadas mudanças significativas – o índice dos que a consideram sincera oscilou negativamente de 65% para 62% e a dos que a julgam falsa foi de 17% para 22%. Em outro item, o resultado pode ser considerado até positivo. A taxa dos que acham Dilma democrática subiu de 44% para 52%, enquanto a dos que a vêem autoritária foi de 44% para 41%.

Fonte: Datafolha

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