quinta-feira, 16 de junho de 2011

SANTOS E PEÑAROL FICAM NO 0 X 0

Quando Carlos Amarilla ergueu o braço e encerrou a partida entre Peñarol e Santos, Muricy Ramalho cerrou os punhos e comemorou de imediato. O gesto ilustra o espírito santista por conta do empate sem gols conquistado fora de casa, no Estádio Centenário, que deixou o tricampeonato continental separado apenas por uma simples vitória em casa. Mais tranquilo nos vestiários, Muricy pediu calma.

"A gente não se empolga com o resultado. O Peñarol é forte tanto dentro quanto fora de casa. Empatar aqui é muito difícil. O título está em aberto e não há nada decidido", opinou o treinador santista. Muricy e Santos, aliás, perderam as finais de Libertadores que disputaram nos últimos anos (treinador em 2006 e clube em 2003).

Ciente da dificuldade que sua equipe teria, Muricy também admitiu que o resultado conquistado foi muito bom, sobretudo porque o regulamento dá final não leva em conta os gols marcados fora de casa. Por isso, se o Santos empatar, deverá ser jogada uma prorrogação de 30 minutos e, se necessário, serão cobradas penalidades.

"Empatar aqui em Montevidéu é muito difícil. O Peñarol é um time perigosíssimo e, dentro de casa, a torcida deles empurra para cima o tempo todo. O resultado foi bom por esse lado e a gente soube jogar o jogo", observou. No mata-mata desta Libertadores, o Peñarol venceu Universidad Católica e Velez Sarsfield em seus domínios - contra o Internacional, também empatou.

"Eles tentaram nos sufocar, levantaram várias bolas na nossa área, mas conseguimos suportar bem. Como sabíamos que não podíamos ficar só assistindo a eles jogarem, também tivemos as nossas chances. Acredito que tivemos três oportunidades claras de gol. O Peñarol jogou bem. Acho que o placar foi justo", analisou.

Muricy engrossa críticas ao árbitro da decisão

Assim como Neymar e outros membros santistas no Uruguai, o treinador Muricy Ramalho também fez críticas duras ao árbitro Carlos Amarilla, que advertiu o jogador do Santos com cartão e fez ameaças de tirá-lo do gramado.

"A moda é pegar o Neymar e meter o cartão. No Brasil e Holanda, ele (Amarilla, que apitou o amistoso) fez igual. O Neymar é leve demais, vai ficar como em pé? Não foi falta, tudo bem, mas não precisa de cartão. Ele é muito bom na arbitragem, mas o tempo todo ficou preocupado em tirar jogador nosso. Sinceramente, ia tirar ele (Neymar) no intervalo. Se ele não me desse segurança, ia tirar. Imagine o prejuízo se ele fosse expulso".

No Pacaembu, onde Santos e Peñarol se reencontram na próxima quarta-feira, a arbitragem ficará a cargo do argentino Sergio Pezzotta.

Fonte: Jornal do Brasil

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