quarta-feira, 1 de junho de 2011

SETOR PRIVADO AMERICANO CRIOU 38 MIL POSTOS DE TRABALHO EM MAIO

O setor privado americano criou em maio 38 mil empregos líquidos, número muito abaixo dos 177 mil gerados no mês anterior e que mostra uma desaceleração desse indicador, informou nesta quarta-feira o Automatic Data Processing (ADP).

"A desaceleração (na criação) de emprego, embora decepcionante, não é totalmente surpreendente", revelou a ADP, que também assinalou que revisou para baixo os empregos que o setor privado gerou em abril de 179 mil para 177 mil.

Os especialistas dessa empresa afirmaram também, mediante um comunicado de imprensa, que esses resultados estão em linha com a redução do ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano que, no primeiro trimestre deste ano, avançou 1,8%, enquanto nos doze meses precedentes tinha progredido a um ritmo médio de 2,25%.

"Isso está abaixo do que muitos economistas acham que é o potencial médio de crescimento econômico e normalmente se associa a um fraco crescimento do emprego", acrescentou a ADP.

Por setores, o de serviços gerou 48 mil empregos, o que significa 17 meses consecutivos de crescimento, enquanto o produtivo perdeu 10 mil postos de trabalho, o que rompe seis meses de avanço mensal.

As empresas com mais de 500 trabalhadores perderam 19 mil empregos, enquanto as de médio porte (entre 50 e 500 trabalhadores) geraram 30 mil novos postos de trabalho e as pequenas (menos de 50 empregados) 27 mil.

Segundo os dados do ADP, em maio se registrou uma perda de 8 mil empregos no setor de construção, quebrando a tendência iniciada em abril, quando foram criados 9 mil postos de trabalho.

Desde janeiro de 2007, esse setor da economia americana perdeu 2.124.000 trabalhos, segundo o ADP, que também ressaltou que no setor financeiro - outro dos mais castigados pela crise - foram perdidos 6 mil postos em maio.

A publicação desses dados foi registrada pouco depois que a empresa de consultoria Challenger, Gray & Christmas divulgou que em maio que as empresas americanas realizaram um corte total de 37.135 postos de trabalho, 1,8% mais que os 36.490 do mês precedente, segundo seus cálculos.

A mesma firma afirmou em comunicado que os cortes de maio são 4,3% inferiores aos registrados no mesmo período de 2010, quando foram perdidos 38.810 empregos.

Esta empresa de consultoria assinalou também que as empresas dos Estados Unidos anunciaram cortes totais de 204.374 empregos em 2011, 21% a menos que as 258.319 demissões dos cinco primeiros meses de 2010.

Além disso, assinalou que 40% dos cortes de emprego efetuados no mês passado estavam relacionados com a Administração dos EUA e as companhias sem fins lucrativos, que desde janeiro de 2009 eliminaram 380.523 empregos.

A Challenger, Gray & Christmas ressaltou ou que os cortes aplicados pela Administração estão repercutindo sobre o setor privado, especialmente nos setores aeroespacial e de defesa.

O presidente-executivo da empresa de consultoria, John Challenger, destacou que desde fevereiro passado o setor privado "acrescentou 760 mil novos trabalhadores a suas relações de empregados" e ressaltou que, com esse panorama, não é de se estranhar que haja indicadores que reflitam uma tendência pouco clara.

No entanto, ressaltou que, apesar desses sinais de recuperação frágil e da contínua redução de empregos públicos, "muitos empregadores não o veem como um problema a longo prazo e sabem que essas altas e baixas ocorrem durante os processos de recuperação".

Fonte: EFE

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