segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PROMOTORIA DE NOVA YORK PEDE QUE JUSTIÇA ARQUIVE CASO STRAUSS-KAHN

Os promotores que atuam no caso contra o francês Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), pediram há pouco que a Justiça americana arquive todas as acusações. Uma audiência está marcada para terça-feira (23), quando espera-se que o juiz encarregado do caso anuncie oficialmente o fim do processo criminal contra o francês.

De acordo com a emissora americana CNN a Justiça deve aceitar a recomendação dos promotores, embora ainda não tenha havido resposta oficial.

Ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, ao lado da mulher em 6 de junho; promotoria pede que Justiça arquive caso

Pouco após o anúncio de que a solicitação de arquivamento do caso havia sido entregue à Suprema Corte de Manhattan, no Estado americano de Nova York, o advogado da camareira Nafissatou Diallo concedeu uma entrevista coletiva após um encontro com a promotoria.

Kenneth Thompson criticou a Justiça de NY. "O promotor distrital de Manhattan, Cyrus Vance Jr., negou o direito de uma mulher obter justiça num caso de estupro. Ele não só deu as costas a essa vítima mas também ignorou evidências forenses, médicas e físicas neste caso. Se o promotor distrital de Manhattan, que é eleito para proteger nossas mães, filhas, irmãs, mulheres e nossos entes queridos, não vai defendê-las quando forem estupradas ou vítimas de abuso sexual, quem irá?", disse ao "Times".

ARQUIVAMENTO

No domingo (21), o jornal americano "New York Post" já havia adiantado que os promotes deveriam solicitar o arquivamento no início desta semana.

Citando fontes ligadas ao promotor Cyrus Vance, encarregado do caso, o periódico já publicara no fim de semana que os promotores apresentariam uma proposta de recomendação de arquivamento.

Em geral, segundo o "Post", a Justiça costuma aceitar imediatamente tais pedidos. Se este for o caso, Dominique Strauss-Kahn ficará livre para voltar à França de forma imediata.

Na sexta-feira (19), os advogados da camareira Nafissatou Diallo, que acusa Dominique Strauss-Kahn de estupro, negaram ter buscado um acordo financeiro com em troca da retirada do processo civil.

"Essa história é falsa. É uma notícia que ataca sem fundamentos Diallo e seus advogados para que as pessoas se esqueçam que Strauss-Kahn atacou e agrediu sexualmente uma mulher inocente dentro do Sofitel", disse à agência de notícias France Presse um dos advogados, Douglas Wigdor, consultado por telefone.

Strauss-Kahn se declarou inocente em 6 de junho de sete acusações, incluindo tentativa de estupro, relações sexuais ilícitas (sexo oral forçado) e sequestro.

Fonte: Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário