sexta-feira, 21 de outubro de 2011

OBAMA ANUNCIA A SAÍDA DAS TROPAS DO IRAQUE ATÉ O FINAL DO ANO

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira, 21, a retirada total dos militares americanos que combatem no Iraque até o final do ano. A medida, anunciou o líder, coloca um fim "aos quase nove anos de guerra" no país árabe.

"Assim como prometemos, o resto das nossas tropas no Iraque voltará para casa ao final do ano. Assim, depois de quase nove anos, a guerra dos Estados Unidos no Iraque terminará", disse o presidente em coletiva de imprensa, logo após uma videoconferência com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki.

O acordo para que os americanos retornassem antes do fim de 2011 foi fechado assim que Obama chegou ao poder, no início de 2009. O anúncio coloca fim a meses de discussões sobre se os Estados Unidos deveriam manter militares no Iraque depois deste ano, o que tornaria o conflito um dos mais longos da história do país.

Obama afirmou que os dois países entraram em uma "nova fase" e que será "um relacionamento normal entre duas nações soberanas, uma parceria baseada em interesses e respeito mútuos". "Nos próximos dois meses, nossos soldados, milhares deles, vão juntar as coisas e iniciar a viagem de volta. O último soldado americano cruzará a fronteira de cabeça erguida, orgulhoso de seu sucesso, sabendo que o povo americano permanece unido no apoio às nossas tropas", disse o presidente. "É assim que os esforços militares americanos terminarão no Iraque", completou.

Obama e Al-Maliki concordaram em continuar discutindo informalmente a necessidade de qualquer presença militar americana no Iraque nos próximos anos, afirmaram fontes próximas de Washington. No país árabe, permanecerão apenas cerca de 150 efetivos necessários para proteger o complexo da Embaixada dos Estados Unidos em Bagdá e todo o pessoal diplomático da representação.

O plano de retirada está de acordo com o acordo negociado pelo governo de George W. Bush para retirar os militares americanos do Iraque ao fim de 2011, mas durante meses houve negociações entre as equipes de Obama e Al-Maliki sobre quantos soldados deveriam permanecer para treinar as forças de segurança locais e monitorar pontos de tensão, como a região do Curdistão, no norte.

A invasão americana no Iraque começou em 2003, quando o então governo americano ameaçava Bagdá de esconder armas de destruição em massa, o que posteriormente provou-se falso. O conflito, que resultou na queda do ditador iraquiano Saddam Hussein, custou quase US$ 1 trilhão aos Estados Unidos e tomou 4,4 mil vidas americanas, além de ter feito milhares de vítimas civis.

Fonte: Reuters

Nenhum comentário:

Postar um comentário