sábado, 17 de dezembro de 2011

APESAR DA CRISE INTERNACIONAL, DILMA ROUSSEFF VÊ 2012 COM OTIMISMO

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira estar otimista com a economia brasileira em 2012, prevendo crescimento entre 4,5 por cento e 5,0 por cento, com inflação controlada.

Apesar disso, Dilma reconheceu que o cenário externo em 2012 é desfavorável, com a China crescendo menos e a Europa tendo mais dificuldades, por conta do aperto fiscal dos países na zona do euro.

"O que me permite dizer que sou otimista é porque temos recursos próprios para enfrentar esse momento", disse Dilma a jornalistas em encontro de fim de ano. "A tendência da economia brasileira é expansiva", acrescentou.

A presidente afirmou que o Brasil tem margem de manobra na política monetária e que a inflação seguirá controlada no próximo ano. "Temos certeza de que fica sob controle", disse.

Perguntada se a inflação iria convergir para o centro da meta, de 4,5 por cento, ela disse que será "uma curva suave". Para Dilma, "não faz diferença nenhuma", se a inflação fica em 4,5 ou 5 por cento, "no sentido de que não está descontrolada".

Segundo ela, por conta da política fiscal o país "tem fôlego" e "capacidade de manobra" para enfrentar as dificuldades que a crise global trará ao Brasil.

Ela argumentou ainda que o governo não poderia ficar exposto do ponto de vista orçamentário neste ano e, por isso, não autorizou nenhum reajuste ao funcionalismo. Questionada sobre a pressão do Poder Judiciário por aumentos salariais, ela evitou comentar a demanda específica, argumentando que seria uma ingerência indevida.

Contudo, disse que fez "tudo que tinha de fazer" para demonstrar a importância de manter as contas públicas sob controle. "Eu fui a público dizer. O que mais eu posso fazer?", acrescentou, ao falar sobre as demandas dos servidores por reajustes.

CRISE

Para Dilma, nos próximos meses, em decorrência da crise global, haverá uma "busca por mercados desenfreada". "Esse é um processo que se dará em todos os países", declarou. A presidente disse que as nações desenvolvidas vão tentar assegurar os empregos e o desenvolvimento local.

Nesse sentido, ela reafirmou que o Brasil reforçará sua política industrial. "Não somos mais daquela época em que era vergonha ter política industrial", disse, acrescentando que o governo fez revisões nos investimentos públicos para melhorar seus resultados.

Dilma também disse que o Brasil olha a situação europeia com "solidariedade". "Sabemos o que é um ajuste fiscal sem luz no fim do túnel", afirmou. Porém, salientou que o Brasil tem instado os líderes europeus a criar possibilidade de crescimento econômico para vencer a recessão provocada pelos cortes de gastos públicos.

A presidente previu que a crise se aprofundará no ano que vem e que ainda haverá "picos críticos" no decorrer dos próximos meses.

Fonte: Reuters

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