quinta-feira, 15 de março de 2012

8,75% É A EXPECTATIVA DE JUROS DO COPOM

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) avalia que existe a possibilidade de a taxa básica de juros ser reduzida a patamares considerados ligeiramente acima do mínimo histórico (8,75%).

Segundo a ata da última reunião do Copom, ocorrida na semana passada, os técnicos, ao considerarem as projeções de inflação e os riscos associados à economia brasileira, terminaram atribuindo “elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos, e nesses patamares se estabilizando”.

Na última reunião, o Copom reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual. A taxa baixou de 10,5% para 9,75% ao ano, diferentemente do que até então esperava a maioria dos analistas financeiros – queda de 0,5 ponto percentual. A redução, porém, não foi unânime, com cinco diretores a favor da redução de 0,75 ponto percentual e dois a favor de 0,5.

Para os integrantes do comitê, ocorreram mudanças estruturais significativas na economia brasileira que determinaram recuo nas taxas de juros em geral, e, em particular, na taxa neutra [permite crescimento da economia, sem pressões inflacionárias]. Outros fatores seriam a “redução dos prêmios de risco, consequência direta do cumprimento da meta de inflação pelo oitavo ano consecutivo, da estabilidade macroeconômica e de avanços institucionais”, destacam os técnicos.

Além disso, reforça a ata, o processo de redução dos juros foi favorecido por mudanças na estrutura dos mercados financeiros e de capitais, pelo aprofundamento do mercado de crédito bem como pela geração de superávits primários consistentes com a manutenção de tendência decrescente para a relação entre dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB).

Para o Copom, as mudanças devem continuar, “embora, em virtude dos próprios ciclos econômicos, reversões pontuais e temporárias possam ocorrer”.

Gasolina e gás

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a projeção de que não haverá reajuste dos preços de gás de botijão e da gasolina no acumulado de 2012.

De acordo com a ata da última reunião do Copom, em que a taxa básica de juros foi reduzida para 9,75% ao ano, “os choques identificados, e seus impactos, foram reavaliados de acordo com o novo conjunto de informações disponível. O cenário considerado nas simulações também levou o comitê a manter outras projeções”.

Foram mantidas também as estimativas de aumento das tarifas de telefonia fixa e de eletricidade, para o acumulado de 2012, em 1,5% e 2,3%, respectivamente. Também houve estabilidade na projeção de reajuste, construída item a item, para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados para o acumulado de 2012, que permaneceu em 4%.

Para o próximo ano, a expectativa de reajuste para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados foi reduzida para 4,5%, ante os 4,6% previstos na ata anterior. Essa projeção se baseia em modelos “que consideram, entre outras variáveis, componentes sazonais, variações cambiais, inflação de preços livres e inflação medida pelo Índice Geral de Preços [IGP]”.

Fonte: Correio do Brasil

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