terça-feira, 8 de maio de 2012

CONSELHO DE ÉTICA DO SENADO NEGA NO PRAZO DE DEFESA A DEMÓSTENES TORRES

O Conselho de Ética do Senado negou nesta terça-feira (8) pedido da defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) para ganhar um prazo de mais 10 dias úteis para o parlamentar se defender no colegiado.

O presidente do conselho, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), negou o pedido ao afirmar que o relatório preliminar que pede abertura de processo disciplinar contra Demóstenes tem indícios de sua ligação com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

"O relator não é peça acusatória, mas preliminar que diz ter indícios que podem ensejar ao representado a perda do mandato", afirmou.

O relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE), rebateu a defesa ao afirmar que o pedido é uma tentativa "procrastinatória" da defesa para retardar as investigações.

"Não há qualquer cerceamento do direito de defesa. O senador já se manifestou oralmente após a leitura do relatório preliminar e terá a oportunidade de se manifestar em todos os atos do processo. Tudo o mais são delongas desnecessárias", disse o relator. Costa releu trechos do seu relatório preliminar na reunião do Conselho de Ética hoje para reiterar o pedido de abertura de processo contra Demóstenes.

Petição entregue ao conselho ontem pelo advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, diz que "resta inequívoco" que a defesa do senador "não pôde ser exercida em sua plenitude", diz petição entregue no fim da tarde.

O advogado argumenta que o relatório preliminar de Costa vai além dos temas abordados pelo PSOL na representação encaminhada ao conselho contra Demóstenes.

Costa pediu na semana passada a abertura do processo ao afirmar, entre outras coisas, que Demóstenes faltou com a verdade no plenário da Casa quando negou conhecer as atividades ilícitas de Carlinhos Cachoeira. Segundo o relator, Demóstenes usou o mandato para atuar em favor dos interesses do empresário.

Na semana passada, Valadares já havia negado pedido da defesa de Demóstenes para que pudesse se manifestar em cinco dias após a divulgação do relatório de Humberto Costa.

Hoje, o Conselho de Ética vai decidir se abre processo disciplinar contra Demóstenes, no primeiro passo para o parlamentar perder o mandato.

Fonte: Folha

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