quarta-feira, 13 de junho de 2012

AGNELO COLOCA SIGILOS À DISPOSIÇÃO DA CPMI

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), negou nesta terça-feira 13 envolvimento com a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e disse que os seus sigilos bancário, fiscal e telefônico estão à disposição da CPI do Cachoeira.

Agnelo Queiroz depõe na  CPI do Cachoeira
Agnelo disse não ter conhecimento de qualquer indicação ligada ao grupo de Cachoeira em seu governo. O ex-chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro, é suspeito de favorecer a quadrilha de Cachoeira. Um grampo da Polícia Federal mostra um diálogo entre o araponga Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Claudio Abreu. Na gravação, eles falam sobre a nomeação de um aliado de Cachoeira no Serviço de Limpeza Urbana de Brasília.

“Eu não posso responder por diálogos de terceiros. Tenho certeza que se fizer uma análise profunda, vão ver que a maioria dessas ligações são ataques às minhas pessoas”, disse Agnelo em seu depoimento à comissão que investiga o bicheiro.

De acordo com o governador, o grupo de Cachoeira queria ter controle sobre a área de limpeza urbana do Distrito Federal e não considerava sua gestão um “governo amigo”. “O grupo precisava de controle sobre o SLU (Serviço de Limpeza Urbana)”, diz Agnelo. “A Delta tem apenas um contrato com o governo do Distrito Federal de coleta de lixo em duas áreas e esse contrato foi assinado no governo anterior, não no meu governo e, ainda assim, a mando da Justiça”.

Governador diz que é vítima de Demóstenes

Agnelo se disse vítima de uma armação para tirá-lo do poder, comandada por Cachoeira e pelo senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). “Hoje eu compreendo porque o senador Demóstenes Torres protocolou um pedido de impeachment contra mim, no início do governo, em 2011″.

O governador disse que a Delta entrou no serviço público no Distrito Federal em 2007, na administração do ex-governador José Roberto Arruda, acusado de liderar um esquema ilícito de financiamento de campanha e de compra de deputados distritais, que ficou conhecido como mensalão do DEM.

Perillo não abriu sigilos

A postura de Agnelo é distinta da tomada pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que na terça-feira 12 disse não haver motivo para que seus sigilos fossem quebrados. A sugestão, feita pelo relator da CPI, do deputado Odair Cunha (PT-MG), provocou um grande bate boca na CPI entre governistas e oposicionistas.

Fonte: Carta Capital

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