quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

EGÍPCIOS DESAFIAM A PROIBIÇÃO DO GOVERNO E SEGUEM FAZENDO PROTESTOS

Milhares de egípcios desafiaram hoje a proibição do Governo e se concentraram no centro do Cairo, em Suez e em Alexandria para continuarem os protestos que ontem deixaram quatro mortos, sendo que um deles era um policial. O protesto começou em frente à sede dos sindicatos dos jornalistas e dos advogados, próximas aos tribunais, onde a polícia se encarregou de avançar contra os manifestantes com cassetetes e gás lacrimogêneo. Também foram registrados enfentamentos em outros lugares do Cairo onde os manifestantes queimaram pneus e lançaram o gás.

No início da noite, algumas pessoas cantavam músicas contra o Governo desde a praça Tahrir. O mal-estar por causa da pobreza, o alto desemprego, a corrupção e a repressão, somados à revolta na Tunísia, é o combustível que está alimentando os protestos que têm como objetivo por fim ao Governo de três décadas de Hosni Mubarak, segundo os ativistas.

A forte repressão aos protestos, que se repetem em várias cidades egipicias, é o resultado da política do Ministério do Interior que publicou esta manhã um comunicado em que assegura que não serão permitidos novos incidentes violentos.

Segundo informações, 500 manifestantes foram presos. O primeiro ministro egípcio, Ahmed Nazif, saiu em defesa da polícia e assegurou que o Governo está comprometido em permitir a liberdade de expressão pelos "meios legais". A Casa Branca pediu ao Governo de Mubarak que respeite o "direito universal" da população na sua liberdade de reunião e expressão.

O Egito é um forte aliado de Washington, por isso é que a administração de Barack Obama observa com muita atenção os acontecimentos que estão sendo produzidos naquele país nos últimos dias.

Fonte: El País

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