Cuba e Venezuela inauguraram os trabalhos de instalação de um cabo submarino de fibra ótica que dará a ilha uma nova porta de acesso a internet em banda larga, e que poderá converter-se em um sistema de comunicação independente da zona do Caribe. Em uma solenidade marcada pela ausência do presidente venezuelano, Hugo Chávez, as autoridades de ambos países deram por iniciadas a operações de projeto com múltiplas explicações técnicas enquanto um barco arrastava uma linha com bóias indicando o local do cabo.
"Inicia-se a conexão por um cabo que vai permitir a comunicação multidirecional de todo o povo de Cuba com a Venezuela e com o povos irmãos do mundo", disse o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, na solenidade.
"Este é um ato de justiça histórica que rompe o bloqueio criminoso dos Estados Unidos contra nosso país", afirmou, de sua parte, o embaixador de Cuba em Caracas, Rogelio Polanco, na cerimônia, que aconteceu em Camurí, na zona costeira de La Guaira, ao norte de Caracas.
Trata-se, acrescentou Polanco na cerimônia, de um "passo de gigante na independência, da soberania" de ambas nações.
Cuba acusa os Estados Unidos de impedir o acesso normal da ilha a internet, apesar de que haja vários cabos que passam próximas ao seu litoral, devido ao bloqueio econômico que Washington mantém desde 1950. "Graças a tanta solidariedade que seguiremos agradecendo sempre", disse o embaixador.
Uma operação de U$ 70 milhões
O custo da operação está estimado em 70 milhões de dólares, dinheiro investido em tecnologia obtida da China e da França. O cabo será posto no mar durante os próximos dias no fundo do mar por um barco que chegará até Praia Siboney, em Santiago de Cuba, no próximo dia 8 de fevereiro, depois de fazer 1.630 km.
O cabo permitirá a Cuba multiplicar por 3.000 sua atual capacidade de conexão com a internet. No entanto, isso não significa que a população cubana disfrutará dos benefícios na rede, informou o porta-voz do Partido Comunista de Cuba.
Fonte: El País
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