sábado, 19 de fevereiro de 2011

ESTADOS UNIDOS VETAM RESOLUÇÃO DA UNO CONTRA ASSENTAMENTOS ILEGAIS DE ISRAEL NA PALESTINA

Os EUA vetaram nesta sexta-feira, 18, a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que consideram os assentamentos judaicos nos territórios palestinos ocupados por Israel como "ilegais" e pede a interrupção imediata da expansão das colônias.

Todos os 14 membros do Conselho de Segurança da ONU votaram a favor da resolução. Os EUA, país com a qualidade de membro permanente, tem o poder de vetar qualquer decisão do órgão. A decisão deve enfurecer as nações árabes e os apoiadores dos palestinos.

Os EUA se opõem a novos assentamentos de Israel na Cisjordânia, mas afirmam que levar o assunto para a ONU só vai complicar os esforços para que seja retomado o processo de paz entre palestinos e israelenses e dificultar uma possível solução de dois estados no Oriente Médio. A questão das colônias é um dos pontos mais sensíveis das discussões.

Os palestinos, que só retornarão ao diálogo se Israel paralisar completamente a expansão dos assentamentos, se reuniram nesta sexta e decidira pressionar a ONU para se pronunciar sobre os assentamentos. Os EUA, porém, posicionaram-se ao lado dos israelenses, seus aliados históricos. Foi o décimo veto dos EUA sobre o assunto desde 2001 e o primeiro sob a administração de Barack Obama. O último veto havia sido dado em novembro de 2006.

Na quinta-feira, o presidente dos EUA disse por telefonema ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que "haverá repercussões para as relações entre palestinos e americanos" se os esforços para levar a questão dos assentamentos ao Conselho de Segurança e "se fossem ignorados os pedidos sobre a questão, principalmente porque foram sugeridas outras alternativas".

O processo de paz foi retomado em setembro do ano passado graças à mediação americana, mas o fim de uma moratória temporária decretada por Israel sobre a expansão das colônias voltou a esfriar o diálogo. A questão dos refugiados palestinos e o status de Jerusalém são outras complicações que devem ser discutidas entre as partes.

Fonte: Estadão

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