quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

PETRÓLEO TEM A MAIOR ALTA EM 2 ANOS

O preço do barril de petróleo subiu nesta quinta-feira aos níveis mais altos dos últimos dois anos e meio devido à instabilidade política na Líbia.

O preço do barril do petróleo tipo Brent atingiu um pico de US$ 119,79 na manhã desta quinta em Londres, antes de cair para US$ 114,65.

Nos Estados Unidos, o preço do barril de petróleo do tipo leve chegou a US$ 103,41, mas, desde o início do pregão, caiu para ao redor de US$ 100.

A última vez que o preço do produto ficou tão alto foi em agosto de 2008.

Vladimir Putin, premiê da Rússia, país que é um dos maiores produtores mundiais de petróleo, disse que a alta dos preços pode ser uma "ameaça séria" ao crescimento global.
Analistas não preveem quedas em breve. O banco BNP Paribas afirmou que está revendo sua previsão e espera que o barril do petróleo tipo Brent continue a ser negociado no atual nível de preços.

Segundo o banco, o barril de petróleo deve atingir o preço médio de US$ 117 no segundo trimestre de 2011.

Várias companhias petrolíferas suspenderam a produção do petróleo na Líbia durante a semana, entre elas a Total, da França, a Repsol, da Espanha, a austríaca OMV e a italiana ENI.

A Wintershall, da Alemanha, também anunciou a suspensão de suas atividades no país norte-africano, que geravam cerca de 100 mil barris de petróleo por dia.

Produção líbia

Os preços do petróleo já vinham subindo nos últimos meses, mas as revoltas na Líbia geraram mais aumentos.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, a Líbia produz 1,6 milhões de barris de petróleo por dia e é responsável por 2% do petróleo extraído no mundo.

Apenas no mercado europeu, o país é responsável por 10% do abastecimento. A Itália é sua maior compradora.

A atividade petrolífera é fundamental para a economia líbia, representando 95% de suas exportações e 25% de seu Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o Financial Times, a Arábia Saudita está conversando com petrolíferas europeias sobre como compensar a queda no suprimento provocada pela ausência da produção líbia.

Fonte: BBC Brasil

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